A Escola de Frankfurt, conhecida por fazer uma teoria crítica, engloba alguns pesquisadores do século XX. Apesar de participarem do mesmo grupo e serem associados ao Instituto de Pesquisa Social na Alemanha, esses autores podem possuir considerações bastante diferentes sobre a sociedade. O ponto que une todos eles é a fonte de seu pensamento teórico: o marxismo.
Publicidade
Outro ponto que unifica tais autores é, paradoxalmente, a superação das teorias de Marx. Todos eles se engajam em realizar uma atualização das ideias marxistas para o contexto histórico e social do século XX. Assim, a Escola de Frankfurt é um importante ponto na história do pensamento crítico que permitiu o desenvolvimento de teorias sociais.
Índice do conteúdo:
Contexto histórico
A Escola de Frankfurt e a ideia da construção de uma “teoria crítica” surgiram a partir da necessidade de realizar uma revisão das ideias de Marx. A revolução comunista não havia ocorrido ainda – ao contrário: acontecia uma ascensão do nazismo – o que fez com que os pesquisadores revissem a teoria marxista nessa nova realidade.
A Escola de Frankfurt surge em 3 de fevereiro de 1923 com o objetivo de unir teoria e prática no mundo contemporâneo. Inicialmente, ela tinha orientações bastante diferentes, se preocupando com questões econômicas, políticas, sociais e filosóficas. Em 1931, quando Max Horkheimer entra na direção do Instituto, ela começa a se definir no campo da filosofia social.
Principais características da Escola de Frankfurt
Embora os autores da Escola de Frankfurt produzissem teorias e interpretações variadas sobre a sociedade, eles se orientavam por alguns pontos em comum. Confira, a seguir, algumas das características compartilhadas:
- Revisão do marxismo: os autores da Escola de Frankfurt partem do marxismo para revisar e criticar os pontos fracos dessa teoria; ou seja, as ideias de Marx não são abandonadas, mas são atualizadas para a sociedade atual.
- Crítica: ser crítico, nesse contexto, significa a relação da teoria e da prática. Em outras palavras, os estudos sobre a sociedade não devem produzir um comodismo sobre a realidade, mas ideias que sejam transformadoras.
- Emancipação: a crítica e a transformação pensadas pelos autores da Escola de Frankfurt devem ter, no horizonte, a emancipação humana. Nesse caso, emancipação quer dizer a superação do capitalismo em seu aspecto econômico e cultural.
- Diagnóstico da sociedade: os estudos dessa Escola devem ter o objetivo de fazer um diagnóstico da realidade social. Esse trabalho deve ser feito com a finalidade de identificar os obstáculos para atingir a emancipação do sistema capitalista. Qual o estado atual do capitalismo? Como esse sistema está funcionando atualmente? Existem possibilidades de superação?
- Multiplicidade e atualização: para os pensadores da Escola de Frankfurt, não existe uma verdade absoluta e eterna. Isso porque as verdades mudam conforme a realidade social, e é ela que deve ser estudada. Por essa razão, nem mesmo os diagnósticos de Marx serão verdadeiros para sempre – é preciso atualizá-los e conferir se são aplicáveis na realidade.
Assim, as teorias produzidas pela Escola de Frankfurt são diversas e os temas que cada autor se interessa também são variados. Cada um pode estudar um aspecto da realidade social, do capitalismo, e pensar de quais maneiras as relações sociais estão estruturadas.
Publicidade
Principais pensadores e obras
A seguir, foram listados alguns pensadores que participaram da Escola de Frankfurt e suas obras. Apresentamos brevemente alguns aspectos de suas ideias para você começar o seu estudo sobre cada um deles.
Theodor W. Adorno
Adorno nasceu em 22 de setembro de 1903 e era de origem judia. Além de ser sociólogo e um dos principais representantes da Escola de Frankfurt, era também um musicólogo e compositor. Coincidência ou não, um de seus principais interesses estava na temática da cultura.
O autor produziu uma teoria sobre o poder da indústria cultural, retirando o caráter crítico e emancipatório que a cultura deveria ter. Os produtos dessa grande indústria acabam massificando a cultura, tornando-a um instrumento para o conformismo das pessoas. Você pode se aprofundar nessa teoria consultando algumas de suas obras:
Publicidade
- A situação social da música, 1932: esse livro revela uma das características do autor, que é escolher um dado aspecto da cultura e analisá-la por meio da teoria crítica. Nesse caso, a música é uma temática importante para Adorno.
- Dialética do Esclarecimento, 1944: o livro é publicado em conjunto com Max Horkheimer, onde pensaram sobre o conceito de indústria cultural, central no pensamento de Adorno.
- Prismas: crítica cultural e sociedade, 1955: nessa obra, Adorno aprofunda um debate sobre a educação e a cultura, mostrando a necessidade de ensinar às pessoas a capacidade de uma reflexão crítica.
Desse modo, Adorno estudou os aspectos culturais do sistema capitalista e seus obstáculos para alcançar a emancipação humana. Entender e diagnosticar de que forma a cultura é fabricada – e, atualmente, produzida por uma indústria – é central na obra do autor.
Max Horkheimer
Nasceu em 1895, no dia 14 de fevereiro. Estudou literatura, psicologia e, por fim, no seu doutorado, filosofia. Foi próximo de Friedrich Pollock e Theodor Adorno. Em 1931 tornou-se diretor do Instituo de Pesquisa Social na Alemanha.
Horkheimer foi um grande crítico das “falsas verdades”, aquelas que se pretendem absolutas e imutáveis. Em suas obras, o autor mostra os conflitos existentes na sociedade e como eles afetam os valores e as ideias que os indivíduos possuem sobre a realidade. Veja abaixo algumas de suas obras.
- Teoria crítica: ensaios selecionados, 1932: esse livro compõe diversos ensaios, dentre eles a “Teoria tradicional e teoria crítica”. Nesse texto, Horkheimer distingue as duas teorias em seus princípios basilares.
- Materialismo e moral, 1933: esse é um ensaio que Horkheimer demonstra sua preocupação com a prática. Em miúdos, o autor pensa como a política, a ética e um sentimento de moralidade podiam se relacionar com as transformações sociais.
- Dialética do esclarecimento, 1944: escrito com Theodor Adorno, é uma obra clássica que desenvolveu a ideia da indústria cultural e se tornou um dos livros mais conhecidos da Escola de Frankfurt.
Horkheimer foi, portanto, um dos principais autores clássicos da Escola de Frankfurt. Ele também ficou conhecido por defender a interdisciplinaridade, em uma colaboração entre diversas disciplinas.
Herbert Marcuse
Herbert Marcuse é conhecido como um dos principais expoentes da Escola de Frankfurt. Nasceu em 19 de julho de 1898 em uma família judaica. Com a ascensão do nazismo, em 1933 se exilou em Paris com Adorno e Horkheimer e, depois, em 1954, foi professor na Universidade de Boston.
Um de seus interesses de estudo era entender como as relações sociais na atualidade (da época) e o modo de funcionamento do capitalismo dominam as subjetividades humanas. É possível elencar algumas de suas principais obras:
- Eros e civilização, 1955: no livro, Marcuse explana a subordinação dos indivíduos a um regime de trabalho e a um modelo de sexualidade e família no capitalismo contemporâneo.
- O homem unidimensional, 1964: o autor aprofunda a questão da dominação na sociedade atual na tecnologia, na democracia e na racionalidade. As liberdades humanas são controladas e dominadas nas relações sociais.
Junto com Adorno e Horkheimer, Marcuse é um grande representante da Escola de Frankfurt. Assim como seus colegas, produziu uma teoria crítica que tentou diagnosticar o capitalismo contemporâneo de suas épocas.
Friedrich Pollock
Embora menos conhecido que os demais autores da Escola de Frankfurt, Pollock foi um membro importante nos estudos da Instituição. Ele nasceu em 22 de maio de 1894 na Alemanha e se interessava pelas políticas estatais no sistema capitalista.
Para Pollock, é uma redução simplista pressupor uma oposição entre a intervenção do Estado e o livre mercado. Na verdade, no capitalismo, a política sobrepõe a economia. Algumas de suas ideias podem ser estudadas nas seguintes obras:
- Capitalismo de Estado: suas possibilidades e limitações, 1941: nessa obra Pollock aborda a temática que é recorrente em seu pensamento, na relação entre o capitalismo e o Estado liberal.
- As consequências econômicas e sociais da automação, 1956: dentre os demais autores, a questão econômica é bastante forte em Pollock. Ele aprofunda essa análise em temáticas diferentes e pensando os problemas industriais.
Com Pollock é possível notar a pluralidade de temáticas abordadas por autores da Escola de Frankfurt. Ao mesmo tempo, eles possuem um fio norteador de seus estudos: a tentativa de estudar e diagnosticar as formas de funcionamento do capitalismo.
Erich Fromm
Fromm nasceu em 23 de março de 1900 e, diferentemente de seus colegas, tinha uma forte raiz na psicologia social. Ou seja, seus estudos se concentravam em pensar as dinâmicas políticas e econômicas com o aspecto psicológico dos indivíduos.
O autor fez uma junção do marxismo e da psicanálise. Assim, ele era contra a ideia de um sujeito consciente e dotado de uma mente que funciona de forma individualista. A consciência humana é, portanto, social. Conheça mais do autor em suas obras:
- A arte de amar, 1956: nessa obra Fromm trata das diversas formas conhecidas de “amor” e, ao mesmo tempo, pensa as questões sociais e políticas envolvidas. Consequentemente, o autor estuda também sobre o amor em um sistema capitalista.
- A crise da psicanálise: ensaios em Freud, Marx e psicologia social, 1970: a relação entre a psicanálise o marxismo foi um tema importante para Fromm. Nesses ensaios, o autor trata dessas questões que estão também em suas obras outras.
Erich Fromm é até hoje conhecido pela sua psicologia social. Essa mostra uma outra faceta dos estudos sociais que têm possibilidades de diálogo com a psicologia, desenvolvendo os estudos sobre o comportamento humano.
Walter Benjamin
Nasceu em Berlim, em 1892, no dia 15 de julho. Benjamin teve uma vida curta, morrendo em 1940 fugindo da perseguição nazista. Entretanto, sua morte continua um mistério, havendo também textos seus que nunca foram encontrados e publicados.
Sua obra é heterogênea e, conforme muitos estudiosos, inclassificável. Ele chegou a ser rejeitado pela Escola de Frankfurt em sua tese de doutorado, mas, depois de sua morte, tornou-se uma das leituras obrigatórias. Confira, a seguir, algumas de suas obras.
- Discurso sobre a religiosidade do nosso tempo, 1912: é um texto que demonstra os germes do pensamento de Benjamin sobre a relação entre marxismo, religiosidade e romantismo.
- O capitalismo como religião, 1921: é uma coletânea de ensaios que foram importantes para chegar à sua próxima obra. Neles, Benjamin analisa a possibilidade de pensar a teologia em uma crítica ao capitalismo.
- Origem do drama barroco alemão, 1925: foi a obra que lhe rendeu duras críticas e uma rejeição da Escola de Frankfurt. Mais tarde, suas ideias tiveram mais notoriedade.
Benjamin é uma figura polêmica e que divide opiniões. No entanto, é ainda considerado um dos representantes da Escola de Frankfurt, uma vez que suas ideias são importantes e revisam o marxismo.
Jürgen Habermas
Habermas faz parte da chamada “segunda geração” da Escola de Frankfurt. Nasceu em 18 de junho de 1929 e se tornou um dos grandes expoentes da Escola. Seus estudos foram desenvolvidos sobre a ciência, a modernidade e a racionalidade ocidental.
Para Habermas, não existe um único modo de racionalidade. A racionalidade moderna, que é técnica e empírica, deve ceder à racionalidade comunicativa nas ciências humanas. Conheça mais sobre suas propostas teóricas em algumas de suas obras:
- A teoria da ação comunicativa: razão e a racionalização da sociedade, 1986: a “ação comunicativa”, que se tornou uma das principais propostas alternativas do autor, é explicitada nesse livro.
- Pensamento pós-metafísico: estudos filosóficos, 2002: nessa obra Habermas descreve um dos aspectos da racionalidade moderna, que é a separação do sujeito do objeto. Além disso, discorre sobre a visão de uma sociedade composta de muitos indivíduos, como se fossem átomos.
Habermas desenvolve os estudos da Escola de Frankfurt mostrando como até mesmo a forma de racionalidade tem relação com o contexto social em que vivemos. O autor é ainda conhecido por suas produções científicas analisando a sociedade contemporânea.
Os pensadores que fazem parte da Escola de Frankfurt são diversos e têm conclusões diferentes sobre alguns assuntos. Entretanto, ainda possuem pontos comuns em relação a pensar o sistema capitalista e produzir uma teoria capaz de se articular com uma prática transformadora.
Escola de Frankfurt e a Teoria Crítica
Os autores da Escola de Frankfurt são conhecidos por produzirem uma teoria crítica sobre a sociedade. Isso tem a ver com as próprias bases do pensamento que se desenvolveu na Escola.
A teoria crítica surge como uma necessidade de revisar o marxismo, já que a sociedade enfrentava mudanças que o próprio Marx não poderia prever. Apesar disso, ela tem suas raízes no marxismo porque seu objetivo é realizar uma leitura da realidade que não seja conformista ou dê legitimidade ao status quo.
Em outras palavras, para a teoria crítica, explicar a realidade não é descrever as formas como a sociedade funciona e se conformar com isso. É preciso ir além: é necessário pensar nas possibilidades da emancipação humana do sistema capitalista.
Escola de Frankfurt e a Indústria Cultural
O termo indústria cultural remete a Adorno e Horkheimer, que desenvolveram essa ideia no livro “Dialética do Esclarecimento”. Para esses autores, os meios de comunicação com a cada vez mais avançada tecnologia se tornam instrumentos de manipulação, quando estes servem à ideologia dominante.
A ideologia dominante é, conforme Marx, a ideologia da classe dominante – ou seja, a burguesia. A indústria cultural surge como uma forma de manter a alienação dos indivíduos e perpetuar o sistema capitalista. Nesse contexto, o que a indústria cultural faz é padronizar o gosto de todas as pessoas, massificando a cultura e vendendo produtos.
Assim, diversas produções culturais como a música, a pintura, o cinema ou o teatro se tornam apenas mercadorias nessa indústria. A arte, em geral, que devia servir à emancipação humana e à crítica, acaba funcionando como uma forma de manter o sistema vigente.
Escola de Frankfurt e a Comunicação
Os meios de comunicação e a tecnologia se espalharam por toda a sociedade. Entretanto, para Adorno e Horkheimer, as grandes empresas de comunicação, como qualquer outro empreendimento capitalista, ficam nas mãos da burguesia dominante. Consequentemente, a comunicação acaba servindo como um meio de propagação da ideologia do capitalismo.
Desse modo, a comunicação na sociedade capitalista contemporânea está intimamente relacionada à indústria cultural. A arte ou a informação tornam-se mercadorias a serem vendidas pelas pessoas, seja para agradá-las ou aliená-las do mundo de exploração em que vivem.
Essa teoria de Adorno e Horkheimer é ainda bastante importante, até mesmo para ser criticada. Hoje, as relações sociais estão cada vez mais permeadas pelos meios de comunicação e as tecnologias modernas, fazendo com que muitos pesquisadores se interessem em estudá-las.
Escola de Frankfurt atualmente
A corrente de pensamento da Escola de Frankfurt deixou seu legado teórico principalmente do que se conhece atualmente como teoria crítica. Uma vez que essa linha teórica tem o objetivo de sempre atualizar as ideias marxistas e diagnosticar a sociedade contemporânea, muitos estudos ainda se orientam por ela.
O Instituto de Pesquisa Social que abrigou as pesquisas dos autores da Escola de Frankfurt ainda existe, mesmo após as perseguições do nazismo da Alemanha. A instituição foi restaurada e permanece como um centro de referência, mesmo que simbolicamente.
Portanto, longe de ser uma teoria ultrapassada, ela continua viva em diversos estudos realizados na atualidade. Além disso, autores da Escola de Frankfurt são importantes para as práticas políticas que acreditam em uma transformação da sociedade atual para uma menos exploratória.
Referências
Teoria crítica. Introdução – Ricardo Terra; Luiz Repa;
A teoria crítica de Max Horkheimer – João Carlos B. Bassani;
Teoria crítica e educação política em Theodor Adorno – Luiz Roberto Gomes;
Marcuse: cultura, ideologia e emancipação no capitalismo tardio – Luiz Antonio da Silva Peixoto;
Crises e transformações do capitalismo – o diagnóstico de época de Friedrich Pollock – Fernando Rugitsky;
Introdução à leitura de Erich Fromm – Carlos Reis; Eurico Carvalho;
O espectro dissidente: Walter Benjamin à esquerda do possível – Fabio Mascaro Querido;
A Escola de Frankfurt: fundação da teoria crítica à indústria cultural – Ana Paula Pinheiro Motta; Rodolfo Anderson Bueno de Aquino;
Os primeiros anos da “Escola de Frankfurt” no Brasil – Sílvio Camargo.
Por Mateus Oka
Mestre em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Cientista social pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Realiza pesquisas na área da antropologia da ciência.
Oka, Mateus. Escola de Frankfurt. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/sociologia/escola-de-frankfurt. Acesso em: 21 de November de 2024.
1. [Unimontes]
A Escola de Frankfurt foi fundada em 1923, sob o nome de Instituto para a Pesquisa Social. Marque a alternativa que contempla os principais pensadores da Escola de Frankfurt.
A. Theodor Adorno, Platão, Herbert Marcuse e Walter Benjamin.
B. Tomás de Aquino, Max Horkheimer, Herbert Marcuse e Walter Benjamin.
C. Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse e Tobias Barreto.
D. Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse e Walter Benjamin.
Resposta: D
Justificativa: Platão, Tomás de Aquilo e Tobias Barreto não fazem parte da corrente teórica da Escola de Frankfurt.
2. [UEL]
Sobre a “indústria cultural”, segundo Adorno e Horkheimer, é correto afirmar:
A. Desenvolve o senso crítico e a autonomia de seus consumidores.
B. Reproduz bens culturais que brotam espontaneamente das massas.
C. O valor de troca é substituído pelo valor de uso na recepção da arte.
D. Padroniza e nivela a subjetividade e o gosto de seus consumidores.
E. Promove a imaginação e a espontaneidade de seus consumidores.
Resposta: E
Justificativa: A indústria cultural, na concepção de Adorno e Horkheimer, não produz um senso crítico, a imaginação, e nem surge da própria cultura do povo. Como ela está nas mãos da classe dominante, ela serve à ideologia dominante, padronizando os gostos subjetivos das pessoas para incentivar o consumismo.