Antes de se compreender o que são satélites naturais, é fundamental entender o que é um satélite. É chamado de satélite todo objeto que gira em torno de outro objeto. Ele é classificado em dois tipos: satélite natural e satélite artificial.
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Um satélite natural ou lua (em letra minúscula) ou ainda planeta secundário é um astro que circula em torno de um planeta principal, isto é, não orbita em torno de uma estrela. Por exemplo, a Lua é um satélite natural da Terra.
Porém, algumas luas são maiores que alguns planetas principais, como Ganímedes e Titã, satélites naturais de Júpiter e Saturno, respetivamente, que são maiores que Mercúrio.
Satélites naturais dentro do Sistema Solar
Os planetas do Sistema Solar podem ser divididos de várias maneiras. Uma delas é em dois grandes grupos: os chamados planetas rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) e os planetas gasosos que engloba os gigantes gasosos e os gigantes congelados (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno).
A partir dessa divisão, de maneira geral, podemos dizer que os planetas rochosos, possuem poucos ou nenhum satélite natural. Isso acontece com Mercúrio e Vênus, eles são muito pequenos e estão muito perto do Sol, assim não possuem nenhum satélite.
A divisão dos satélites
A Terra é o primeiro planeta a ter um satélite natural, a nossa Lua. Marte, possui dois satélites naturais, Fobos e Deimos, que são bem pequenos, não possuem a forma esférica tradicional e embora seja muito discutida sua origem, uma hipótese bem forte é que sejam antigos asteroides do cinturão de asteroides capturados pelo planeta.
Os planetas gasosos, por sua vez, possuem muitos satélites naturais
Júpiter possui 69, sendo 53 confirmados e 16 provisórios, que ainda precisam de uma confirmação. Entre os satélites naturais se destacam os 4 Galileanos, Io, Calisto, Ganimedes e Europa. Io, um dos corpos mais ativos geologicamente no sistema solar, com sua infinidade de vulcões. Europa, uma das chamadas luas oceano, onde se poderá explorar vida (missão Europa Clipper). E Ganimedes, que é o maior satélite natural de Júpiter e também o maior satélite do sistema solar.
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Saturno possui 61 satélites naturais sendo 53 confirmados e 8 provisórios. Os destaques são Mimas (a estrela de Morte), Hiperion (a lua esponja), e Pan (o ravioli voador). Além disso, temos Encélado, mais um Mundo Oceano, que possui seus belos gêiseres de vapor de água sendo expelidos pelas listras de tigres. E Titã, o maior satélite de Saturno.
Urano possui 27 satélites com nomes de personagens das obras de William Shakespeare e de Alexander Pope. Os satélites de Urano são destruídos e formados novamente: ao serem destruídos formam os anéis ao redor do planeta e depois por condensação de material novos satélites são formados.
E Netuno, que possui 14 satélites, sendo 13 confirmados e 1 provisório. Os nomes dos satélites de Netuno estão ligados a seres mitológicos dos oceanos. O destaque é Tritão, o último objeto estudado em detalhe pela sonda Voyager 2 no seu grand tour pelo sistema solar: um mundo com criovulcões que ao invés de expelirem lava, expelem material congelado.
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Também temos no sistema solar, planetas anões com satélites, como é o caso de Plutão que tem 5. Alguns asteroides também possuem pequenos satélites na sua órbita.
Referências
Nasa.gov
Os satélites e suas aplicações – Tereza Galloti Florenzano
Por Luana Bernardes
Graduada em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e Clínica pela mesma Universidade.
Bernardes, Luana. Satélites Naturais. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/satelites-naturais. Acesso em: 21 de November de 2024.
01. [UNINTER]: De acordo com a IAU, União Astronômica Internacional, os corpos celestes para serem considerados planetas precisam apresentar as seguintes características, EXCETO:
a) órbita definida ao redor do sol
b) movimento de translação autônomo
c) forma arredondada
d) luz própria
e) equilíbrio hidrostático
02. [PUC]:
Editoras de livros didáticos, preparem-se: Plutão não é mais o nono planeta do Sistema Solar. Cerca de 2.500 astrônomos convocados pela União Astronômica Internacional (IAU) foram a Praga, na República Tcheca, e decidiram, no voto, rebaixar o astro descoberto em 1930 pelo americano Clyde Tombaugh.
Com a decisão, o Sol fica com uma família de oito planetas – Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Rebaixado à “segunda divisão”, Plutão agora será denominado um “planeta anão”, categoria recém-criada que também irá abraçar todos os objetos aproximadamente esféricos além da órbita netuniana.”
(G1, 24/08/2006. Disponível em: g1.globo.com).
Entre os motivos que levaram o rebaixamento de Plutão a um planeta anão, podemos assinalar corretamente:
a) Possui tamanho reduzido
b) A sua órbita não é totalmente autônoma
c) O seu formato é indefinido
d) Não realiza o movimento de rotação
e) Não possui atmosfera
01. [UNINTER]
Resposta: D
Segundo a IAU, para ser considerado um planeta, o corpo celeste precisa ter uma órbita ao redor de um sol, órbita essa autônoma, sem influência de outros planetas. Além disso, precisa apresentar uma forma arredondada, resultante do equilíbrio hidrostático produzido pela sua gravidade. No entanto, planetas não possuem luz própria, característica geralmente creditada às estrelas e outros corpos do universo.
02. [PUC]
Resposta: B
Plutão, em 2006, foi rebaixado a planeta anão por não atender um dos critérios estabelecidos pela IAU: possuir uma órbita autônoma, ou seja, não ser o seu movimento de translação alterado pela gravidade de outros planetas. No caso de Plutão, sua órbita recebe a influência de Netuno.