A Guerra do Peloponeso foi um intenso conflito iniciado em 431 a.C., durando até 403 a.C. O embate entre atenienses e espartanos teve como marca inúmeras causas, insatisfações e disputas. O conflito acabou tendo início com o estremecer das relações entre as duas cidades-Estado. Com disputas constantes pela autonomia da região ocupada, atenienses e espartanos acabam por ter o estopim após expulsão persa.
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Os atenienses, antes do estourar da guerra, ocupavam o posto de líderes. Isso ocorreu depois da expulsão dos persas da região da Grécia Antiga. Os descendentes de Atenas, assim, estabeleceram as condições para que a Liga de Delos fosse formada. A justificativa para criação vinha a ser uma espécie de tratado de paz. Em realidade, o objetivo era evitar invasões do Império Persa, garantindo reforço de outras nações se fosse necessário.
No entanto, essa criação ocasionou desconforto e descontentamento de outras cidades-estado. Isso porque, ao longo dos anos após criação da Liga de Delos, Atenas utilizaria essa autonomia para impor interesses particulares. A postura de Atenas não agradou nada aos Espartanos. Estes, assim, organizariam junto de outras cidades gregas uma Confederação Militar. Conhecida como Liga do Peloponeso, a organização teria o objetivo de por fim a hegemonia ateniense.
A ruptura provocada por Esparta, no entanto, criaria inúmeras tensões que eclodiriam num embate ainda maior. A Guerra do Peloponeso teve seu início decretado com a invasão de Córcira (Delos) a Corinto (Peloponeso).
Guerra do Peloponeso: do início ao fim
Como ressaltado, inúmeros motivos corroboraram para o estouro da Guerra. A autonomia de Atenas incomodava Esparta. Ao iniciar o conflito, o mesmo perdurou por dez anos em uma primeira etapa arcada por um equilíbrio entre as tropas. Passada a década, a assinatura de um tratado de paz (Paz de Nícias) promovia uma trégua. A pausa se daria por cinquenta anos, segundo o acordo.
Entretanto, apenas oito destes cinquenta anos seriam cumpridos. Isso porque o líder ateniense, Alcebíades, acabou estimulando que seus exércitos invadissem Siracusa. A região fazia parte da Liga do Peloponeso. Isso desencadeou, novamente, um estouro do conflito. A investida militar de Alcebíades foi o grande mártir de Atenas. Após um equilíbrio notório entre Delos e Peloponesos, os atenienses acabam sendo humilhados. A derrota culmina na prisão e escravização de milhares de soldados oriundos de Atenas.
Outros conflitos manteriam a Guerra do Peloponeso em andamento. Já na reta final do conflito, em 404 a.C., a região de Egos-Pótamos é o palco da derrocada final ateniense. O líder espartano, Lisandro, declara a derrota de Atenas. A hegemonia tinha novo nome, e pertencia aos Espartanos. A cidade-Estado de Esparta, assim, viria a assumir a autonomia da região.
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Os anos seguintes foram marcados por disputas constantes. Abalando o mundo grego, muitas cidades começaram a ruir após a Guerra do Peloponeso. Foi motivado por isso que o rei macedônico, Filipe II, tem a ideia de assumir o território. Com a organização de um exército poderoso, ele coordena a invasão e tomada da região no século IV a.C. A Guerra do Peloponeso, assim, condenava a região outrora próspera.
Referências
AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. Editora Ática, São Paulo-SP, 1ª edição. 2007, 592 p.
Por Mateus Bunde
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).
Bunde, Mateus. Guerra do Peloponeso. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/guerra-do-peloponeso. Acesso em: 04 de December de 2024.
01. [FGV] A Guerra do Peloponeso, ocorrida na Grécia entre 431 e 401 a.C., foi:
a) uma guerra defensiva empreendida pelos gregos contra a invasão dos persas e a ameaça de perda de suas principais praças de comércio do Mar Mediterrâneo;
b) uma luta entre dórios e aqueus na época da ocupação do território grego que resultou na formação das cidades de Esparta e Atenas;
c) uma luta comandada pelas cidades de Esparta e Corinto contra a hegemonia da Confederação de Delos – liderada por Atenas – sobre o território grego;
d) uma guerra entre gregos e romanos, pelo desejo de implantação de uma cultura hegemônica sobre os povos do Oriente Próximo;
e) uma invasão do território grego pelas tropas de Alexandre – O Grande, na época de expansão do Império Macedônico que herdara de seu pai.
02. [FGV] A Guerra do Peloponeso (431 a.C.- 404 a.C.), que teve importância fundamental na evolução histórica da Grécia antiga, resultou, entre outros fatores, de
a) um confronto econômico entre as cidades que formavam a Confederação de Delos.
b) um esforço da Pérsia para acabar com a influência grega na Ásia Menor.
c) um conflito entre duas ideologias: Esparta, oligárquica, e Atenas, democrática.
d) uma manobra de Esparta para aumentar a sua hegemonia marítima no mar Egeu.
e) uma tentativa de Atenas para fracionar a Grécia em diversas cidades-estado.
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