Geração de 45

A Geração de 45 foi marcada por grandes autores em um contexto pós-guerra do Modernismo.

Entre os anos de 1939 e 1945, o mundo passava pela Segunda Guerra Mundial, sendo a geração de 1945 marcada pelo início da Guerra Fria, passando ainda no contexto da corrida armamentista e de muitos governos totalitários. No Brasil, acontecia a redemocratização, assim como a Era Vargas que, algum tempo depois, passou por grande repressão dando avançando com a ditadura.

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Diante desse contexto, todos os setores da arte encontravam formas de fazer críticas à sociedade, mas ganhando espaço também ao folclore, aos regionalismos e outras características importantes. Assim, a Geração de 45 na Literatura, marcou grandes escritores do Modernismo.

O que foi o Modernismo?

Quando falamos em geração de 45, ou ainda, terceira fase modernista, estamos nos referindo a uma das três etapas que compõe o modernismo, movimento artístico e cultural que teve origem durante o século XIX, mas que chegou ao Brasil com a Semana da Arte Moderna no ano de 1922. A Primeira fase ficou conhecida como “Fase Heroica”, e teve como característica bastante marcante o radicalismo. A segunda, por sua vez, ficou conhecida como “Fase de Consolidação”, marcada pelo nacionalismo e regionalismo. Por sua vez, a Terceira fase ficou marcada pelas grandes rupturas com as gerações anteriores, ficando conhecida como a “Fase Pós-Moderna”.

Características da Geração de 45

Para a geração de 45, o rigor formal passou a ser um pouco distante do que era proposto pelos precursores do movimento modernista, e surgiu um novo princípio literário que mudou a concepção aceita até então. A poesia, para os pós-modernistas, nada mais era do que a arte da palavra, e trazia, dessa forma, um intenso rompimento com o caráter social, político, religioso e filosófico que foi explorado pela geração anterior.

Houve uma grande busca pela retomada da estética parnasiana, ou ainda da linguagem mais sintética e precisa, seguindo a estética de alguns grandes nomes da segunda fase modernista, como Carlos Drummond de Andrade.

No que se refere à prosa, houve um profundo investimento em sondagem psicológica dos personagens, além de técnicas novas de narrativas que traziam uma quebra na frequência e na estrutura do gênero narrativo, principalmente por parte de Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles. Alguns autores ainda mantiveram o interesse no regionalismo, que era bastante aplicado durante os anos 1930, mas com uma renovação estética. Havia, por exemplo, na literatura de Guimarães Rosa, uma inovação bastante intensa na linguagem, sendo que o autor fazia uso intenso do discurso direto e indireto livres, além de trazer uma mudança revolucionária no que se refere à sintaxe e ao vocabulário.

Principais Autores e Obras

Imagem: Reprodução

Dentre os principais autores do período, podemos citar João Cabral de Melo Neto, com obras como “Morte e Vida Severina”, Clarice Lispector, com “A Hora da Estrela”, João Guimarães Rosa, com “Grande Sertão: Veredas”, além de outros autores como Ariano Suassuna, Lygia Fagundes Telles, e Mário Quintana.

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Referências

Ensino de Literatura – William Roberto Cereja

Natália Petrin
Por Natália Petrin

Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.

Como referenciar este conteúdo

Petrin, Natália. Geração de 45. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/geracao-de-45. Acesso em: 23 de November de 2024.

Teste seu conhecimento

01. [UNAERP] Leia o fragmento:

 O preço do feijão

não cabe no poema. O preço do arroz

não cabe no poema.


Não cabem no poema o gás

a luz o telefone

a sonegação

do leite

da carne

do açúcar

do pão

A sua é uma poesia de protesto, principalmente em Poema sujo. Participou da fase concretista. Exímio jornalista, privilegia o social.

Falamos de:

a) Carlos Nejar

b) João Cabral de Melo Neto

c) Ferreira Gullar

d) Moacyr Scliar

e) Gonçalves Dias

 

 

02. [PUCCAMP] Sertão. Sabe o senhor: sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o poder do lugar. Viver é muito perigoso. 

Pelo fragmento acima de Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, percebe-se que neste romance, como em outros regionalistas do autor,

a)      O conflito entre o eu e o mundo se realiza pela interação entre as personagens e o sertão que acaba por ser mítico e metafísico.

b)      O sertão é um lugar perigoso, onde os habitantes sofrem as agressões do meio hostil e adverso à sobrevivência humana.

c)      Não existe uma região a que geograficamente se possa chamar de sertão: ele é fruto da projeção do inconsciente das personagens.

d)      A periculosidade da vida das personagens está circunscrita ao meio físico e social em que vivem.

e)      Há um conceito muito restrito de sertão, reduzido a palco de lutas entre bandos de jagunços.

01. [C]

02. [C]

 

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