A continuação do Império Romano durante a Antiguidade Tardia e Idade Média e ficou conhecida como Império Bizantino, cuja capital foi Constantinopla, onde atualmente é Istambul. A região, inicialmente conhecida como Bizâncio, foi herdeiro do Império Romano do Oriente e, durante o período de sua existência, teve um grande governante, Justiniano, que foi o legislador que mandou compilar as leis romanas que iam desde a República até o Império, combatendo ainda as heresias e procurando dar unidade ao cristianismo, o que deixou mais fácil o período de monarquia.
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Império Romano x Império Bizantino
É difícil determinar exatamente uma data para a separação entre Império Romano e Império Bizantino, já que se trata de uma convenção moderna. Foram vários os eventos entre os séculos IV e VI que marcaram essa transição que teve como consequência a separação entre a parte oriental e ocidental do Império Romano.
No ano de 285, Diocleciano, imperador, dividiu a administração imperial em duas partes e entre 324 e 330 houve a transferência da capital principal de Roma para Bizâncio, ou como ficou conhecida posteriormente, Constantinopla ou Nova Roma. Com o comando de Teodósio I, o cristianismo ganhou mais espaço no império, tornando-se sua religião oficial, e foi com sua morte que definitivamente Roma foi dividida em duas, sendo comandadas, as suas duas metades, por dois dos seus filhos. No reinado de Heráclito, foram estruturadas a administração e as forças armadas, além da linguagem grega ter sido adotada como oficial no lugar do latim. Bizâncio, de forma bem simplificada, era diferenciada da Roma Antiga na medida em que foi orientada para a cultura grega, tendo como uma das características mais marcantes, a presença do cristianismo ortodoxo ao invés do politeísmo romano.
As fronteiras do império passaram por muitas mudanças durante o período de sua existência, sofrendo declínios, mas recuperações também. Com Justiniano como imperador, alcançou a maior extensão depois de reconquistar diversos dos territórios mediterrâneos que antes pertenciam à porção ocidental, como o Norte da África, a península Itálica e parte da península Ibérica. As fronteiras orientais foram expandidas por Maurício, assim como o Norte ficou estabilizado, mas quando ele foi assassinado, houve um conflito com o Império Sassânica durante duas décadas, que causou o esgotamento dos recursos do império, contribuindo com as grandes perdas territoriais que aconteceram no período das invasões muçulmanas do século XII.
Ao final do século XII, quando houve a Restauração de Comnena, o império teve parte de seu território perdido anteriormente, recuperado, restabelecendo a sua dominância. Quando Comneno morreu, em 1185, houve o fim da sua dinastia, em que o império entrou, novamente, em crise. O Império Bizantino encontrou o seu fim no ano de 1204, quando, no contexto da Quarta Cruzada, foi dissolvido e dividido em reinos gregos e latinos. O Império foi reconquistado no ano de 1261, porém teve que enfrentar muitos estados vizinhos rivais durante 200 anos. O período, entretanto, foi o mais rentável no sentido cultural. Houveram muitas guerras no século XIV que acabaram destruindo definitivamente as forças do império que já estava enfraquecido.
Referências
História do Império Bizantino – MC Giordani
O Império Bizantino – FJ Franco Jr, R de Oliveira Andrade Filho
Por Natália Petrin
Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.
Petrin, Natália. Império Bizantino. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/imperio-bizantino. Acesso em: 22 de November de 2024.
01. [UFES] Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio, os ícones (imagens pintadas ou esculpidas de Cristo, da Virgem e dos Santos) constituíam a “revelação da eternidade no tempo, a comprovação da própria encarnação, a lembrança de que Deus tinha se revelado ao homem e por isso era possível representá-lo de forma visível.”
(Franco Jr., H. e Andrade Filho, R. O. O IMPÉRIO BIZANTINO. São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 27).
Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones no Império Bizantino, o imperador Leão III, em 726, condenou tal prática por idolatria, desencadeando assim a chamada “crise iconoclasta”.
Dentre os fatores que motivaram a ação de Leão III, podemos citar o (a):
a) intolerância da corte imperial para com os habitantes da Ásia Menor, região onde o culto aos ícones servia de pretexto para a aglutinação de povos que pretendiam se emancipar.
b) necessidade de conter a proliferação de culto às imagens, num contexto de reaproximação da Sé de Roma com o imperador bizantino, uma vez que o papado se posicionava contra a instituição dos ícones e exigia a sua erradicação.
c) tentativa de mirar as bases políticas de apoio à sua irmã, Teodora, a qual, valendo-se do prestígio de que gozava junto aos altos dignitários da Igreja Bizantina, aspirava secretamente a sagrar-se imperatriz.
d) aproximação do imperador, por meio do califado de Damasco, com o credo islâmico que, recuperando os princípios originais do monoteísmo judaico-cristão, condenava a materialização da essência sagrada da divindade em pedaços de pano ou madeira.
e) descontentamento imperial com o crescente prestígio e riqueza dos mosteiros (principais possuidores e fabricantes de ícones), que atraíam para o serviço monástico numerosos jovens, impedindo-os, com isso, de contribuírem para o Estado na qualidade de soldados, marinheiros e camponeses.
02. [Unesp] A Civilização Bizantina floresceu na Idade Média, deixando em muitas regiões da Ásia e da Europa testemunhos de sua irradiação cultural. Assinale importante e preponderante contribuição artística bizantina que se difundiu expressando forte destinação religiosa:
a) Adornos de bronze e cobre.
b) Aquedutos e esgotos.
c) Telhados de beirais recurvos.
d) Mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas.
e) Vias calçadas com artefatos de couro.
01. [E]
02. [D]