Os adjetivos pátrios, basicamente, remetem aos que caracterizam pessoas ou coisas conforme as origens. Considera-se uso para caracterizar nascidos em cidades, estados, países e variações, que podem ainda incluir continentes e regiões, por exemplo. Os adjetivos pátrios sempre serão grafados em letras minúsculas.
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Antes de aprofundar sobre os adjetivos pátrios, é necessário antes recordar os adjetivos. Estes, por sua, vez, são uma classe da gramática portuguesa utilizada para caracterizar um substantivo, seja ele próprio ou comum. Concede, assim, uma qualidade, um estado ou ainda uma específica característica. São passíveis de flexões de acordo com gênero, número e ainda grau. Dessa forma, os adjetivos pátrios são uma vertente dos adjetivos, com o intuito de caracterizar substantivos, agora conforme origem.
Os adjetivos pátrios: definição e exemplos
Levando em consideração a localização/origem, o adjetivo pátrio será utilizado para definir coisas ou pessoas. Por meio disso, sua caracterização terá relação direta com o local delimitado.
Para fins de ciência, anteriormente havia uma distinção entre adjetivos pátrios e adjetivos gentílicos. Enquanto o primeiro referia-se aos países de origem de coisas ou pessoas, o segundo fazia referência às demais localizações. Com o passar do tempo, os gentílicos foram abolidos, os pátrios permaneceram. Assim, origem passou a ser relativa apenas aos adjetivos do tipo pátrio.
À exceção das regras da letra maiúscula em início de frase, estes adjetivos devem ser grafados sempre em letra minúscula. No Brasil, a caracterização por estado e capital pode ser delimitada segundo a lista abaixo. Confira:
Acre – acriano
Rio Branco – rio-branquense
Alagoas – alagoano
Maceió – maceioense
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Amapá – amapense
Macapá – macapense
Amazonas – amazonense
Manaus – manauense
Bahia – baiano
Salvador – soteropolitano
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Ceará – cearense
Fortaleza – fortalezense
Distrito Federal – brasiliense
Espírito Santo – capixaba
Vitória – vitoriense
Goiás – goiano
Goiânia – goianiense
Maranhão = maranhense
São Luís – ludovicense
Mato Grosso – mato-grossense
Cuiabá – cuiabano
Mato Grosso do Sul – sul-mato-grossense
Campo Grande – campo-grandense
Minas Gerais – mineiro
Belo Horizonte – belo-horizontino
Pará – paraense
Belém – belenense
Paraíba – paraibano
João Pessoa – pessoense
Paraná – paranaense
Curitiba – curitibano
Pernambuco – pernambucano
Recife – recifense
Piauí – piauiense
Teresina – teresinense
Rio de Janeiro – fluminense (Estado)
Rio de Janeiro – carioca (Capital)
Rio Grande do Norte – potiguar
Natal – natalense
Rio Grande do Sul – gaúcho
Porto Alegre – porto-alegrense
Rondônia – rondoniense
Porto Velho – porto-velhense
Roraima – roraimense
Boa Vista – boa-vistense
Santa Catarina – catarinense
Florianópolis – florianopolitano
São Paulo – paulista (Estado)
São Paulo – paulistano (Capital)
Sergipe – sergipano
Aracaju – aracajuano
Tocantins – tocantinense
Palmas – palmense
Adjetivos Pátrios compostos
Os adjetivos pátrios compostos são um pouco raros, mas utilizados de forma até que frequente, dada sua forma de composição. Para sua caracterização é necessário empregar o primeiro elemento de designação em forma reduzida. O segundo, no caso, permanecerá igual. Detalhe importante é que sempre serão grafados com hífen.
Os mais comuns adjetivos pátrios são:
- anglo – inglês. Exemplo: Escola de línguas anglo-brasileira.
- luso – português. Exemplo: Consulado luso-brasileiro.
- franco – francês. Exemplo: Arquitetura franco-germânica.
- nipo – japonês. Exemplo: Bairro nipo-americano.
- hispano – espanhol. Exemplo: Aliança hispano-lusitana.
O uso do hífen
Como salientado anteriormente, é necessário outro artigo pátrio para flexão em hífen. Dessa maneira, formas reduzidas só seguirão hifenzados quando o artigo composto for constatado. Assim, o hífen sempre será utilizado, como retratado nos exemplos acima.
Contudo, há uma exceção em segunda formatação que o hífen não é admitido. Quando o segundo elemento trata-se de uma caracterização adjetiva, e não pátrio, a palavra é grafada sem hífen. Exemplos: anglocomunista e nipofobia.
Referências
Novíssima Gramática da Língua Portuguesa – Domingos Paschoal Cegalla
Por Mateus Bunde
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).
Bunde, Mateus. Adjetivos Pátrios. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/portugues/adjetivos-patrios. Acesso em: 27 de December de 2024.