Holocausto

O Holocausto foi um massacre realizado pelo Governo Alemão Nazista de Adolf Hitler contra os povos considerados impuros, principalmente os judeus, e teve consequências que marcaram a história mundial.

De origem grega, a palavra “Holocausto” significa “sacrifício pelo fogo”, e foi usada para representar a perseguição e o extermínio, com apoio do governo nazista, dos judeus – cerca de 6 milhões deles -. Em Janeiro de 1933 os Nazistas chegaram ao poder com os ideais de que os alemães eram superiores “racialmente”, e que os judeus, por sua vez, eram inferiores, de forma que ofereciam uma ameaça à “comunidade racial alemã”, como se entitulavam os nazistas alemães.

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O que foi o holocausto?

Imagem: Reprodução
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Holocausto é como ficou conhecido o período em que houve perseguição política, sexual, étnica e religiosa por parte dos alemães nazistas durante o período em que Adolf Hitler, líder nazista, governou o país. A ideologia aplicada por Hitler era a de que a Alemanha precisava passar por cima dos empecilhos que impediam o país de ser composto por seres superiores – o que para ele significava os alemães puros, excluindo os judeus -. Para ele, o povo legitimamente alemão era composto por aqueles que eram descendentes de arianos que, segundo etnólogos da Europa no século XIX, eram aqueles com pele branca que originaram a civilização europeia.

Para seguir os ideais de Hitler e alcançar a “supremacia racial ariana”, começou-se a pregar o ódio contra aqueles que estariam estragando ou impedindo essa pureza racial na Alemanha que, segundo o discurso nazista, seriam os ciganos e principalmente os judeus. Os judeus passaram, então, por ordens de Hitler, a ser isolados em guetos nos entornos das cidades, deixando suas casas e seus pertences.

Campos de concentração

Com o início da Segunda Guerra Mundial, foram criados pelo governo nazista, os campos de concentração em que ciganos e judeus eram levados, presos e forçados a trabalhar e viver em indústrias que eram vitais para o sustento da Alemanha durante a Guerra. As condições de vida eram péssimas, insalubres, com má alimentação, torturas e experimentações científicas em que eles eram cobaias forçadas. Além dos ciganos e dos judeus, também foram perseguidos e levados aos campos de concentração homossexuais, pacifistas, eslavos, doentes mentais, grupos religiosos (como testemunhas de Jeová, por exemplo), e aqueles que eram opositores políticos de Hitler).

No ano de 1933, a população de judeus na europa ultrapassava os 9 milhões, e a maioria deles vivia em territórios que seriam ocupados pela Alemanha nazista, ou influenciados durante o período da Segunda Guerra Mundial. No ano de 1945, dois em cada três judeus europeus já haviam sido assassinados na operação “Solução Final”, que foi como chamaram a política nazista de matar todos os judeus, deficientes, entre outros perseguidos. As unidades de extermínio, como ficaram conhecidos os campos de concentração, eram equipadas com instalações de gás que objetivavam o extermínio desses povos.

Quando a Segunda Guerra Mundial chegou ao fim e a Alemanha foi derrotada, grande parte dos oficiais alemães decidiram executar os exilados nos campos de concentração, para acobertar o que foi praticado nos campos espalhados pelo território europeu e também para evitar que os aliados os libertassem. Isso, entretanto, não foi bem sucedido, já que as tropas de países como a França, Estados Unidos e Inglaterra expuseram a carnificina promovida pelos nazistas. Os principais lideres dos exércitos alemães foram julgados pelo tribunal internacional em Nuremberg, e muitos deles foram condenados à morte sob a alegação de crimes de guerra.

Após o Holocausto

Quando finalmente chegou ao fim a perseguição e o massacre contra os povos judeus, muitos sobreviventes acabaram encontrando abrigos em campos deslocados de guerra que eram administrados por aliados. Entre os anos de 1948 e 1951, aproximadamente 700 mil sobreviventes migraram para Israel, enquanto outros foram para outras nações, como Brasil e Estados Unidos. O último dos campos em que se abrigaram foi fechado no ano de 1957.

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Referências

Modernidade e Holocausto – Z Bauman
A indústria do Holocausto – NG Finkelstein

Natália Petrin
Por Natália Petrin

Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.

Como referenciar este conteúdo

Petrin, Natália. Holocausto. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/holocausto. Acesso em: 25 de November de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [UFU 2007] O depoimento a seguir, escrito por uma pesquisadora polonesa em 1985, relembra momentos de sua adolescência entre judeus em Varsóvia. Trecho 1: anos finais da década de 1930; trecho 2: meados da década de 1940.
Trecho 1
“Àquela época, era difícil para qualquer um ingressar na escola de medicina da Universidade de Varsóvia – para uma moça ou um rapaz judeu, era quase impossível. Embora as universidades polonesas não tivessem chegado a adotar a exclusão total, havia não obstante uma clara restrição extra-oficial ao número de judeus admitidos como alunos, em especial nos cursos que preparavam profissionais liberais, como o de medicina.”
Trecho 2
“Os guardas obrigam mais e mais pessoas a entrarem, até que fica difícil respirar. Crianças gritam, homens praguejam e blasfemam, uma pessoa fica histérica. – Vamos botar essas três judias pra fora! – exclama de repente uma mulher. – Estaremos bem melhor sem elas. Uma forte reprimenda faz com que ela se cale. – Mais uma palavra – um homem mutilado diz asperamente – e quem vai ser jogada pra fora é você.” BAUMAN, Janina. “Inverno na Manhã. Uma jovem no Gueto de Varsóvia”. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005, p. 17 e 198.
Considerando a narrativa apresentada e o contexto a que se refere, assinale a alternativa correta.
a) A perseguição nazista aos judeus não causou inicialmente muita estranheza, pois diferentes práticas antissemitas eram comuns no dia a dia em várias partes da Europa.
b) O catolicismo e o anglicanismo eram muito difundidos na Polônia já naquela época. Fato este que justificava o forte preconceito contra outras religiões, até mesmo antes do surgimento do nazismo.
c) O convívio entre praticantes de diferentes religiões é indesejável, sobretudo em regiões com culturas tradicionais ou em espaços muito habitados, devido ao risco de violências.
d) Hostilidades, restrições e perseguições são sempre lembradas por escritores que viveram o holocausto, mas não se repetem atualmente devido à grande tolerância religiosa.
e) Na Polônia, o antissemitismo e o holocausto foram conduzidos pelos próprios poloneses católicos.

02. [UFSCAR 2008] “Esse mundo novo de extermínio em massa e aniquilação cultural patrocinados pelo Estado deu origem a um novo termo – genocídio, que surgiu em 1944 (…)” (Mark Mazower. “Continente sombrio”. SP: Companhia das Letras, 2001.)
O termo genocídio foi historicamente cunhado com o extermínio:
a) dos anarquistas ucranianos durante a revolução bolchevique.
b) dos judeus durante a vigência do nazismo.
c) dos romenos no seu processo de independência.
d) dos etíopes na invasão italiana.
e) dos zulus durante o governo racista da África do Sul.

01. [A]
02. [B]

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