A necessidade de se deslocar no espaço, fez com que o homem criasse recursos para facilitar nas escolhas sobre qual direção tomar. A bússola é mais um destes recursos criados para simplificar a vida humana.
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1. Criação da bússola
As pessoas sempre tiveram grande necessidade de localização, especialmente os navegantes em suas viagens para terras desconhecidas. Sabendo-se do formato esférico da Terra, bem como de seus movimentos de rotação e translação, foi possível o desenvolvimento de diversos mapas, com informações relativamente precisas. Os mapas foram recursos de grande ajuda aos navegantes (ou marinheiros), permitindo que diversos lugares fossem explorados. Havia uma escassez muito grande de recursos disponíveis no contexto dos séculos XV e XVI.
Para o desenvolvimento da bússola, foi utilizado o conhecimento dos chineses.
“Os chineses haviam descoberto havia séculos um princípio fundamental: os imãs apontam sempre um determinado rumo, e isso pode ser usado para definir a direção a ser seguida.” (TAMDJIAN, 2012, p. 52)
Tendo essa ideia como pressuposto, na Itália, Flavio Gioia (Séc. XIV) aperfeiçoou o instrumento precário utilizado pelos chineses, chamado de “Shi Pan”. Basicamente, ele colocou uma agulha metálica sobre um cartão em que estavam desenhados os rumos dos ventos, assim servindo de orientação para diversos navegantes naquele contexto.
2. Como funciona uma bússola?
A bússola é algo relativamente simples. Para compreender como ela funciona é preciso saber que a agulha imantada é atraída pelo polo magnético da Terra. Essa agulha é apoiada em um eixo vertical, girando sobre um fundo em que estão dispostos os pontos para orientação. As bússolas são elaboradas com uma rosa dos ventos ao fundo conforme mostra a imagem:
A bússola se comporta de maneira a indicar o ponto magnético, movida pelo magnetismo do polo terrestre. Assim, o viajante consegue se localizar pela orientação da agulha. Embora seja um método de orientação seguro, outros recursos mais modernos vieram para praticamente substituir as bússolas.
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“Na primeira metade do século XX, com o avanço acelerado das técnicas, foram incorporados à navegação marítima os equipamentos eletrônicos e de transmissão de sinais, como o radar e o rádio.” (LUCCI, 2012, p. 58)
Hoje são utilizados recursos modernos para localização, como os GPS (Sistema de Posicionamento Global). Os equipamentos de GPS são movidos por sinais de satélites artificiais, indicando as orientações precisas aos viajantes. Esse sistema, amplamente utilizado em veículos, mostra as rotas mais curtas ou rápidas, facilitando o deslocamento humano.
Apesar dos avanços tecnológicos, o uso das bússolas ainda é comum. Para utilizar uma bússola, algumas referências são necessárias:
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- O ponto em que você se encontra;
- O Norte magnético, que é o ponto para onde a bússola apontará;
- A direção que você deseja determinar.
Para conhecer o local em que você se encontra, há uma técnica simples de localização que consiste em localizar o local em que o sol nasce (Leste), apontando seu braço direito para lá. Logo, o braço esquerdo deve ser apontado para a direção contrária, onde o sol de põe (Oeste). Assim, olhando em frente estará o Norte, e olhando para trás estará o Sul. Com esse conhecimento básico, é mais fácil conseguir utilizar adequadamente a bússola.
3. Polo magnético e polo geográfico
Comumente há confusão quanto a essas nomenclaturas. Embora seja fácil confundir, os fenômenos são totalmente diferentes. O polo geográfico é constituído pelo movimento de rotação efetuado pela Terra. É o ponto em que o eixo de rotação corta a superfície do planeta. Existem os polos Sul e Norte. Os polos magnéticos são formados devido ao movimento do material fundido que há no interior da Terra, formando um campo magnético. São pontos do planeta onde o imã aponta para baixo, formando assim um ângulo de 90º. Os polos geográficos são estabelecidos pelo homem, enquanto os polos magnéticos são fenômenos naturais. Segue um esquema simples:
Referências
LUCCI, Elian Alabi (Org.). Geografia: homem e espaço. 6º ano. 24ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
TAMDJIAN, James Onnig. Geografia: estudos para a compreensão do espaço. Como funciona o mundo. 6º ano. São Paulo: FTD, 2012.
Por Luana Caroline
Mestre em Geografia (UNIOESTE); Licenciada em Geografia (UNIOESTE), Especialista em Neuropedagogia (ALFA-UMUARAMA) e Educação Profissional e Tecnológica (FACULDADE SÃO BRAZ).
Künast Polon, Luana Caroline. Bússola. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/bussola. Acesso em: 22 de November de 2024.
1. [UEL-PR] No equador geográfico da Terra, o campo magnético terrestre tem sentido do:
a) centro da Terra para o espaço exterior.
b) norte para o sul geográfico.
c) sul para o norte geográfico.
d) oeste para o leste.
e) leste para o oeste.
2. [UFPA] A Terra é considerada um imã gigantesco, que tem as seguintes características:
a) O polo Norte geográfico está exatamente sobre o polo sul magnético, e o Sul geográfico está na mesma posição que o norte magnético.
b) O polo Norte geográfico está exatamente sobre o polo norte magnético, e o Sul geográfico está na mesma posição que o sul magnético.
c) O polo norte magnético está próximo do polo Sul geográfico, e o polo sul magnético está próximo do polo Norte geográfico.
d) O polo norte magnético está próximo do polo Norte geográfico, e o polo sul magnético está próximo do polo Sul geográfico.
e) O polo Norte geográfico está defasado de um ângulo de 45º do polo sul magnético, e o polo Sul geográfico está defasado de 45º do polo norte magnético.
1. [C]
Pois o campo magnético da Terra encontra-se no polo norte magnético, o que não representa o polo geográfico. Os polos são opostos.
2. [C]
Uma coisa é o polo geográfico, e outra é o polo magnético. O polo geográfico deriva do movimento de rotação da Terra, enquanto o norte magnético ocorre pelo movimento do metal fundido no interior da Terra, gerando um campo magnético.