Guerra do Congo

A Guerra do Congo foi bastante importante para a história da África, principalmente da República do Congo. Durante o período, passou por alguns governos, até que foi instaurada uma Ditadura Militar.

O Congo pertencia à Bélgica até os anos 1960, quando ocorreu à independência depois de uma série de manifestações populares seguidas de violentos conflitos. Durante o século XIX, a Europa ocupou a região sob o comando de Henry Stanley, um explorador que, a serviço da monarquia belga, explorou e passou por toda a região do Congo. Segundo informações, os ingleses haviam fornecido estratégias e informações bastante precisas que fizeram com que a Bélgica conseguisse dominar mais facilmente a reunião para fins comerciais. A África, ao ser partilhada, teve os detalhes de sua dominação discutidos na Conferência de Berlim no ano de 1885, quando o Rei Leopoldo II determinou, por um simples capricho pessoal, que dominaria a região do Congo.

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Até a metade do século XX, tudo ia bem para a Bélgica, mas na década de 50 houve a ascensão de Patrice Lumumba, houve um período de grandes conflitos e revoltas populares objetivando a independência do Congo. Foi no ano de 1960 que, abruptamente, os belgas simplesmente se retiraram, deixando o país desorganizado, já que os nativos ainda não haviam se organizado para assumir a gestão do Congo.

Assim, Joseph Kasavubu assumiu como presidente, tendo Lumumba como primeiro-ministro do país. Em Katanga, província do país, passaram a acontecer rebeliões somente um mês após a independência. Isso em decorrência da inquietação e da falta de aceitação de alguns empresários com relação ao olhar e porte socialista assumido pelo novo governo. Lumumba, durante essas rebeliões, foi destituido pelo presidente Kasavubu, sendo, em seguida, sequestrado e assassinado pelos rebeldes de Katanga, e ficou conhecido como um dos símbolos da resistência africana.

Imagem: Reprodução

A ONU, então, receando que houvesse uma guerra civil, enviou tropas ao país, que só foram retiradas de lá no ano de 1964. Durante esse período, houve uma mudança no governo: apoiado por governos do Ocidente, Tshombe assumiu o governo como primeiro-ministro, e dessa forma conseguiram derrotar as facções rebeldes.. Novamente o grupo que estava relacionado ao falecido Lumumba, passou a defender novamente a independência. No ano seguinte, 1965, Tshombe foi destituído pelo presidente, e este por sua vez, sofreu um golpe de estado em que a ditadura foi implantada, perdurando até os dias atuais. No ano de 1971, o Congo passou a se chamar Zaire.

Joseph-Désiré Mobutu, mais conhecido na história como Mobutu, simplesmente, assumiu o poder para a ditadura, tendo apoio militar de grupos europeus e norte-americanos. Em 1990, ele estabeleceu no país o pluripartidarismo em decorrência da grande pressão que vinha sofrendo vindo do povo. Essa pressão popular teve como resultado, ainda, no ano de 1991, uma greve geral, onde novamente Mobutu cedeu, concedendo anistia aos exilados. No ano de 1997, teve que deixar o poder quando foi forçado a abandonar o país diante dos levantes que eram organizados por Laurent Kabila. Mobutu, inclusive, foi quem mudou o nome de Congo para República do Zaire, além de defender a africanização da região. Quando o ditador morreu, o país voltou ao nome de República do Congo, mas ainda assim os conflitos perduraram.

República do Congo nos dias atuais

A República Democrática do Congo é conhecida nos dias atuais por ser um dos países mais violentos de todo o mundo, sendo que já foram feitas mais de 6 milhões de vítimas em apenas 2,3 milhões de metros quadrados. Desde a Segunda Guerra Mundial, esta foi a que teve o maior número de vítimas. Os conflitos representam, além de questões étnicas, disputas pelo espaço, assim como pelo controle dos minerais congoleses, contrabandeados para outros países, como é o caso da Ruanda, Burundi e Uganda.

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Referências

Congo Civil War – Global Security

Natália Petrin
Por Natália Petrin

Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.

Como referenciar este conteúdo

Petrin, Natália. Guerra do Congo. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/guerra-do-congo. Acesso em: 23 de November de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [ENEM] A utilização maciça de desfolhantes “pretendia arrasar a cobertura vegetal, para impedir que o adversário se camuflasse, e destruir as colheitas para matar de fome as populações e os combatentes. O segundo objetivo era explícito: como as operações de guerrilha dependiam estreitamente das colheiras locais para seu abastecimento, os agentes antiplantas possuíam um elevado potencial ofensivo para destruir ou limitar a produção de alimentos.”

GRENDEU, Francis. Quem Faz as guerras químicas. Le Monde Diplomatique, 1º janeiro de 2006.

O texto acima se refere a táticas utilizadas em uma guerra inserida no contexto da Descolonização Afro-asiática. À qual conflito se refere o texto?

a) A guerra de independência da Indonésia.

b) A guerra pela libertação da Argélia.

c) A guerra do Vietnã.

d) A guerra separatista do Congo.

e) A luta pela formação do Estado Palestino.

02. [ENEM] O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil em curso na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, no Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência. Esse estado de coisas deve-se, em parte,

a) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas

entre os defensores do liberalismo e os adeptos do planejamento central.

b) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais africanos, divididos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.

c) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam a desigualdade ao perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o continente.

d) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem considerar as características das sociedades locais.

e) às potências ocidentais que continuam mantendo uma política assistencialista, o que faz com que os governos locais beneficiem-se do caos.

01. [C]

02. [D]

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