A Revolução Russa (1917-1928) foi formada por um conjunto de acontecimentos sociais e políticos movidos pela insatisfação por parte da população, especialmente os grupos mais pobres mobilizados pela intelligentsia russa. Eles organizaram uma resposta a um processo de ações tomadas pela Monarquia Russa, que perdia o seu prestígio, reconhecimento e poder. Leia a matéria para entender mais!
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O que foi a Revolução Russa
Mesmo sendo conhecida por “Revolução Russa”, esse marco na história foi formado de forma processual, por uma série de revoluções e insatisfações no tempo. Portanto, é importante entender que não se trata apenas de uma Revolução, pois o evento nomeia várias Revoluções com a mesma finalidade. O rompimento com a monarquia absolutista do czar Nicolau II é a característica central do que defendiam os revolucionários, apesar das diferenças pontuais entre eles.
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Diante de tantos acontecimentos e manifestações desde o ano 1905, dois momentos contribuíram para colocar fim ao regime absolutista até então instituído. Foram eles: (1) Revolução de Fevereiro – ocorrida no mês de março de 1917, segundo o calendário ocidental; e a (2) Revolução de Outubro – novembro de 1917. Ambas evidenciaram claramente a crise socioeconômica e política presente na sociedade russa, assim como a necessidade de construir algo politicamente novo.
Quais foram as causas da Revolução Russa?
Se comparada ao restante da Europa, a Rússia imperial da segunda metade do século XIX se diferenciava em muitos aspectos sociais. Isso acontece porque a sociedade russa vivenciava reformas sociais e políticas frágeis e sem tantas mudanças reais num contexto de inúmeras transformações. E com o passar das décadas, muitas causas foram contribuindo para a eclosão de novas críticas, oposições e, em suma, da Revolução, em 1917. Veja:
- Czarismo: Desde o ano 1613, o Império Russo foi governado pelos czares da dinastia Romanov. Esse governo se estende durante séculos até findar no ano 1917, no ápice da Revolução. Na Rússia czarista, havia um regime político fortemente absolutista legitimado pelo direito divino e pelas relações de poder. Conforme afirma o historiador Daniel Aarão Reis, não havia limites legais ao poder do czar na Rússia Czarista; havia não só as indicações e destituições políticas arbitrárias de ministros no poder, como também foi natural a censura à liberdade de expressão aplicada à impressa, livros, revistas, etc. Um dos motivos para a morte do czar Alexandre II (em 1881 e por anarquistas) fez com que o seu sucessor, seu filho czar Alexandre III, desistisse das reformas sociais e políticas sugeridas por seu pai, fortalecendo o autoritarismo. A forte mão do absolutismo no Império Russo esteve tão enraizado na história que o czarismo foi o último poder absoluto a ser abolido no mundo.
- Processo de modernização: Sendo o último território a abolir o sistema de servidão, no ano de 1861, o Império Russo começou a se modernizar, sob o governo de Alexandre II. A modernização se deu, principalmente, no campo econômico, como reação às transformações e necessidades que o avanço do capitalismo exigia. Mesmo tendo cerca de 125 milhões de habitantes em território russo e 80% desse número ainda pertencente ao ambiente rural – segundo o censo de 1897 -, criaram-se inúmeros mecanismos industriais, a fim de inserir o império numa nova realidade, tais como: : indústrias diversas de fundição, usinas, siderúrgicas, fábricas de tecelagem, início da exploração do petróleo, construção de extensas ferrovias, etc.
- Industrialização e abertura para investimentos estrangeiros: Com a abertura para investimentos do capital estrangeiro, especialmente vindo dos franceses, a industrialização configurou o tecido social, inserindo toda a população numa nova dinâmica econômica e estrutural, inaugurando novos hábitos, formas de pensar, dentre outros impactos. Um dos símbolos desse processo de transformação econômica foram as ferrovias, dentre as quais se destacou a Transiberiana, concluída em 1916, ligando a cidade de Moscou à Vladivostok, uma região do extremo oriente russo. Lentamente, o “Gigante de pés de barro” , como era conhecida a Rússia por sua economia agrícola, passou a viver mudanças econômicas profundas.
- Crescimento das cidades e da população urbana: Ao contrário da família imperial russa, do clero ortodoxo e dos boiardos (como eram chamados os nobres proprietários russos na época), que ocupavam posições socais de prestígio, aproximadamente 80% da população russa era composta por operários, camponeses (mujiques) e proletários e vivia em extrema pobreza, tendo que pagar altos impostos ao governo czarista. Em 1894, com a ascensão do czar Nicolau II, o capitalismo russo continuou se expandindo, criando, por exemplo, mão de obra barata e abundante. Simultaneamente ao surgimento das indústrias, houve também a migração de um grande número de trabalhadores para as cidades modernizadas, como São Petersburgo e Moscou, e com isso, péssimas condições de vida e de trabalho para esses operários.
- Surgimento dos movimentos operários: Com o surgimento de novas realidades sociais e econômicas na sociedade russa, houve o surgimento de novas lideranças além dos grupos políticos tradicionais, como os proprietários donos de capital e de indústrias, os comerciantes liberais, os líderes camponeses e os líderes dos operários. Especialmente os dois últimos grupos, vivenciavam jornadas de trabalho péssimas, com jornadas extremamente prolongadas entre 12 a 14 horas por dia, contando com salários baixos, moradias precárias, alimentação insuficiente, ocasionando pobreza e miséria na condição de vida desses indivíduos. De modo a questionar e protestar contra essa realidade, o operariado russo realizava passeatas e greves, um deles bastante marcante foi o Domingo Sangrento. É no centro da mobilização desses grupos, com o surgimento dos soviets por exemplo, que a Revolução Russa ganha voz e vez.
- Primeira Guerra Mundial: Com o crescimento das insatisfações com relação ao absolutismo do czar Nicolau II e a estrutura política existente na sociedade, a população russa teve que lidar ainda com as sucessivas derrotas russas na Primeira Guerra Mundial. Com a decisão de lutar como membro da Tríplice Aliança (Rússia, Inglaterra e França), o Império Russo precisou encarar o fato de seu fraco poderio militar, tecnológico e econômico, o que levou-o a sofrer dezenas de derrotas dos alemães na frente oriental, pelas quais o czar foi fortemente responsabilizado. Já no final de 1916, com a derrota militar final da Rússia e a instabilidade social, surge o cenário ideal para o levante em oposição ao czarismo.
Essas foram as principais causas históricas que tornaram ideal o cenário para a eclosão das Revoluções Russas em 1917. Mas antes mesmo de analisar o que foi propriamente esse evento, faz-se necessário investigar os seus antecedentes.
Os antecedentes da Revolução Russa
Domingo Sangrento
Os historiadores que analisam o tema costumam pensar o ano de 1905 como o grande ensaio da revolução ocorrida de 1917, e é nele que reside os primeiros indícios de tentativa de rompimento com a ordem existente, mas ainda de forma muito sutil. Mesmo diante das inúmeras críticas da oposição, o Império Russo moveu, em 1905, uma guerra contra o Japão, motivada pelo desejo expansionista do imperialismo russo. Apesar das tentativas de conquistar o território da Coreia e da Manchúria, todas elas fracassaram diante da derrota russa.
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Diante do colapso econômico que o Império Russo enfrentava, os operários ainda lidavam com as péssimas condições de vida, reagindo a isso no dia 22 de janeiro de 1905, onde eles e suas famílias marcharam de forma pacífica em direção ao palácio de Inverno, a fim de levar ao czar Nicolau II algumas reivindicações sociais, como: redução da jornada de trabalho para 8 horas, a existência de um salário mínimo de um rublo por dia, instrução gratuita e obrigatória, eleições para uma Assembleia Constituinte, dentre outros pontos.
A resposta do czar a esse momento foi um Domingo Sangrento, pois a ordem do imperador naquele momento foi que seus soldados atirassem contra a multidão, resultando em mais de mil mortos num só dia. Diante desse ocorrido, inúmeros operários, camponeses e marinheiros provocaram levantes e manifestações em oposição ao czarismo. O mais marcante dentre eles foi a Revolta dos Marinheiros do encouraçado Potemkin.
A formação dos Soviets e dos grupos oposicionistas
Após a derrota da Rússia na Guerra Russo-Japonesa (1904-1905), o czar Nicolau II assinou o Tratado de Portsmouth, pondo fim à Guerra, e já no mês seguinte foi obrigado a lançar o Manifesto de Outubro, prometendo ao povo russo a instauração da monarquia constitucional e parlamentar, por meio da criação da duma (parlamento).
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Com o manifesto, se iniciou a formação dos soviets – conselhos de trabalhadores – em diversas regiões da Rússia, intensificando a participação popular. Mesmo havendo um novo modelo de monarquia, o czar ainda se colocava acima desta, aumentando ainda mais as críticas da oposição. O ano de 1911 foi um marco nesse processo político, havendo a volta da monarquia absolutista após a morte do ministro Stolypin, assassinado por opositores políticos.
Nesse cenário de intensa crise social, surgem também os opositores político-ideológico do czarismo, dentre eles destacam-se: os narodnikis (populistas), niilistas (partidários do anarquismo de Bakunin) e social-democratas (defensores dos ideais marxistas).
Em 1903, no II Congresso do Partido, o grupo social-democrata de orientação marxista se divide em duas correntes: os moncheviques (minoritários), marxistas mais ortodoxos que defendiam que o socialismo só deveria ser estabelecido após o avanço mais intenso do capitalismo, através de reformas progressivas e lentas na sociedade, e os bolcheviques (majoritário), que defendiam a revolução socialista por meio da ditadura do proletariado, rompendo fortemente quaisquer laços com o czarismo e o capitalismo. Os bolchrviques tiveram como líder o líder russo Lênin.
A Revolução Russa: Pão, terra e paz!
Sendo o czar culpado pelo povo por toda a crise social e econômica ocorrida na sociedade russa, a oposição ao czarismo intensificou-se após a derrota da Rússia na Primeira Guerra Mundial. No dia 23 de Março de 1917 (Fevereiro no calendário Juliano), um grupo de operários e camponeses marcharam em passeata rumo à sede do governo, em São Petersburgo, com o lema: Pão, terra e paz! e Todo poder aos sovietes.
Para surpresa dos revolucionários, muitos militares também aderiram ao movimento, derrubando o Império Russo e estabelecendo a República na Rússia, por meio de um Governo Provisório, chefiado por políticos moderados, como Alexander Kerenski, que concedeu liberdade de imprensa,de reunião e de associação e anistia aos prisioneiros e exilados políticos. Esse momento ficou conhecido por Revolução de Fevereiro.
Entretanto, contrariando a vontade popular, o governo provisório manteve a Rússia na Primeira Guerra, principal motivo de desgaste político do Estado, aumentando a oposição dos bolcheviques., liderados por Lênin e Trotsky e baseados pelo extenso número de soviets, unindo exército e classe trabalhadora.
Com a publicação das Teses de Abril, houve maiores mobilizações dos trabalhadores contra as ações tomadas pelo governo provisório. Um dos princípios defendidos pela tese era a saída russa da Primeira Guerra Mundial.
Em 7 de Novembro (ou 25 de Outubro no calendário juliano), os bolcheviques movidos pelo descontentamento e desejo por algo novo, tomam o Palácio de Inverno, instituindo o Conselho de Comissários do Povo, o novo governo russo. Um marco na história russa conhecida por Revolução de Outubro.
A conclusão
Após a tomada dos bolcheviques, houve uma séria ruptura política com os ideais monárquicos e com os ideais dos molcheviques. No comando do conselho estavam Lênin como presidente, Trótski como encarregado dos negócios estrangeiros e Stálin responsável por comandar os negócios internos. Foi com a impressão do Apelo aos trabalhadores, soldados e camponeses, primeiro documento oficial da Revolução, que se efetiva um novo regime.
As transformações vivenciadas pelos russos não foram efetivadas sem resistência, tendo em vista que a oposição dos russos brancos (mencheviques e czaristas) não aceitava os impactos das decisões tomadas pelos bolcheviques. Como consequência desse conflito de interesses e ideais, houve uma sangrenta Guerra Civil, findada apenas em 1921, com a vitória dos russos vermelhos (bolcheviques).
Impactos e consequências da Revolução Russa
Já nos primeiros dias da implantação do novo regime na Rússia pelos bolcheviques, foi possível perceber as consequências sociais, econômicas, políticas e culturais.
- Saída da Primeira Guerra Mundial: Uma das primeiras decisões tomadas pelos bolcheviques foi retirar a Rússia da Primeira Guerra Mundial. Os principais líderes russos assinaram o Tratado de Brest-Litovsk, entregando algumas regiões pertencentes ao domínio russo, como a Ucrânia, Finlândia, Polônia, Bielorrúsia, entre outros.
- Guerra Civil: O impacto mais imediato da Revolução de outubro foi a Guerra Civil entre os russos brancos e russos vermelhos; interessante é pensar esse conflito de 4 anos como uma disputa de poder, ideais e interesses.
- Separação da Igreja e do Estado: Como forma de se distanciar do regime czarista e de seguir fielmente os ideais socialista propostos por Karl Marx, os bolcheviques decidem separar a zona de influência entre Estado e Igreja, entendendo esta última como inimiga da revolução.
- Estatização das indústrias, bancos e ferrovias: Como concretização dos ideais socialistas, os bolcheviques centralizam a economia, proíbem o investimento capitalista estrangeiro e estatiza as empresas do território.
- Criação da Nova Política Econômica (NEP): Com a economia totalmente estatizada durante a guerra civil, houve uma enorme crise de abastecimento somada às revoltas camponesas diante dos confiscos dos produtos agrícolas. De modo a reestruturar e fortalecer a economia russa, foi criada a NEP, um planejamento estatal que combinava princípios socialistas com práticas capitalistas.
- Surgimento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS): No ano de 1922, foi estabelecida a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, posicionando a antiga Rússia como uma potência socialista no cenário internacional, sendo a segunda maior potência mundial após a Segunda Guerra Mundial.
Por fim, cabe destacar que esses impactos e desdobramentos das Revoluções Russa não se limitaram ao território interno russo modificando suas estruturas; além de inaugurar uma nova forma de fazer política, a Revolução Russa insere o mundo em novos conflitos e cenários.
Vídeos sobre as Revoluções Russas
A seguir, confira uma seleção de vídeos que contam um pouco mais sobre esse marco histórico na sociedade russa. Não deixe de assistir e aprofunde seus conhecimentos!
Os antecedentes da Revolução Russa de 1917
Apesar de ter ocorrido no ano de 1917, a Revolução Russa também deve ser entendida antes mesmo desse marco. É esse o objetivo do canal Nerdologia. Veja o vídeo e investigue as raízes desse momento.
Entenda a Revolução Russa
Nesse vídeo, a professora Débora Aladim explica a Revolução Russa detalhadamente. Ela comenta sobre os antecedentes, os motivos par a Revolução Russa e os acontecimentos desse momento histórico.
A Revolução Russa desenhada
Depois de estudar um assunto muito complexo, sempre é bom assistir um vídeo animado para reforçar o conhecimento.
Se você chegou até aqui é porque houve um crescimento no seu aprendizado sobre o tema. Mas não deixa esse crescimento parar por aqui, clique agora mesmo e conheça mais sobre o conceito de burguesia.
Referências
A revolução que mudou o mundo – Rússia, 1917 (2017) – Daniel Aarão Reis
História concisa da Revolução Russa (2008) – Richard Pipes
Antes e depois da URSS (1995) – Claudio Vicentino
From the Guardian archive – Revolution breaks out in Russia, archive 1917 – The Guardian
Por Thiago Abercio
Historiador e mentor educacional formado pela Universidade Federal de Pernambuco. Professor de História e de Repertório cultural e Ideias, redator e analista de conteúdo. Atualmente realiza pesquisas na área de História da arte e das mentalidades.
Abercio, Thiago. Revolução Russa. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/revolucao-russa. Acesso em: 21 de November de 2024.
1. [UFES]
A Revolução Russa de 1917 derrubou o regime czarista e estabeleceu o socialismo no país.
Assinale a alternativa correta em relação às medidas adotadas pelo novo governo.
A) Com a abdicação do Czar, estabeleceu-se uma aliança política entre os líderes do regime czarista e os dirigentes do governo provisório.
B) Lenin, prisioneiro político exilado na Sibéria, ficou excluído do processo revolucionário.
C) O governo socialista colocou em prática, imediatamente, o projeto de reconstrução da economia, a Nova Política Econômica (NEP).
D) A fase inicial do processo caracterizou-se pela alteração nas leis dos direitos civis, pela anulação dos títulos de nobreza, pela separação entre Igreja e Estado, pela reforma agrária e pelo fim da propriedade privada.
E) No nível político, o governo revolucionário promulgou, no mesmo ano, uma nova constituição, que legitimou a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
D) A fase inicial do processo caracterizou-se pela alteração nas leis dos direitos civis, pela anulação dos títulos de nobreza, pela separação entre Igreja e Estado, pela reforma agrária e pelo fim da propriedade privada.
É importante ter em mente que as primeiras ações da Revolução Russa tinham por finalidade romper com o regime czarista estabelecido, e essas transformações alcançaram diversas esferas sociais e políticas.
2. [UFJF]
Sobre o contexto social da Rússia, anterior à Revolução Bolchevique de 1917, é incorreto dizer que:
A) a grande massa da população era camponesa, reflexo das condições econômicas e sociais anteriores, havendo grande concentração fundiária nas mãos de poucos.
B) a industrialização estava restrita a poucas cidades, como Moscou e São Petersburgo, e fora financiada, em grande parte, pelo capital europeu ocidental.
C) apresentava uma burguesia forte e organizada, com um projeto revolucionário amadurecido, que defendia, entre outros aspectos, a criação de uma República no lugar do governo czarista.
D) o proletariado enfrentava péssimas condições de vida nas cidades, fruto dos baixos salários, mas dispunha de um certo grau de organização política, que possibilitava sua mobilização.
E) após o fim da servidão, houve uma intensa migração do campo em direção à cidade, contribuindo para o aumento da mão-de-obra disponível, que seria direcionada, em grande parte, para a indústria.
C) apresentava uma burguesia forte e organizada, com um projeto revolucionário amadurecido, que defendia, entre outros aspectos, a criação de uma República no lugar do governo czarista.
Conforme afirma a alternativa, é incorreto dizer que havia uma burguesia fortemente organizada com interesses e objetivos únicos, especialmente no tocante a um governo republicano – o que contradizia os ideais políticos desse grupo.