A Região Hidrográfica que compreende a Bacia do Paraguai – também chamada de Bacia do Alto Paraguai (BAP) – possui uma área de 363.446 km² (4,3% do território nacional), abrangendo parte dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
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A Bacia do Paraguai está dividida em duas grandes bacias ou unidades hidrográficas: o Pantanal (cerca de 36% da bacia) e a Planalto Paraguai.
Dentre seus principais cursos d’água, destacam-se o Paraguai, Taquari, São Lourenço, Cuiabá, Itiquira, Miranda, Aquidauana, Negro, Apa e Jauru.
A Região Hidrográfica do Paraguai abrange 94 municípios (59 no Mato Grosso e 35 no Mato Grosso do Sul). Dentre as cidades com população acima de 15.000 habitantes destacam-se: Cuiabá-MT, Várzea Grande-MT, Rondonópolis-MT e Corumbá-MS.
Embora a cidade de Campo Grande-MS, não se encontrar dentro da Bacia Hidrográfica do Paraguai, exerce grande influência socioeconômica, com reflexo importante na gestão ambiental e dos recursos hídricos.
A população total da região é de aproximadamente 2,16 milhões de habitantes (IBGE, 2010) e se caracteriza por ser predominantemente urbana (taxa média de urbanização de 87%) e se concentrar, principalmente, na unidade hidrográfica do Planalto Paraguai.
Geração hidrelétrica da Bacia do Paraguai
O potencial hidrelétrico aproveitado da região hidrelétrica do Paraguai é de aproximadamente 1,4 GW, correspondendo a 1,3% do total instalado no País.
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Estão em operação 7 UHEs (usinas hidrelétricas) e 25 PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) e há vários aproveitamentos hidrelétricos planejados para a região.
A Bacia do Paraguai já possui mais da metade de seu potencial hidrelétrico aproveitado (usinas em operação), o grande número de aproveitamentos hidrelétricos, em operação e planejados, na região do planalto da Bacia do Paraguai, tem sido identificado como um problema ambiental que pode gerar conflitos relacionados ao uso múltiplo das águas.
Impactos ambientais na Bacia do Paraguai
Os impactos negativos do represamento dos rios, principalmente no Pantanal, envolvem, dentre outros aspectos, alterações nos pulsos de inundações que ocorrem naturalmente na região, o que pode levar, por exemplo, à redução das populações de peixes e da produção pesqueira.
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A implantação em sequência das hidrelétricas em um mesmo curso d’água tende a agravar ainda mais esta situação.
No entanto, esta tem sido uma prática comum nessa região, especialmente quanto às Pequenas Centrais Hidrelétricas.
Navegação na Bacia do Paraguai
Um dos maiores eixos de integração da América do Sul é formado pela Hidrovia Paraná-Paraguai, que passa por Brasil, Bolívia, Argentina, Paraguai e Uruguai, na área de influência da chamada bacia Platina ou bacia do rio da Prata.
A Hidrovia do rio Paraguai liga a cidade de Cáceres, no Mato Grosso, a Nueva Palmira, no Uruguai; possui uma extensão de 3.442 km e conecta o Centro-Oeste do Brasil ao Oceano Atlântico.
Neste percurso, o rio Paraguai se interliga com a hidrovia do rio Paraná (na Argentina), formando o complexo Hidrovia Paraná-Paraguai, importante via comercial navegável do país.
Referências
Conjuntura dos recursos hídricos do Brasil – Agência Nacional de Águas (ANA)
Por Luana Bernardes
Graduada em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e Clínica pela mesma Universidade.
Bernardes, Luana. Bacia do Paraguai. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/bacia-do-paraguai. Acesso em: 19 de December de 2024.
01. [ENEM]:
A situação atual das bacias hidrográficas de São Paulo tem sido alvo de preocupações ambientais: a demanda hídrica é maior que a oferta de água e ocorre excesso de poluição industrial e residencial. Um dos casos mais graves de poluição da água é o da bacia do alto Tietê, onde se localiza a região metropolitana de São Paulo. Os rios Tietê e Pinheiros estão muito poluídos, o que compromete o uso da água pela população.
Avalie se as ações apresentadas abaixo são adequadas para se reduzir a poluição desses rios.
I) Investir em mecanismos de reciclagem de água utilizada nos processos industriais.
II) Investir em obras que viabilizem a transposição de águas de mananciais adjacentes para os rios poluídos.
III) Implementar obras de saneamento básico e construir estações de tratamento de esgotos.
a) apenas em I.
b) apenas em II.
c) apenas em I e III.
d) apenas em II e III.
e) em I, II e III.
02. [UNOPAR]:
A expressão “Bacia Hidrográfica” pode ser entendida como:
a) o conjunto das terras drenadas ou percorridas por um rio principal e seus afluentes.
b) a área ocupada pelas águas de um rio principal e seus afluentes no período normal de chuvas.
c) o conjunto de lagoas isoladas que se formam no leito dos rios quando o nível de água baixa.
d) o aumento exagerado do volume de água de um rio principal e seus afluentes quando chove acima do normal.
e) o lago formado pelo represamento das águas de um rio principal e seus afluentes.
01. [ENEM]:
Resposta: C
I – Correto – A fim de reduzir a emissão de poluentes nos rios Tietê e Pinheiros, houve a adoção de métodos de reciclagem da água empregada pelas atividades industriais, o que não é realizado com frequência devido aos custos do processo.
II – Incorreto – Os mananciais são áreas de proteção ambiental que não podem ser remanejadas. Além do mais, fazer a transposição deles para áreas poluídas não mudaria o quadro de poluição.
III – Correto – A intensificação do saneamento básico e ambiental, além de estações de tratamento, diminuiria a emissão de resíduos sólidos nos rios mencionados.
02. [UNOPAR]:
Resposta: A
a) Verdadeiro – Bacia hidrográfica, também chamada de bacia de drenagem, é uma porção da superfície terrestre drenada por um rio principal, seus afluentes e subafluentes.
b) Falso – A bacia hidrográfica é formada independentemente de períodos de chuvas.
c) Falso – A bacia hidrográfica compreende uma região de drenagem de um rio e seus afluentes, não sendo formada por conjunto de lagoas.
d) Falso – Esse fenômeno, que pode provocar inundações, não caracteriza as bacias hidrográficas.
e) Falso – Essa é uma característica de represas artificiais.