Pronomes Oblíquos

Os pronomes oblíquos são divididos em átonos e tônicos. Enquanto o primeiro não necessita do emprego de preposição, o outro exige o emprego gramatical.

Antes de definir e exemplificar os pronomes oblíquos, é necessário entender os pronomes pessoais. Estes, no caso, são os que definem qual a pessoa do discurso dentre três diferentes possibilidades. Por sua vez, eles podem ser subdivididos em pronomes pessoais do caso reto ou pronomes pessoais oblíquos.

Publicidade

(Imagem: Reprodução)

Assim definidos os pronomes, tanto do caso reto como do caso oblíquo, é necessário, agora, entender os empregos. Enquanto os pronomes do caso reto referem-se ao sujeito, os oblíquos apresentam-se de uma forma diferente. Divididos em dois, sendo átonos e tônicos, eles se apresentarão integralmente a partir da presença ou não de preposição.

Os pronomes oblíquos e as formas de uso

Como ressaltado, os pronomes oblíquos são divididos em dois diferentes grupos, os átonos e os tônicos. Para melhor compreendermos as formas de utilizar e empregar esses tipos de pronomes, exemplos terão de ser uma constante.

Dessa forma, os pronomes oblíquos serão divididos em:

  • Átonos: emprego não exige preposição.

Exemplo: Entreguei-lhe o relatório completo na sexta passada.

  • Tônicos: emprego obrigatório regido por uma preposição.

Exemplo: Contaram a mim o que eu não queria ouvir.

Empregos dos pronomes

Existem casos especiais a se ficar atento quanto ao emprego dos pronomes. Para cada caso, há uma específica forma de utilizar. Assim, tais casos seriam:

Publicidade

1) Os pronomes átonos o(s) e a(s) assumem formas no(s) e na(s) após verbos que, quando ajustados, terminam por som nasal.

Exemplos:

As pessoas davam o cachorro por perdido.

As pessoas davam-no por perdido.

Publicidade

Colocaram o menino na cadeira.

Colocaram-no na cadeira.

2) O emprego de “me, te, se, nos e vos” dependerá muitas vezes da regência a qual expressa o verbo. Dessa forma, eles variarão em sua atuação, sendo, por vezes, como objeto direto ou indireto.

Exemplos:

Meu cachorro sempre me respeitou.

Meu cachorro sempre me obedeceu.

Há dois casos importantes a serem ressaltados nos dois períodos. Separando exclusivamente o primeiro, onde temos um verbo transitivo direto (quem respeita, respeita alguém). Neste caso, assim como no segundo período, agora transitivo indireto (quem obedece, obedece a alguém), há a substituição pelo pronome. Respectivamente, o pronome “me” será objeto direto e indireto.

3) Os pronomes o(s) e a(s) irão exercer função de objeto direto quando o complemento verbal não é seguido por uma preposição obrigatória, substituindo-o.

Exemplo:

Comprei a casa para vivermos juntos.

Comprei-a para vivermos juntos.

4) Após verbos terminados em “r”, “s” e “z”, assim como “eis”, os pronomes o(s) e a(s) assumirão como lo(s) e la(s).

Exemplo:

Devo comprar a casa antes que o preço aumente.

Devo comprá-la antes que o preço aumente.

5) O pronome lhe sempre funcionará como objetivo indireto.

Exemplo:

Entregamos as flores na casa.

Entregamos-lhe as flores na casa.

6) Os pronomes ‘nos’, ‘vos’ e ‘se’ são denominados como pronomes de ação mútua; ou recíprocos.

Exemplo:

Cumprimentaram-se apertando as mãos.

Demos as mãos e saudamo-nos.

Sempre ao falar de pronome precisamos remeter a palavra em si. Um raciocínio básico sempre proposto é desmembrar a palavra pronome (pro+nome). Quando salientamos o “nome”, estamos destacando que se trata de um substantivo.

Assim, a função do pronome é sempre substituir um nome, ou seja, um substantivo ou acompanhá-lo, de modo a caracterizá-lo. Importante ainda é ressaltar que os pronomes podem ser uma referência, remetendo ao substantivo, inclusive.

Referências

Novíssima Gramática da Língua Portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla

Mateus Bunde
Por Mateus Bunde

Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).

Como referenciar este conteúdo

Bunde, Mateus. Pronomes Oblíquos. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/portugues/pronomes-obliquos. Acesso em: 21 de November de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [MACK] A colocação do pronome oblíquo está incorreta em:

a) Para não aborrecê-lo, tive de sair.
b) Quando sentiu-se em dificuldade, pediu ajuda.
c) Não me submeterei aos seus caprichos.
d) Ele me olhou algum tempo comovido.
e) Não a vi quando entrou.

02. [MACK] A única frase em que há erro no emprego do pronome oblíquo é:

a) Eu o conheço muito bem.
b) Devemos preveni-lo do perigo.
c) Faltava-lhe experiência.
d) A mãe amava-a muito.
e) Farei tudo para livrar-lhe desta situação.

01. [B]

02.  [E]

Compartilhe

TOPO