A estilística, dentro dos estudos linguísticos, abrange as pesquisas que estudam diferentes organizações das palavras. Mas, além disso, as associações linguísticas, bem como a construção de sentenças, terão uma observação desta vertente.
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Na estilística, as associações buscam estudar as diferentes situações a qual compõem a comunicação. Elas serão assim analisadas quando acontecerem em discursos (situações pontuais). Sendo eles, inclusive, parte de linguagem falada (oralidade) ou escrita.
Por meio de toda essa análise e observação, a estilística será fundamental como ferramenta para examinar textos. Sejam eles orais ou escritos, a estilística terá a função de verificar padrões, detalhes e especificidades; analisado, sobretudo, o contexto ao qual a fala está sendo submetida.
Uma ferramenta indispensável dentro dos estudos da literatura. Dentro disso, é possível perceber estilos de linguagem, por exemplo, no que tange o discurso dos escritores em suas obras.
A estilística, portanto, poderá servir como um complemento dos estudos gramaticais. Enquanto estes preocupam-se com a norma culta padrão da língua, a estilística vem como complemento.
Através da função expressiva, a qual analisa os recursos, possuirá a capacidade de verificação de uma fala. Por meio dos chamados Recursos Estilísticos, esta análise poderá ser empírica e analítica do ponto de vida de quem pesquisa.
Campos de estudo da Estilística
Como forma de organização da análise e pesquisa, a Estilística organiza-se em alguns campos de estudo. Segmentados, eles compreendem pontos diversos da comunicação. Contudo, não só da fala/comunicação, como também do ponto de vista da gramática. Assim, estilística e gramática se unem, conforme melhor incorporam análises profundas do idioma. São os campos da estilística, portanto:
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- Recurso estilístico fônico;
- Recurso estilístico morfológico;
- Recurso estilístico sintático;
- Recurso estilístico semântico;
Individualizando discursos e empregando os recursos
Utilizando alguns recursos inseridos nos estudos gramaticais, a estilística se espalha para fomentar a análise. Por meio disso, a linguagem denotativa e conotativa, as figuras de linguagem, bem como os vícios de linguagem serão fundamentais.
Linguagem Denotativa e Conotativa
A linguagem denotativa representará o sentido literal de uma frase e/ou palavra. Dessa forma, ela terá seu significado tal qual o dicionário apresenta. Sem vazão para novas interpretações, ela representará na fala exatamente o que aponta seu significado.
Na contramão, a linguagem conotativa terá o sentido figurado como principal eixo de análise. Isso porque, através desta, o falante/escritor poderá criar significados a partir de um contexto ou situação.
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Figuras de Linguagem
As figuras de linguagem são recursos muito percebidos em poemas, por exemplo. Elas são utilizadas como forma de promover ênfase ao discurso. Assim, seja por meio de figuras sonoras (como onomatopéia), de palavras (metonímia) ou de pensamento (hipérbole), o realce será notado.
Vícios de linguagem
Por fim, os vícios de linguagem correspondem a um sutil desvio, intencional ou não, à norma culta. Geralmente empregado para definir uma personagem ou ainda retratar e “entregar” autores com pequenos vícios de fala. Nota-se muito em textos mais longos como alguns autores apresentam pequenos vícios. Estes serão parte importante de uma análise mais aprofundada do mesmo dentro da estilística.
Referências
Novíssima Gramática da Língua Portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla
Por Mateus Bunde
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).
Bunde, Mateus. Estilística. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/portugues/estilistica. Acesso em: 22 de December de 2024.
01. [MACK] Aponte a figura: “ Naquela terrível luta, muitos adormeceram para sempre.”
a) antítese
b) eufemismo
c) anacoluto
d) prosopopeia
e) pleonasmo
02. [AMAN] “…como de encontro a uma represa, embatia, e parava, adunava-se, avolumando, e recuava e partia-se a onda rugidora dos jagunços.”
A repetição da conjunção e constitui uma figura de linguagem:
a) Metáfora
b) Assíndeto
c) Hipérbato
d) Polissíndeto
e) Elipse
01. [B]
02. [D]
Explicação:
Metáfora é uma comparação entre coisas sem o conectivo “como”;
Assindetos são as orações separadas por vírgulas e que podem ser trocadas por “e”;
Hiérbato é quando as palavras estão com a ordem direta inversa;
Polissíndeto é quando há repetição, geralmente da conjunção “e” e/ou “nem”;
Elipse é quando ocorre omissão de um específico termo.