A história da escrita remete muitos anos no passado. Pesquisadores da China e dos Estados Unidos descobriram o que pode ser a evidência mais antiga de escrita do mundo: inscrições chinesas que datam de 9 mil anos atrás.
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A descoberta recua pelo menos 3 mil anos o aparecimento dos primeiros rudimentos da escrita, descobertos no Egito e na Mesopotâmia (atual Iraque), que também datam do quarto milênio antes de Cristo.
Os caracteres descobertos parecem estar ligados a uma prática religiosa.
E apesar de não questionarmos o predomínio da Mesopotâmia na alfabetização da humanidade, a China, com um registro arqueológico de milênios, nos dá uma oportunidade de observar os primeiros estágios evolutivos da escrita.
Os sumérios e o início da história da escrita
Os sumérios são universalmente considerados o primeiro povo que possuiu uma escrita propriamente dita.
São pictogramas grafados em argila. A simplificação da forma é surpreendente, atendo-se ao essencial do que se quer dizer.
Com a dominação dos povos vizinhos, a escrita foi sendo gradativamente simplificada, seja nos seus desenhos ou na quantidade de sinais.
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Até por conta disso, essa escrita foi sendo substituída pela escrita aramaica, que possuía 22 sinais em oposição aos 1000 sinais da escrita cuneiforme.
A simplificação da quantidade de sinais e de sua forma foi fator essencial para a disseminação entre diversos povos da escrita aramaica.
Os hieróglifos egípcios
Civilização localizada no Delta do rio Nilo, em uma área extremamente fértil. Essa sociedade era extremamente criativa, fascinada pelos poderes da natureza.
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Sendo assim, foi justamente na natureza que os egípcios encontram fonte de inspiração para o desenvolvimento de sua
escrita.
Essa sociedade tenta evocar os poderes da natureza através de sinais mágicos.
A expressão hieróglifo aplica-se somente à escrita pictórica, criada pelos sacerdotes. Foi com os hieróglifos que as primeiras ponderações acerca da história da escrita iniciaram.
A invenção das letras e sua difusão
Na região do Oriente Próximo, no final do segundo milênio, existiu um povo de mercadores que comercializava com diversas regiões do mundo antigo, os fenícios.
Por conta disso, conheciam diversas línguas e escritas.
Pela primeira vez, provavelmente impulsionados pela necessidade de se comunicar com esses diversos povos, deixaram de fundir as consoantes em sílabas (ba, di, gu, etc.).
Para registrá-las com as menores unidades sonoras (b, d, g, etc.).
Assim, na virada do segundo milênio a.C., nasceram os sinais consonantais fenícios, que hoje são considerados e reconhecidos como a base de partida de todas as escritas alfabéticas.
Em um curto espaço de tempo, o alfabeto fenício atingiu sua perfeição da forma, reduzida a 22 sinais fonéticos selecionados o que acabou ajudando essa escrita a substituir as outras escritas contemporâneas.
Na escrita ocidental, os gregos tiveram papel de destaque, incorporando novos fonemas, que resultaram nas letras A, E, I, O e U.
As demais escritas, arábicas e hebraicas por exemplo, assim como a Fenícia, são escritas apenas consonantais.
A partir do primeiro milênio a.C., iniciou-se na Europa a evolução mais significativa da história escrita: o alfabeto greco-latino.
O alfabeto fenício foi completamente absorvido pelos gregos antigos. Foram acrescentados, como foi dito anteriormente, mais quatro sinais básicos: as vogais.
Referências
História – Divalte
Sinais e símbolos – Adrian Frutiger
Por Luana Bernardes
Graduada em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e Clínica pela mesma Universidade.
Bernardes, Luana. História da Escrita. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/historia-da-escrita. Acesso em: 21 de November de 2024.
01. [UFPB]: Sobre os povos da Antiguidade Oriental, é correto afirmar:
a) A agricultura foi o principal fator de enriquecimento e desenvolvimento dos hebreus, devido ao aproveitamento das águas através de complexos e amplos sistemas de irrigação.
b) A religião constituiu a principal herança deixada pelos egípcios, de onde provém o monoteísmo judaico.
c) O comércio marítimo marcou a presença histórica dos fenícios, que estabeleceram contatos com diversos povos, ao longo da costa do Mar Mediterrâneo.
d) A guerra de conquista foi a principal característica dos sumérios, povo que construiu um império que se estendia do Egito às fronteiras da Índia.
e) A escrita cuneiforme, um das mais importantes formas de registro escrito, produzido em blocos de argila, foi a principal contribuição dos persas, povo que habitou a Mesopotâmia.
02. [UNESP]: Que característica da civilização fenícia foi herdada por civilizações da Europa Ocidental, como a grega e a romana, e que se destaca ainda hoje como uma das invenções mais importantes para o desenvolvimento da cultura humana?
a) a invenção da bússola.
b) o desenvolvimento da escrita alfabética.
c) a criação da pólvora.
d) a descoberta da fusão de metais, como o ferro.
e) o desenvolvimento do monoteísmo religioso.
01. [UFPB]
Resposta: C
A alternativa C é a única que apresenta informações verdadeiras sobre o contexto da Antiguidade. Os fenícios eram especialistas em navegação e transitavam com destreza pelo mar Mediterrâneo. Chegaram a fundar várias colônias, tanto em ilhas quanto em regiões costeiras do referido mar, cuja principal foi a cidade de Cartago.
02. [UNESP]
Resposta: B
A escrita alfabética foi desenvolvida pelos fenícios com o objetivo de tornar mais ágil sua administração e sua organização econômica. Os símbolos alfabéticos desenvolvidos pelos fenícios foram aperfeiçoados pelos gregos e romanos, que se esmeraram na composição não apenas de um complexo sistema de palavras, mas também na composição de versos e de todo um sistema gramatical e retórico que se tornou a base da formação da antiguidade clássica.