Crescimento Vegetativo

O crescimento vegetativo é um dado importante para os estudos da população. Para compreendê-lo, torna-se necessário conhecer outros conceitos também, como as taxas de natalidade, fecundidade e mortalidade.

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1. Taxa de Fecundidade

Como Taxa de Fecundidade pode ser entendido o número médio de filhos que uma mulher terá ao longo de sua idade reprodutiva. Essa taxa teve uma expressiva diminuição em muitos lugares do mundo no decorrer dos anos. Essa redução tem diversas causas, como a inserção da mulher no mercado de trabalho, acesso aos métodos contraceptivos, educação sexual, dentre outros.

A fecundidade apresenta variações nas diversas regiões e países, sendo que enquanto alguns países criam medidas para diminuir o nascimento de crianças, como a China, outros incentivam que os casais tenham filhos, como é o caso de alguns países europeus em que os casais optam por ter menos filhos, e há um envelhecimento populacional.

No Brasil, a Taxa de Fecundidade teve alterações ao longo das décadas, como mostra o gráfico a seguir:

Os fatores que levaram ao decréscimo das taxas de fecundidade são praticamente os mesmos já citados, incluindo-se o fator urbanização, que também diminuiu a necessidade de se ter vários filhos, pois nas regiões rurais, quanto mais filhos um casal tivesse, mais pessoas haveria para auxiliar com os afazeres diários.

Em todas as regiões brasileiras houve um significativo decréscimo da Taxa de Fecundidade entre os anos de 1940 e 2000, exatamente o período da expansão urbana e industrial. Sendo que os índices reduziram de modo mais sutil entre 2000 e 2010. Observa-se que a região Norte continua mantendo as taxas mais elevadas de fecundidade. É possível se verificar que a predominância da Taxa de Fecundidade mais alta é entre as mulheres com baixa renda, mas que mesmo entre estas, houve uma significativa redução. Veja o gráfico:

2. Taxa de Natalidade

A Taxa de Natalidade representa o número de nascimentos por mil, compreendendo o período de um ano em um país em específico. As taxas de natalidade diminuíram consideravelmente com o tempo. Um dos fatores que têm diminuído as taxas de fecundidade e natalidade é o planejamento familiar. Para calcular essa taxa, utiliza-se uma fórmula simples:

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3. Taxa de Mortalidade

A Taxa de Mortalidade é um índice que representa o número de mortes registradas por mil habitantes em um local específico, em um dado período. As taxas de mortalidade podem representar múltiplas situações, como envelhecimento da população, problemas de saúde populacional, precárias condições de sobrevivência, dentre outros. Segue o cálculo que é realizado para se obter os dados:

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4. Crescimento Vegetativo

O Crescimento Vegetativo corresponde às diferenças entre as taxas de natalidade e de mortalidade de um determinado país.

As variáveis do crescimento são:

• Positivo: Quando o número de nascimentos for maior ao de mortes;
• Negativo: Quando o número de mortes for maior do que o de nascimentos;
• Nulo: Quando os nascimentos e as mortes forem equiparados.

Vários fatores influenciam na constituição dos dados sobre as populações. Existem diferenças entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos, mas apenas isso não transmite a realidade social. Acontecimentos como epidemias, conflitos violentos e catástrofes naturais, podem mudar as previsões sobre o desenvolvimento populacional. Em países desenvolvidos surgem problemas relativos à má alimentação, por excesso de gorduras e sódio, causando problemas como hipertensão, colesterol e problemas cardíacos, ou relativos à obesidade. Em países subdesenvolvidos, a desnutrição e exposição à água mal tratada, por exemplo, continuam adoecendo e matando pessoas. Assim, as análises populacionais precisam levar em consideração vários fatores e especificidades.

5. Pirâmide Etária

Para conhecer a composição populacional de um país, apenas as taxas de natalidade e mortalidade não são o suficiente. Torna-se relevante analisar também a Pirâmide Etária. Por meio dos dados apresentados, é possível perceber tendências relativas ao país em questão.

“As diferenças nas pirâmides estão diretamente associadas à qualidade de vida acarretada pela falta de acesso aos serviços de saúde, de assistência médico-hospitalar e de redes de saneamento básico, má nutrição, entre outros, que diminuem a expectativa de vida. O acesso à educação e ao trabalho é um grande elemento transformador desta realidade.” (SILVA, 2013, p. 133)

Abaixo, segue a Pirâmide Etária brasileira, a partir do Censo de 2010:

A partir dos dados apresentados pela Pirâmide Etária, diversas análises podem ser realizadas, como: qual a faixa etária predominante (crianças em período escolar, grupo adulto apto ao trabalho, idosos)? Qual a predominância entre os sexos, mulheres ou homens? Em qual faixa etária os homens são predominantes? Como estão as taxas de crianças em comparação com os idosos? Temos uma população idosa ou jovem? Dentre muitas outras possibilidades.

Referências