Al Qaeda

A Al Qaeda (ou “A Base”, em árabe) foi uma organização armamentista criada no ano de 1989. Baseada e formada por militares fundamentalistas nos ensinamentos islâmicos, o grupo recrutava integrantes ao longo de vários países. O grupo terrorista foi criado por Osama Bin Laden. A organização tinha como principal objetivo, à época, conter a invasão Soviética no Afeganistão. O líder e fundador tinha como função captar recursos financeiros para a luta contra os russos. Os Estados Unidos (rival dos soviéticos) ofereciam recursos, armas e treinamentos para os militares locais recrutados.

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A Guerra do Golfo (embate entre Kuwait e Iraque) foi o início da reviravolta na relação entre americanos e afegãos. O apoio ao Kuwait fez com que tropas norte-americanas permanecessem ocupando grande parte da península arábica. Bin Laden não se agradava desta “invasão” ocidental ao berço do profeta Maomé. Assim, apesar de ser contrário aos iraquianos, o líder da Al Qaeda não concordava com os soldados norte-americanos na região. Dessa forma, o líder iniciou uma campanha contra o país apoiador do Kuwait.

Cinco anos depois de ser expulso da Arábia Saudita, em 1991, Bin Laden se refugiaria no Sudão. Lá, neste período, foi quando deu início aos seus primeiros ataques aos militares norte-americanos. Em sua volta à terra natal, Bin Laden constrói campos de treinamento militar exclusivos para a Al Qaeda. Enfim, ele consolida-se como assessor do regime Talibã no país.

Al Qaeda inicia tensões com os Estados Unidos

A organização era financiada pela potência capitalista para barrar o avanço da instituição de um estado socialista na região. Agora, a Al Qaeda se virava contra os americanos. Em 1998, por exemplo, tem início o ataque a duas embaixadas dos EUA localizadas na África Oriental. Os resultados foram 224 mortos. A organização terrorista assume as responsabilidades pelos atentados, dando início à face do terrorismo no mundo.

Bin Laden, então, motivou-se pela ideia de que os Estados Unidos mantinham uma política de opressão aos estados muçulmanos. Por esse motivo, a campanha terrorista é intensificada. Os ocidentais agora estavam, literalmente, na mira de Bin Laden. Após os ataques em 1998, o grande marco do terrorismo mundial é o atentado de 11 de setembro de 2001. Nas cidades de Nova Iorque e Washington, a organização realiza o ataque às torres gêmeas e ao pentágono. Não demorou muito para o país declarar guerra aos afegãos e dar início às buscas pelo foragido Osama Bin Laden.

A Al Qaeda agia clandestinamente, sem a presença do seu líder em exposição durante operações. Possuindo grupos militares espalhados por inúmeros países da península arábica, as ações terroristas em países ocidentais não cessaram. Além disso, apoiadores muçulmanos aos EUA também eram alvos da organização, como a Turquia, por exemplo. Exemplo são os ataques ocorridos no consulado britânico sediado no país turco em 2003.

Relação controversa entre Estados Unidos e Al Qaeda

Há um consenso existente a respeito do ponto principal deste embate. A partir da observação de especialistas os Estados Unidos utilizaram a Al Qaeda como justificativa para ataques militares. No território afegão, por exemplo, inúmeras manobras militares foram feitas apenas com o intuito de findar estratégias geopolíticas. Uma década de invasão e ocupação no Afeganistão foi necessária até a captura de Bin Laden. O que intriga, no entanto, é que quando os EUA estiveram dispostos a capturar Saddam Hussein, obtiveram êxito. Muitos especialistas atestam que a missão teve, assim, auxílio e suporte da organização afegã.

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Referências