Mário de Andrade foi um importante poeta e escritor brasileiro. Marcado na história por ter sido um dos líderes na consolidação do movimento modernista do Brasil. Com ampla participação na Semana de Arte Moderna de 1922, Andrade marcaria seu nome. Nascido na cidade de São Paulo, no dia 9 de outubro de 1893, mostrara desde cedo o talento para as letras.
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Após concluir o ginásio, Mário de Andrade ingressa na Escola de Comércio Alves Penteado. Devido a uma discussão com o professor de português, acaba abandonando a instituição. Decide, portanto, ingressar no Conservatório de Música de São Paulo, em 1911, onde se formaria em piano erudito.
Seria, no entanto, em outra área artística que Mário de Andrade viria se destaca. Acompanhado das elogiadas melodias tiradas do piano, Andrade se destacaria na poesia. Futuramente, ainda, encantaria com prosas, sobretudo impulsionado por companhias artísticas inspiradoras, tal como Oswald de Andrade.
A ascensão de Mário de Andrade
Após seu pai morrer em 1917, ele começa, então, a promover aulas de piano, para conseguir sustentar-se. Adentrando no meio artístico como um professor, acaba por conviver constantemente com artistas renomados da época. É por meio das aulas que acaba conhecendo Anita Malfatti e Oswald de Andrade. Logo em seguida, sob o pseudônimo de Mário Sobral, lança seu primeiro livro à publicação. “Há uma gota de sangue em cada poema” é um compilado de poesia crítica às mortes na Primeira Guerra Mundial.
Adentrando vagarosamente no meio literário, em 1921 já integrava a Sociedade de Cultura Artística. Participante do banquete de Trianon, foi um dos grandes nomes a dar lançamento oficializado do Modernismo no Brasil. Seu amigo Oswald de Andrade faz o lançamento de Mário ao público. Com a publicação do artigo “Meu Poeta Futurista” no Jornal do Comércio de São Paulo”, o nome do poeta-pianista se populariza.
Durante a realização da Semana de Arte Moderna de 1922, Mário de Andrade receberia uma vibrante notícia. O poeta seria designado como o professor catedrático do Conservatório de Música de São Paulo. No mesmo ano ainda publicaria o livro “Pauliceia Desvairada”. Neste compilado de poemas modernista, anunciaria, indiretamente, a ascensão do Modernismo no Brasil.
O modernismo implantado
Com o movimento ganhando amplo conhecimento, Mário de Andrade decide aprimorar ainda mais o Modernismo no Brasil. Como a intenção inicial era desvincular as influências do estrangeiro, e exaltar a cultura nacional, o poeta decide viajar o país. Conhecendo novas culturas, explorando novas terras e se aprofundando na própria nação. Esse novo abastecimento cultural rendeu inspiração para novas obras. A partir de seus estudos próximos às cidades, estados e regiões brasileiras, livros acabaram por ser lançados. Entre eles destacam-se obras como “Ensaio sobre a Música Brasileira”, “Clã do Jabuti” e seu grande Magno Opus, “Macunaíma”.
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Características da obra de Mário de Andrade
- Inovação no uso da linguagem;
- Caráter forte do modernismo no Brasil;
- Exploração da cultura brasileira ao longo das obras;
- Exaltação do país e um nacionalismo disfarçado;
- Característica calma e intimista;
- Pontos críticos e políticos que instigam o debate;
- Uso de uma linguagem mais coloquial;
- Rebate constantemente o parnasianismo e a formalidade;
Referências
História da literatura brasileira: Das origens ao romantismo Livro – Massaud Moisés
Por Mateus Bunde
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).
Bunde, Mateus. Mário de Andrade. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/literatura/mario-de-andrade. Acesso em: 23 de November de 2024.