Vontade de Potência

A Vontade de Potência faz referência a uma força motriz residia em cada ser e elemento da natureza.

A Teoria da Vontade de Potência ou do poder foi um filosófico criado pelo alemão Friedrich Nietzsche. Essa linha filosófica se encontrava como centro do pensamento do alemão.

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Vontade de Poder ou de Potência (no alemão: Der Wille zur Macht) seria, segundo Nietzsche a principal força motriz existente em cada elemento. Nisso, abrangiam-se humanos, animais e demais forças naturais.

Para o alemão, essa força, nos seres humanos, poderiam ser empregadas a fim de conquistar realizações, ambições e maior esforço para as conquistas desejadas e expansão do ser.

vontade de potência
(Imagem: Reprodução)

Nietzsche, então, afirmaria, em suas precursoras obras de 1881, a visão do mundo a que ele considerava, a fim de esclarecer, em seguida, o conceito daqueles que habitam o mundo.

“E sabeis o que é pra mim o mundo”? Este mundo: uma monstruosidade de força, sem princípio, sem fim, uma firme, brônzea grandeza de força, uma economia sem despesas e perdas, mas também sem acréscimos, ou rendimento.”

De modo a esclarecer seu conceito, ele elaboraria as relações existentes no meio. Tecendo os pontos da pluralidade do mundo, as inúmeras personalidades, das inúmeras formas de, enfim, conduzir a vida.

Nietzsche, então, define que o mundo é a vontade de potência, a qual ele tanto se referiria. Um mundo onde cada um criaria sua vontades, anseios e caminhos.

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“Esse mundo é a vontade de potência – nada além disso! E também vós próprios sois essa vontade de potência – nada além disso!”

Para tanto, ele se referia ao poder de decisão, motivação e condução. Neste, Nietzsche defenderia um mundo solitário em cada um; único, pessoal e dependente do ser como elemento de prosperidade.

A vontade de potência: do conceito às expressões

Em Nietzsche, ele afirma que a Vontade de Potência não é algo que se cria ou se produz. É a realidade habitual própria da vida; do mundo, e é uma resultante da vontade de potência construída, jamais simplesmente produzida.

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Em todos os processos cotidianos da vida, o filósofo alemão atribuía à Vontade de Potência. Por meio dela, o fluxo de existência estaria em constante manar pelo mundo; própria vida.

Combatendo a idealização de existência por meio de uma divindade, sua ideia era provocar e criticar esse almejo por alcançar a divindade e a santidade máxima do mundo perfeito; o Paraíso, no caso.

A força da Vontade de Potência age por si só, seguindo a naturalidade (natureza) e poder. Essa vontade, assim, seria a própria essência do que cerne a realidade.

Tal poder é manifestado em meio a cada ser, por meio de suas ações, promovendo a multiplicidade das forças. Envolvendo ainda reações, resistência e sensações, tais ramificações desta força, assim, implicando em acontecimentos, como:

  • Políticos;
  • Econômicos;
  • Astronômicos;
  • Culturais;

Estes envolvem, desta forma, a natureza, os elementos e os seres. No caso dos seres humanos, esta vontade seria externada através do anseio, do fazer e acontecer, da conquistas; realização.

Em Nietzsche, a Vontade de Potência é uma força que está além do que os sentidos humanos podem compreender. Tal como um combustível que alimenta e estimula a existência.

Repercute nos processos, em fenômenos, relações e, assim, como efeitos de força.

Referências

NIETZSCHE, F. A Vontade de Poder. Trad. Marcos Sinésio Pereira Fernandes e Francisco José Dias de Moraes. Rio de Janeiro: Contraponto, 2008

Mateus Bunde
Por Mateus Bunde

Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).

Como referenciar este conteúdo

Bunde, Mateus. Vontade de Potência. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/vontade-de-potencia. Acesso em: 10 de September de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [UFSJ] Nietzsche identificou os deuses gregos Apolo e Dionísio, respectivamente, como:

a) complexidade e ingenuidade: extremos de um mesmo segmento moral, no qual se inserem as paixões humanas.

b) movimento e niilismo: polos de tensão na existência humana.

c) alteridade e virtu: expressões dinâmicas de intervenção e subversão de toda moral humana.

d) razão e desordem: dimensões complementares da realidade.

 

02. [UFFS] No pensamento de Nietzsche, pode-se encontrar grande quantidade de considerações a respeito dos valores. Assinale a alternativa que não está de acordo com a filosofia de Nietzsche sobre os valores.

a) A perda da fé em Deus conduz à desvalorização de todos os valores.

b) É preciso reconhecer que, pelos seus próprios critérios, nossa moral é imoral.

c) Deve-se criar novos valores por meio da vontade de potência.

d) A moral deve expressar as condições de vida e de desenvolvimento de um povo.

e) Não existe papel para a razão na compreensão dos valores.

01. [D]

02. [E]

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