Vasco da Gama nasceu em Sines, distrito (ou vila) de Setúbal, região do Alentejo, Portugal. Entre 1468 e 1469.
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Era o terceiro de seis irmãos, filho de Estêvão da Gama, governador-mor de Sines e Isabel Sodré e neto de outro Vasco da Gama, juiz em Elvas.
Foi um importante navegador e explorador português durante a Era dos Descobrimentos, destacando-se pelo seu trabalho como comandante dos primeiros navios a navegar diretamente da Europa para as Índias.
Já no final da sua vida foi, por pouco tempo, governador das Índias portuguesas com o título de vice-rei.
Pouco se conhece sobre a juventude de Vasco da Gama, porém sabe-se que em 1480 foi admitido na Ordem de Santiago.
Mais tarde, é mencionado por Garcia de Resende, na Crônica de dom João II, como fidalgo d’el-Rei, posição merecida, tendo em conta os altos serviços prestados, não apenas por si, bem como pelos seus antepassados diretos.
Vasco da Gama possuía altas capacidades de chefia, adequadas ao desempenho de uma missão com contornos políticos, militares, diplomáticos e comerciais bem definidos, por isso foi o escolhido o comando da primeira armada portuguesa destinada as Índias.
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A primeira expedição de Vasco da Gama
A expedição à Índia foi avante, armando-se uma frota constituída por um navio de transporte de mantimentos, a caravela Bérrio, a nau São Gabriel – capitaneada por Vasco da Gama – e a nau São Rafael.
Partindo do Restelo em 8 de Julho de 1497, a armada chegou a Calicute quase dez meses depois, em Maio de 1498, não sem dificuldades – ventos e correntes do Índico desconhecidas, bem como as ciladas que lhes foram preparadas.
Cedo, Vasco da Gama contou com a oposição dos mercadores muçulmanos aí estabelecidos, que o impediram de estabelecer laços diplomático-comerciais pacíficos.
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Após alguns conflitos, iniciou-se a penosa viagem de retorno a Lisboa em Agosto de 1498, chegando apenas em fins de Agosto ou inícios de Setembro de 1499.
A viagem inaugural daquilo que viria a ser conhecido como o “Caminho das Índias”, abriu uma rota direta entre a Europa e o Oriente e proporcionou a Vasco da Gama inúmeros benefícios.
o Rei D. Manuel, agradecido emite um alvará (em 24 de Dezembro de 1499) onde lhe promete doar a vila de Sines, contudo apenas se obtivesse a aprovação do Papa e de dom Jorge, algo porém que nunca se verificou; a 10 de Janeiro seguinte é-lhe conferido o direito a usar o título de Dom; é nomeado Almirante do Mar das Índias, com as mesmas honras, rendas e privilégios inerentes ao de Almirante de Portugal.
Entretanto, Vasco da Gama casa com Catarina da Silva, filha do governador de Alvor, com quem teve sete filhos. Em 1502 inicia a sua segunda viagem ao Oriente.
Navegar é preciso
Ao longo dos anos seguintes foi acumulando inúmeras posses, continuamente confirmadas por dom Manuel e dom João III.
Em 1503, é expulso de Sines pelo Mestre de Santiago, estando proibido de entrar na vila sem sua autorização prévia; renunciou as suas terras e serviços, e fixou-se em Évora, de onde parte, em 1515, para Nisa.
No ano de 1519, Vasco da Gama foi mencionado primeiro Conde da Vidigueira pelo rei dom Manuel I, após uma permuta com dom Jaime I – Duque de Bragança, que a 4 de Novembro lhe cedeu as vilas da Vidigueira e Vila de Frades, bem como todos os rendimentos e privilégios relacionados, sendo o primeiro Conde português sem sangue real.
Em 27 de Fevereiro de 1524, é nomeado sexto governador do Estado Português das Índias, e parte pela terceira vez para o Oriente, a comando de uma poderosa armada com três mil homens, com o objetivo expresso de solidificar a presença portuguesa nas Índias.
Contudo, o seu governo duraria apenas três meses, não chegando assim a tomar medidas significativas.
Faleceu em Cochim, nas Índias, na véspera de Natal de 1524, tendo aí sido primeiramente enterrado, só mais tarde foi trasladado para a terra de onde partira e sepultado na capela da Vidigueira.
Os seus restos mortais foram, por fim, depositados na Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Belém, em Lisboa, em 1880, onde repousam até hoje.
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Referências
historiadeportugal.info
universidadedecoimbra.pt
Por Luana Bernardes
Graduada em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e Clínica pela mesma Universidade.
Bernardes, Luana. Vasco da Gama. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/vasco-da-gama. Acesso em: 21 de November de 2024.
01. [UFC]: Sobre a expansão Marítima e Comercial Portuguesa, dispostos a participar do lucrativo comércio de especiarias, realizado pelos portos do Levante Mediterrâneo e controlado pelos venezianos, os portugueses buscaram um caminho alternativo. Em 1498, Vasco da Gama conseguiu chegar às Índias:
a) através dos portos do Poente Mediterrâneo.
b) utilizando as antigas rotas terrestres do Meio Oriente.
c) utilizando o canal do Panamá.
d) através do Estreito de Magalhães.
e) circunavegando a África.
02. [Fuvest]: O Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, pode-se afirmar que objetivava:
a) demarcar os direitos de exploração dos países ibéricos, tendo como elemento propulsor o desenvolvimento da expansão comercial marítima.
b) estimular a consolidação do reino português, por meio de exploração das especiarias africanas e da formação do exército nacional.
c) impor a reserva de mercado metropolitano, por meio da criação de um sistema de monopólios que atingia todas as riquezas coloniais.
d) reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois das expedições de Vasco da Gama às Índias.
e) reconhecer a hegemonia anglo-francesa sobre a exploração colonial, após a destruição da invencível Armada de Filipe II, da Espanha.
01. [UFC]
Resposta: E
Vasco da Gama chegou às Índias em 1498, circunavegando a África.
02. [Fuvest]
Resposta: A
Tanto o reino de Castela e Aragão (Espanha) e Portugal compartilhavam interessem em explorar território além-mar. Desse interesse mútuo, para que não houvesse guerra entre ambos os reinos, foi-se acordado o Tratado de Tordesilhas para a expansão comercial marítima e não para reconhecer a transferência do eixo do comércio mundial do Mediterrâneo para o Atlântico, depois das expedições de Vasco da Gama às Índias.