A Babilônia tem grande importância histórica. É considerada por pesquisadores como o berço da evolução humana. Isso porque os avanços sociais, políticos, tecnológicos, econômicos e culturais alavancaram o avanço da sociedade. As primeiras populações a habitarem a região acredita-se terem chegado lá há mais de cinco mil anos. Oriundos da Ásia Central, estes povos peregrinos buscavam terra fértil e com proximidade a rios. A ideia era migrar de um local infértil para prosperar e fixar sociedade.
Publicidade
Em meados de 1900 a.C., mais uma invasão de território marcaria a história da Babilônia. Com a ocupação e dizimação dos acádios e sumérios que habitavam a região da mesopotâmia, os amoritas passavam a dominar. Oriundos da região mais ao sul do deserto árabe, os amoritas declararam a Babilônia como sua principal cidade. Com o passar dos séculos, a região permaneceu sob constantes conflitos. Apenas no século XVIII a.C. que o rei Hamurábi oficializa a pacificação da região. Nisso, é instituído o Primeiro Império Babilônico.
O Primeiro Império da Babilônia
A cidade da Babilônia, enfim, prosperou como era esperado. Vivendo dias áureos, o importante centro se transformou no mais significativo da Antiguidade. Na Bíblia, por exemplo, pode ser constatada a importância da cidade. Com menções ao desenvolvimento infraestrutural, bem como a civilização que ali ocupava. Sobretudo no que tangem as construções, a Babilônia se destacava com veemência. Sendo estas as representações de sua grandiosidade para o período.
Medidas promovidas pelo Rei Hamurábi
- Unificou os territórios da região mesopotâmica;
- Elaborou o código de leis mais antigo do mundo, o Código de Hamurábi;
- Instituiu o direito à herança;
- Punição a crimes domésticos, comerciais e à falsas acusações;
- Garantia de proteção à propriedade privada;
- Código de Leis baseado na Lei de Talião;
Apesar de prosperarem durante longos anos, as conquistas e a consolidação de um Estado organizado não foram suficientes. Os nativos da Babilônia não resistiram às constantes invasões que assolavam a região. Após o governo de Hamurábi, a sociedade ficou enfraquecida. Com essa fragilidade, hititas e cassitas tomavam vagarosamente o território. Além disso, conflitos internos enfraqueciam ainda mais a região, promovendo hegemonia de invasores rivais.
Queda da hegemonia babilônica
O passar dos anos foram duros. Entre 1300 e 600 a.C., os mesopotâmicos ainda viram maiores invasões assolarem a região. A dominação assíria, por exemplo, teve marcas de violência brutal. A força militar do povo foi o suficiente para dizimar parcela importante dos habitantes. Contudo, em 612 c.C., amoritas e caldeus, juntos, colocam um ponto final no império Assírio. Institui-se, assim, o Segundo Império Babilônico.
O Segundo Império Babilônico
O Imperador Nabucondonosor se destaca com seu reinado entre os anos de 612 a.C. e 539 a.C.. Seu governo teve algumas características de válido destaque, tais como:
- A civilização vive um novo auge desde Hamurábi;
- Desenvolvimento arquitetônico;
- Os Jardins Suspensos da Babilônia se destacam;
- Novas conquistas territoriais de destaque;
Fundamental ressaltar, sobretudo, a conquista da região atual que compreende o Sul da Palestina e a região setentrional do Egito. Após o grande Império de Nabucondonosor, a Babilônia tem sua queda vertiginosa. Tendo sido conquistada pelo rei persa, Ciro I.
Publicidade
Referências
AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. Editora Ática, São Paulo-SP, 1ª edição. 2007, 592 p.
Por Mateus Bunde
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).
Bunde, Mateus. Babilônia. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/babilonia. Acesso em: 21 de November de 2024.
01. [UCS] “O Código Hamurabi, um bloco de pedras com 2,25 metros de altura, encontra-se hoje no Museu do Louvre, em Paris. Dos muitos artigos de lei nele gravados, cerca de 250 já foram decifrados. Com isso, informações sobre a sociedade mesopotâmica puderam ser reveladas.”(FIGUEIRA, D. História. São Paulo: Ática, 2003, p. 26).
Analise, quanto à sua veracidade (V) ou falsidade (F), as afirmativas abaixo sobre a sociedade mesopotâmica e o seu código de leis:
( ) A chamada Lei de Talião (talionis, em latim, significa “tal” ou “igual”) apareceu pela primeira vez no Código de Hamurabi. Ela pregava o princípio do “olho por olho, dente por dente”, ou seja, ao infrator aplicava-se um castigo proporcional ao dano causado.
( ) O Código de Hamurabi trata dos mais variados assuntos relativos à vida cotidiana. Abrange, entre outros temas, a regulamentação e o exercício das profissões, fixando a remuneração dos trabalhadores e as normas a respeito do casamento, da assistência às viúvas, aos órfãos, aos pobres, etc.
( ) Na maioria das sociedades atuais, a Lei de Talião não é mais aplicada. No entanto, há países do Oriente Médio em que ainda se paga olho por olho, literalmente. Na Arábia Saudita, no Iêmen e em alguns dos Emirados Árabes, ladrões têm as mãos cortadas.
Assinale a alternativa que preenche corretamente os parênteses, de cima para baixo:
a) V – F – V
b) V – V – V
c) F – V – F
d) F – F – V
e) F – F – F
02. [Fupac] O primeiro registro de leis de que se tem notícia é o Código de Hamurabi. A seguir, a transcrição de quatro de seus artigos:
Artigo 2: Se alguém acusar um homem e o acusado mergulhar em um rio e afundar, quem o acusa pode tomar posse de sua casa. Mas se o rio provar que o acusado é inocente e ele escapar ileso, então quem o acusa será executado, e o acusado tomará sua casa
Artigo 200: Se um homem arrancou um dente de um outro homem livre igual a ele, arrancarão o seu dente.
Artigo 201: Se ele arrancou o dente de um homem vulgar, pagará um terço de uma mina de prata.
Artigo 202: Se um homem agrediu a face de um outro homem que lhe é superior, será golpeado sessenta vezes diante da assembleia com um chicote de couro de boi.
O Código de Hamurábi é uma criação da:
a) Fenícia, e não estabelece equivalência entre a punição e o crime cometido.
b) Mesopotâmia, fundamentado no princípio da Lei de Talião “olho por olho, dente por dente”.
c) Grécia, e não descarta a possibilidade de um julgamento divino.
d) Mesopotâmia, e a pena pelo delito não dependia da posição social da vítima e do agressor.
e) Grécia e estabeleceu regras e direitos a todos os súditos, mas com privilégios às classes dominantes.
01. [B]
02. [B]