A camada de ozônio é corresponde à região da atmosfera onde há maior concentração de moléculas de ozônio. A camada em questão situa-se na estratosfera, região da atmosfera situada entre 15 e 50 quilômetros de altitude.
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Nesta camada, a concentração de ozônio chega a 10 ppmv (partes por milhão em volume), servindo como um gigantesco “filtro solar” natural, daí sua importância para todos os seres vivos.
Pois, sabemos que os raios solares ultravioletas podem causar câncer de pele, perturbações de visão, entre outros problemas.
Além disso, a radiação UV também provoca a diminuição da velocidade da fotossíntese nos vegetais e são perigosos para os animais como também para o plâncton marinho, à medida em que interferem em seus mecanismos de reprodução.
Embora tenha todo este poder de bloquear a radiação UV, a camada de ozônio é uma camada muito rarefeita e se for colocada ao nível do mar, a uma temperatura de 0°C, ela ficará com apenas 3 mm de espessura.
A camada de ozônio é estudada continuamente desde 1956 por instrumentos de solo e mais recentemente por satélite.
No final da década 1970 descobriu-se uma queda acentuada no ozônio estratosférico na região Antártica, entre as latitudes 60°S e 90°S, durante a primavera austral.
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Esse fenômeno é conhecido como “buraco na camada de ozônio”.
Redução na camada de ozônio
A gradual redução da camada de ozônio constitui um problema ambiental global e atingiu proporções preocupantes nas três últimas décadas, porém, passou a ser controla a partir de 1996.
Já são bastante conhecidos também os responsáveis pela destruição da cama de ozônio: os gases CFCs (clorofluorcarbonetos), usados como fluídos de refrigeração em geladeiras e aparelhos de ar-condicionados, como solventes nas embalagens de aerossóis e nas espumas plásticas.
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Além dos CFCs, outros produtos químicos também foram responsabilizados bem como: compostos bromados (extintores), tetracloretos de carbono (extintores e solventes) e clorofórmio de metila (solvente).
Protocolo de Montreal
Em 1986, 120 países assinaram um acordo para redução do uso de CFCs, conhecido como Protocolo de Montreal (Canadá).
Todos os artigos de contém CFC deveriam ter sua produção e utilização interrompida até 1996 e substituída por outros, inofensivos ao ozônio.
Além do grande buraco na Antártida, com cerca de 28,5 milhões de quilômetros quadrados, foram detectados pequenos buracos também sobre o pólo norte.
A grande preocupação agora é se a circulação atmosférica fará esses buracos se ampliarem, atingindo regiões habitadas.
E é justamente para não conferir isso que os governos e as indústrias, sob pressão de ONGs internacionais, continuam tomando iniciativas para colocar em prática os acordos firmados pelo Protocolo de Montreal.
Referências
INPE : A camada de ozônio – Neusa Paes Leme, Plínio Alvalá
Geografia geral e do Brasil – João Carlos Moreira, Eustáquio de Sene
Por Luana Bernardes
Graduada em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e Clínica pela mesma Universidade.
Bernardes, Luana. Camada de ozônio. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/camada-de-ozonio. Acesso em: 24 de November de 2024.
01. [FUVEST]: Entidades ligadas à preservação ambiental têm exercido fortes pressões para a redução da produção de gases CFC (clorofluorcarbonos). Isto se deve principalmente ao fato de os CFC
a) reagirem com H2O, produzindo ácidos e chuva ácida.
b) reagirem espontaneamente com O2, produzindo CO2 e agravando o efeito estufa.
c) escaparem para o espaço provocando o fenômeno da inversão térmica.
d) reagirem com oxigênio a baixas pressões, produzindo ozônio.
e) produzirem sob a ação da luz átomos livres, que reagem com o ozônio.
02. [ENEM]: O rótulo de um desodorante aerossol informa ao consumidor que o produto possui em sua composição os gases isobutano, butano e propano, dentre outras substâncias. Além dessa informação, o rótulo traz, ainda, a inscrição “Não contém CFC”. As reações a seguir, que ocorrem na estratosfera, justificam a não utilização de CFC (clorofluorcarbono ou Freon) nesse desodorante:
I) CF2Cℓ2 + UV → CF2Cℓ• + Cℓ•
II) Cℓ• + O3 → O2 + CℓO•
A preocupação com as possíveis ameaças à camada de ozônio (O3) baseia-se na sua principal função: proteger a matéria viva na Terra dos efeitos prejudiciais dos raios solares ultravioleta. A absorção da radiação ultravioleta pelo ozônio estratosférico é intensa o suficiente para eliminar boa parte da fração de ultravioleta que é prejudicial à vida. A finalidade da utilização dos gases isobutano, butano e propano neste aerossol é:
a) substituir o CFC, pois não reagem com o ozônio, servindo como gases propelentes em aerossóis.
b) servir como propelentes, pois, como são muito reativos, capturam o Freon existente livre na atmosfera, impedindo a destruição do ozônio.
c) reagir com o ar, pois se decompõem espontaneamente em dióxido de carbono (CO2) e água (H2O), que não atacam o ozônio.
d) impedir a destruição do ozônio pelo CFC, pois os hidrocarbonetos gasosos reagem com a radiação UV, liberando hidrogênio (H2), que reage com o oxigênio do ar (O2), formando água (H2O).
e) destruir o CFC, pois reagem com a radiação UV, liberando carbono (C), que reage com o oxigênio do ar (O2), formando dióxido de carbono (CO2), que é inofensivo para a camada de ozônio.
01. [FUVEST]
Resposta: E
Os CFCs reagem na atmosfera sob a ação de raios ultravioleta, produzindo radicais livres de cloro, os quais reagem com o ozônio (O3).
02. [ENEM]
Resposta: A
Observe no mecanismo das reações dadas que é o átomo de cloro produzido que destrói o ozônio, assim, a finalidade da utilização dos gases isobutano, butano e propano nesse aerossol é que eles não reagem com o ozônio, substituindo os CFCs.