Pororoca

Recebe o nome de Pororoca um fenômeno natural, presente, por exemplo, na região Amazônica. A palavra é derivada do tupi “poro’roka”, que é gerúndio do verbo “poro’rog”, que significa “estrondar”. Trata-se de um fenômeno em que há violentas ondas que se formam a partir do encontro das águas do mar com as águas dos rios. A principal explicação para o fenômeno baseia-se na mudança das fases da lua, principalmente durante os equinócios, período em que há um aumento da propensão da massa líquida dos oceanos.

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A elevação de água vista na região Amazônica pode chegar aos 6 metros de altura, alcançando uma velocidade de 30 quilômetros por hora, mas o fenômeno pode ser previsto com apenas duas horas de antecedência. Isso porque a força da água que vem da cabeceira do rio faz um barulho bastante característico e forte. Esse mesmo barulho cessa quando está chegando a pororoca, havendo em seguida um grande silêncio. É nesse momento em que o fenômeno oferece maior risco e as pessoas devem procurar lugares seguros, pois a força da água pode causar muitos estragos.

Existem campeonatos, atualmente, de surf em pororocas, sendo, inclusive, uma atração turística. O vencedor do campeonato é aquele que conseguir, por mais tempo, permanecer em cima da onda. No Brasil, o fenômeno ocorre na foz do Rio Amazonas, e em afluentes do litoral paranaense e amapaense, como o Rio Araguari, Rio Maiacaré, Rio Guamá, Rio Capim e Rio Moju, assim como na foz do Rio Mearim, no Maranhão. Como consequência do evento, há mudanças no leito dos rios, assim como a derrubada das árvores, ambos em decorrência da força com que as águas chegam.

Mesmo que na região Amazônica o fenômeno seja o mais importante do mundo, isso ainda acontece em regiões diferentes do mundo, como por exemplo no Rio Tamisa, na Inglaterra, no Rio Colorado, nos Estados Unidos, no Rio Iang-Tsé, na China, e no Rio Sena, na França.

Referências