Ganga Zumba

Ganga Zumba foi condecorado o primeiro rei do Quilombo dos Palmares. Nascido no ano de 1638, Zumba foi o primeiro grande líder do Quilombo mais famoso do Brasil Colônia. O local servia como refúgio e abrigo dos escravos fugitivos no período escravocrata no país.

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Tio de Zumbi dos Palmares, em 1677 Zumba comandou batalhas contra expedições portuguesas. Especificamente contra a jornada de Fernão Carrilho, um embate sangrento foi iniciado. Os portugueses acabaram por prender inúmeros guerreiros quilombolas, entre eles Zambi e Acaiene. No ano seguinte, Zumba recebe uma proposta de paz, articulada pelo governador Pedro de Almeida. Oferecendo união dos povos, tratamento adequado e a palavra de ceder mulher e filhos sob prisão.

Quem foi Ganga Zumba e qual sua importância?

Filho da princesa Aqualtune e irmã de Sabina – esta, mãe de Zumbi. Nasceu no Reino do Congo. Ainda jovem, foi vendido como um escravo e enviado diretamente para o Brasil. Alto e muito forte, o nascido na África caminhou com os próprios pés para rumar à rebelião do povo negro.

Ele então consegue fugir da fazenda na qual trabalhava, ao lado de mais um grupo de pessoas. Ele, junto dos companheiros, busca refúgio em núcleos onde os negros se juntavam para refazer suas vidas, os chamados mocambos. Estes mocambos tinham uma liderança definida através de um grau de parentesco ou chefia por confiança dos demais integrantes.

Logo em seguida, Zumba foi declarado rei de um dos mocambos do qual vivia. No entanto, apesar de ser declarado líder máximo, suas decisões não eram por decretos. Todos os vereditos eram tomados por um colegiado, que, presidido pelo rei, reunia todos os líderes. Era a reprodução política e social de como os negros realizavam reuniões políticas na terra natal de Angola.

As fugas dos escravos começaram a ser rotineiras, fossem elas com planejamento ou por ocasião. Contudo, a população no Quilombo cresceu vertiginosamente. Dessa forma, investidas contra os residentes do quilombo foram aumentando. Fossem por holandeses ou por portugueses, a instabilidade era frequente, assim como os ataques. Foi necessário, então, por fim ao Quilombo dos Palmares. O objetivo era de recuperação dos escravos, e que o exemplo não se difundisse pelo Brasil Colônia.

As guerrilhas e o tratado de paz

As derrotas dos portugueses os fizeram recuar. O sistema de guerrilha de Ganga Zumba visava atacar os europeus pela retaguarda. No entanto, sofreu grande revés, sobretudo com a destruição da produção agrícola dos mocambos e sequestro de parentes. Foi então que o governador do Império, em 1678, propõe um tratado de paz. Essa proposição dividiu os líderes quilombolas. Enquanto alguns eram contrários ao tratado, como Zumbi, outros, como Zumba, ficaram balançado com a ideia. Sob apoio de uma parcela dos líderes, fartos de batalhas, apoiam Ganga Zumba na decisão.

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A falta de unanimidade na decisão faz com que moradores abandonassem o Quilombo. Uma parcela do grupo ainda permanece sob apoio a Zumba. A liderança dos guerrilheiros tem nome e sobrenome: Zumbi dos Palmares. Quando chegam ao Vale do Cacaú, Ganga Zumba e seus companheiros percebem a traição.

As terras oferecidas eram de péssima qualidade e todos os quilombolas teriam direito limitado de circulação. Além disso, permaneceriam sob vigilância constante dos portugueses. Vivendo sob forte repressão, o líder acaba morrendo anos depois sem grandes feitos como em outrora.

Morte esta que levanta controvérsias. Isso porque não se sabe ao certo se Zumba teria sido morto por um aliado de Zumbi ou pelos portugueses. No entanto, há também quem acredite e sustente que o líder Ganga Zumba tenha se suicidado. Uma incerteza que ainda repercute nos estudos sobre a época do Brasil Colônia.

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Referências