O conflito das Malvinas foi uma guerra não declarada entre o Reino Unido e a Argentina em 1982 sobre a soberania das Ilhas Malvinas, também conhecidas como Ilhas Falkland.
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Esse conflito durou por 79 dias, terminando na vitória britânica, e causou a morte de 255 britânicos e 649 argentinos.
Índice do conteúdo:
Contexto e causas da guerra
Soldados argentinos invadiram as ilhas em 2 de abril, sob ordens de Leopoldo Galtieri (chefe da Junta Militar da Argentina) na esperança de que sua recaptura unisse o povo da Argentina ao seu regime.
Operação Rosário
A decisão de invadir as Ilhas Malvinas era principalmente política: a Junta Militar da Argentina estava sendo criticada por má administração econômica e abusos dos direitos humanos e acreditava que a “recuperação” das Ilhas uniria os argentinos em um fervor patriótico.
Aliada a essa motivação, os argentinos também se ressentiam de não possuírem o domínio das Ilhas Malvinas, uma vez que estas se encontram na América do Sul e, portanto, seriam parte de uma herança da colonização espanhola.
“Operación Rosário” foi o nome dado a essa operação militar argentina que, no dia 2 de abril de 1982, invadiu e ocupou as Ilhas Malvinas.
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Operação Corporate
Em resposta, Margaret Thatcher (à época primeira-ministra da Grã-Bretanha e chefe do Gabinete de Guerra) ordenou a criação de um força-tarefa naval, que iniciou a jornada para recapturar as Malvinas em 5 de abril.
Essa retomada do território das Ilhas Malvinas ganhou o nome de Operação Corporate.
A batalha pelas Malvinas começou com a declaração de uma zona de exclusão de 320 quilômetros ao redor das ilhas.
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A força-tarefa do Reino Unido tinha 28 mil soldados e mais de 100 navios, no total. A Argentina tinha 12 mil soldados recrutados principalmente nas Malvinas e cerca de 40 embarcações.
A primeira grande perda de vidas ocorreu em 2 de maio, com o naufrágio do navio de guerra argentino General Belgrano e a perda de 368 tripulantes.
Dois dias depois, o destróier britânico HMS Sheffield foi atingido por um míssil e afundou com a perda de 20 tripulantes.
As batalhas pelas Malvinas
Sete semanas após a invasão dos argentinos, o primeiro grande pouso de tropas britânicas começou em San Carlos em 21 de maio.
O plano era lançar ataques de lá em Goose Green e Stanley, dois povoados nas Ilhas Malvinas.
A batalha por Goose Green durou um dia e uma noite e foi ferozmente travada, com muitos mortos. As tropas britânicas foram superadas em número, porém, bem-sucedidas.
A vitória significava que as forças britânicas estavam livres para sair de San Carlos e começar a longa marcha para o leste, em direção a Stanley.
Em 14 de junho, com menos militares e poucos recursos para sua defesa, os argentinos se renderam e a cidade de Stanley foi libertada do domínio argentino.
Desfecho da guerra
As relações diplomáticas entre o Reino Unido e a Argentina foram retomadas em 1990, no entanto, as diferenças permanecem.
A Argentina ainda mantém uma reivindicação pacífica para as ilhas, mas o Reino Unido diz que a soberania não está aberta à negociação.
Cerca de mil tropas britânicas estão envolvidas no patrulhamento das ilhas, bem como na construção de estradas e no monitoramento de campos minados.
Consequências
Como em todo conflito, uma série de consequências são esperadas quanto este chega ao fim. Principalmente consequências políticas e militares.
Consequências militares
Os britânicos capturaram cerca de 11.400 prisioneiros argentinos durante a guerra, os quais foram libertados posteriormente.
Enquanto que a Argentina anunciou que cerca de 650 vidas foram perdidas – cerca de metade delas no naufrágio do general Belgrano – ao passo em que a Grã-Bretanha perdeu 255 vidas.
Estrategistas militares debateram aspectos-chave do conflito, mas geralmente ressaltaram o papel dos submarinos e do mísseis marinhos.
A guerra das Malvinas também ilustrou a importância da superioridade aérea e do apoio internacional: Europa e Estados Unidos se colocaram ao lado da Grã-Bretanha na disputa enquanto que a América do Sul apoiou a Argentina com exceção do Chile.
Consequências políticas
Politicamente, como já era de se esperar, as consequências para o governo militar argentino foram trágicas. Já para a Grã-Bretanha que saiu vitoriosa do conflito, as consequências se resumiram em um apoio maior para Margareth Thatcher.
O governo militar da Argentina foi severamente desacreditado por seu fracasso em preparar e apoiar suas próprias forças militares na invasão que havia ordenado, e o governo civil foi restaurado na Argentina em 1983.
Enquanto isso, a primeira-ministra britânica Margaret Thatcher converteu amplo apoio patriótico a uma vitória esmagadora pelo Partido Conservador na eleição parlamentar de 1983.
A Guerra das Malvinas e o Brasil
Apesar de não se envolver diretamente no conflito, o Brasil deixou sua marca a favor da Argentina quando quando passou a proibir que navios com a bandeira de Falkland (nome britânico para as Ilhas Malvinas) aportasse em seu portos – essa proibição dura até os dias de hoje segundo o diplomata do Itamaraty, Benoni Bellí.
Além disso, o diplomata garante que a decisão não compromete as relações brasileiras com a Grã-Bretanha e argumenta que a posição do Brasil, que é “tradicional e histórica”, está amparada em resoluções da ONU e na expectativa de estabilidade da região.
Resumo
A seguir, confira uma animação narrada sobre a Guerra das Ilhas das Malvinas para você entender ainda mais.
Por fim, atualmente na Ilhas Malvina existem aproximadamente 2.955 ilhéus que são autossuficientes e que declararam a sua nacionalidade britânica em um referendo de 2013.
A venda de licenças de pesca fornece a maior parte da renda, mas a agricultura e o pastoreio também são atividades importantes.
Ao mesmo tempo em que a possibilidade de existência de grandes campos de petróleo está sendo explorada.
Os números de turismo nas Malvinas estão crescendo, com cerca de 50.000 visitantes de navios de cruzeiro a cada ano. Muitos desses atraídos pela vida selvagem, incluindo as grandes colônias de pinguins.
Referências
Trinta e três anos de guerra: Malvinas e o embate entre intelectuais, veteranos, familiares de caídos e narrativas fílmicas no campo da construção de memórias (1982-2015) – Maurineide Alves da Silva
Guerra das Malvinas – BBC
Malvinas: apoio brasileiro à Argentina é antigo, diz governo – VEJA
Por Luana Bernardes
Graduada em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e Clínica pela mesma Universidade.
Como referenciar este conteúdo
Bernardes, Luana. Guerra das Malvinas. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/guerra-das-malvinas. Acesso em: 23 de November de 2024.
1. [VUNESP ]
A Guerra das Malvinas (Falklands) opôs Argentina e Inglaterra de abril a junho de 1982. Entre os motivos da guerra, podemos citar a:
a) ação imperialista inglesa sobre a Antártida, que pretendia expandir o território britânico até o extremo sul
b) intenção norte-americana de manter hegemonia militar sobre o continente através do domínio inglês
c) disposição argentina de retomar o controle das ilhas, ricas em combustíveis fósseis e estrategicamente importantes
d) interferência do Brasil, que se dispôs a mediar o conflito, mas aguçou o conflito entre Inglaterra e Argentina
e) omissão da Organização das Nações Unidas, que se recusou a apoiar as pretensões britânicas em relação às ilhas.
Resposta: C
Galtieri, chefe da Junta Militar Argentina, via na reconquista das Malvinas uma saída para a impopularidade crescente em seu governo antidemocrático.