A Guerra Mexicano-Americana foi um conflito entre Estados Unidos e México, ocorrida de 1846 a 1848. A ambição norte-americana por territórios mexicanos foi a grande motivação do início do embate. O conflito foi uma das variadas etapas da chamada Marcha para o Oeste. Esta marcha tinha como objetivo estender o território norte-americano em direção ao país vizinho no século XIX.
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O conflito intensificou uma rivalidade já existente entre mexicanos e norte-americanos. A necessidade de expansão e os objetivos com a invasão ao território sulista irritaram os mexicanos. Pertencentes ao México, os territórios eram de grande interesse para os Estados Unidos; uma vez que, no futuro, viria a ser um dos pontos mais ricos do país. Neste embate travado, cerca de 40 mil pessoas foram mortas no período de dois anos. Seja vítima do confronto direto ou de doenças que acometiam os acampamentos de guerra.
Os antecedentes à Guerra Mexicano-Americana
A rivalidade entre as duas nações já existia mesmo antes do estouro da Guerra Mexicano-Americana. A ocupação do Texas foi o precursor e o estopim para o início do que viria a ser um grande conflito. Na Independência Mexicana (1810) – reconhecimento espanhol apenas em 1821 – a nação herdou territórios de domínio do Vice-Reino da Nova Espanha. Texas, Califórnia e Arizona eram três dos vários territórios pertencentes ao México.
No ano de 1823, um tratado entre mexicanos e americanos permitiu que o Texas fosse ocupado também por colonos americanos. O atual estado americano ainda fazia parte do México. O objetivo era o desenvolvimento econômico na região e apaziguar os ataques indígenas no local. Contudo, o crescimento da população americana criou resistência dos habitantes, sobretudo com a imposição católica. O catolicismo imposto, e a proibição do uso de mão-de-obra escrava, incomodavam os colonos estadounidenses.
A relação começa a estremecer, e os colonos então rebelam-se ao lutar pela independência do Texas, a partir de 1836. O conflito se estendeu por diversos locais ao longo dos anos. O curioso, no entanto, é que a Batalha final ocorreu em San Jacinto, durando apenas 20 minutos. A vitória dos colonos sobre as tropas mexicanas separa oficialmente o Texas do México. Os conflitos, no entanto, não cessaram, estendendo-se até meados de 1840. A relação entre México e Estados Unidos estremece, uma vez que o governo americano dá aporte aos rebeldes.
A Guerra Mexicano-Americana
O presidente dos EUA, James K. Polk, em 1845, decide por seguir a expansão americana. Sustentado pelo Destino Manifesto, ele mira o estado da Califórnia como novo objetivo de anexo. O governo ofereceu uma quantia de 25 milhões de dólares pelo território (incluindo o atual Novo México). A oferta é rejeitada pelos mexicanos, ainda sentidos pela tomada do Texas. Havia ainda discussões sobre a demarcação do território tomado, onde as fronteiras ainda eram debatidas.
No ano seguinte, o presidente Polk declara que o Mexico estava em guerra defensiva contra os norte-americanos. A declaração inflou hostilidades e inflamou o conflito. Os atritos decorreram embates que se prolongaram por mais dois anos. A vitória dos norte-americanos ocorreu em todas as grandes batalhas importantes.
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Na Batalha de Chapultepec, há a conquista da capital, Cidade do México, pelos Estados Unidos. Os termos de rendição são, então, negociados. Oficializado no Tratado de Guadalupe-Hidalgo, em 1848, a Guerra Mexicano-Americana tem um fim burocrático. O México cede os territórios da Califórnia, Novo México e Texas aos Estados Unidos.
A fronteira do Texas (antes discutida) foi definida pelos EUA. O México perde 40% de seu território. Em troca, os Estados Unidos paga um valor de 15 milhões de dólares ao governo mexicano. Há ainda o perdão de dívida do governo mexicano com norte-americanos. A Guerra Mexicano-Americana tem fim em 1853, quando parte do Arizona é adquirida por 10 milhões de dólares.
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Referências
AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. Editora Ática, São Paulo-SP, 1ª edição. 2007, 592 p.
Por Mateus Bunde
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).
Bunde, Mateus. Guerra Mexicano-Americana. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/guerra-mexicano-americana. Acesso em: 24 de November de 2024.
01. [Fuvest] Ao final da Guerra de Secessão, a constituição dos Estados Unidos sofreu a XIII Emenda, que aboliu a escravidão. Os brancos sulistas:
a) abatidos, emigraram em massa, para não conviver com os negros em condições de igualdade política e social.
b) inconformados com a concessão de direitos aos negros, desenvolveram a segregação racial e criaram sociedades secretas que os perseguiam.
c) arruinados, tiveram suas terras submetidas a uma reforma agrária e distribuídas aos ex-escravos.
d) desanimados, abandonaram a agricultura e voltaram-se para a indústria, a fim de se integrarem à prosperidade do capitalismo do norte.
e) recuperados, substituíram as plantações de algodão por café, contratando seus ex-escravos como assalariados.
02. [Cesgranrio] No início do governo Abraão Lincoln, os Estados Unidos apresentavam-se divididos e, nas palavras desse presidente, o país era “uma casa dividida contra si mesma”, uma vez que:
I – os sulistas, favoráveis ao sistema escravista, reagiram com hostilidade à eleição de um presidente contrário à expansão desse sistema.
II – a secessão sulina era um rude golpe para o país, face ao caráter complementar das economias do norte e do sul.
III – os Estados nortistas não abriram mão da política livre-cambista, condenada pelo Sul protecionista.
IV – divididos internamente, os Estados Unidos não poderiam prosperar economicamente e enfrentar desafios externos.
Assinale se estão corretas apenas:
a) I e II
b) I e III
c) II e IV
d) I, II e III
e) I, II e IV
01. [B]
02. [E]