O telescópio Hubble é um satélite artificial não tripulado. Nele, há um telescópio de luz visível e luz infravermelha. Além disso, ele foi responsável por diversos avanços científicos. Veja mais para entender quando ele foi lançado, a história por trás do seu nome e suas principais descobertas.
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História
Origem do nome
O nome do telescópio faz menção ao astrônomo estadunidense Edwin Powell Hubble (1889-1953). Esse cientista teve diversas contribuições para a astronomia extragalática e a cosmologia observacional. Dentre suas contribuições, Hubble mostrou que nuvens de poeira estelar e gases, as quais eram chamadas nebulosas, eram galáxias além da Via Láctea.
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Além disso, Hubble também postulou que haveria uma razão para as velocidades de afastamento das galáxias distantes. Essa relação causa um desvio para a luz vermelha, visto na análise do espectro de uma determinada nebulosa. Assim, esse fenômeno ficou conhecido como Redshift, sendo “desvio para o vermelho”, em tradução livre. Esse fenômeno serve como base para a teoria do Big Bang. Contudo, conforme Neves e Assis (2013) apontam, as bases da teoria bigbanguista são falhas e o redshift não serve como evidência.
Devido às diversas contribuições de Edwin Hubble para a ciência, o telescópio foi batizado em sua homenagem.
História do telescópio
O telescópio espacial Hubble, cuja sigla em inglês é HST, foi lançado pela NASA em 24 de abril de 1990. Contudo, sua história e importância são maiores que apenas esse dia. Por exemplo, alguns historiadores apontam que o avanço proporcionado pelo HST foi tão grande quanto o aperfeiçoamento da luneta por Galileu Galilei.
O satélite onde o telescópio ficaria acoplado foi um grande desafio de engenharia. Afinal, deveria suportar igualmente as mudanças de luz e temperatura, devido à posição do telescópio. Isso deveria ser feito para que não houvesse influência nas observações feitas pelo aparelho.
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Por sua vez, o sistema óptico do telescópio é um refletor do tipo Cassegrain. Ele é composto de dois espelhos hiperbólicos, os quais são responsáveis por fotografar um ótimo campo de visão. Contudo, esse tipo de espelho é de difícil construção. Por esse e outros motivos, o telescópio foi lançado ao espaço com uma aberração óptica que dificultava a visualização das galáxias. Um dos espelhos foi substituído em uma missão espacial extra.
O telescópio atualmente
Esse aparelho funciona de maneira remota. Assim sendo, os cientistas conseguem controlar a direção das observações aqui da Terra. Além disso, para que seja acessado por ônibus espaciais, para eventuais manutenções, o HST está em uma órbita baixa. Isso significa que ele está, aproximadamente, a uma altura de 6900 metros da superfície terrestre.
Sua órbita não é estacionária. Isso significa que o telescópio gira ao redor da Terra. Cada volta em torno do globo dura cerca 90 minutos.
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O que ele descobriu
Os avanços científicos proporcionados pelo telescópio espacial Hubble são diversos. A possibilidade de visualização do universo proporcionada por ele foi tão inovadora quanto o aperfeiçoamento da luneta, por Galileu Galilei. Assim, veja cinco descobertas desse instrumento astronômico:
- Hubble Deep Field: é uma imagem de uma pequena região da constelação de Ursa Maior. Essa imagem compreende a uma porção do céu equivalente a uma bola de tênis observada a 100 m de distância. Ainda assim, na imagem é possível observar mais de três mil objetos.
- Buraco negro: com as observações do telescópio foi possível ver que há um buraco negro no centro da galáxia M87.
- Choque de um cometa: O cometa Shoemaker-Levy 9 se chocou com Júpiter em 1994. Esse fenômeno foi registrado pelo HST.
- Descoberta de planetas: as observações do telescópio permitiram descobrir diversos novos planetas fora do sistema solar.
- Descoberta de galáxias: além dos planetas, também foi possível descobrir diversas galáxias novas. Algumas, a milhares de anos-luz da Terra.
É importante notar que o telescópio por si só não descobre nenhum novo fenômeno físico. Isso acontece devido à interpretação dos dados feita pelos cientistas.
O sucessor de Hubble
O sucessor do telescópio Hubble será o telescópio espacial James Webb. Esse telescópio terá como principal missão substituir o Hubble. Seu nome foi dado em homenagem a James Edwin Webb, que liderou o programa Apollo.
Vídeos sobre o telescópio Hubble
Para aprender mais sobre o telescópio Hubble é preciso compreender um pouco mais sobre sua história. Dessa forma, veja os vídeos selecionados. Assim, será possível compreender mais sobre os avanços científicos proporcionados por esse satélite e muito mais.
Observando espaço a partir do espaço
O vídeo do canal O Incrível Pontinho Azul mostra como funciona um telescópio espacial. Além disso, o vídeo conta mais sobre a importância do principal telescópio já construído pela humanidade. Ou seja, o Hubble.
Os 31 anos do telescópio espacial Hubble
O canal Space Today celebra os 31 anos do principal objeto de observação astronômica construído pelo ser humano: o telescópio Hubble. Dessa forma, o divulgador científico Sérgio Sacani conta como os pesquisadores responsáveis pelo telescópio fazem uma imagem marcante para presentear os seres humanos. Além disso, ele conta a história da imagem comemorativa de 2021.
O cemitério de satélites
Você já parou para pensar o que acontece com um satélite quando ele não é mais usado? Para que não haja superlotação da órbita terrestre, as naves são direcionadas para um ponto do oceano que não há terra por perto. Esse local é conhecido como o cemitério de satélites. Para entender melhor sobre ele, veja o vídeo do canal Manual do Mundo.
A observação astronômica é muito importante para o avanço científico. Afinal, com ela é possível desvendar os mistérios do universo. Além disso, é possível compreender a origem da vida na Terra e em outros planetas. Outra possibilidade da observação astronômica é ver um buraco negro.
Referências
Desvio para o vermelho revisitado (2013) – NEVES, M. C. D e ASSIS, A, K, T.
On Hubbles law of redshift, Olbers’ paradox and the cosmic
background radiation (1992) – ASSIS, A. K. T.
A cosmologia de Hubble: De um universo finito em expansão a um universo infinito no espaço e no tempo. (2008) – ASSIS, A. K. T.; NEVES, M. C. D.; SOARES. D. S. L.
Por Hugo Shigueo Tanaka
Divulgador Científico e co-fundador do canal do YouTube Ciência em Si. Historiador da Ciência. Professor de Física e Matemática. Licenciado em Física pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Mestre em Ensino de Ciências e Matemática (PCM-UEM). Doutorando em Ensino de Ciências e Matemática (PCM-UEM).
Tanaka, Hugo Shigueo. Telescópio Hubble. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/fisica/telescopio-hubble. Acesso em: 24 de November de 2024.
1.
O telescópio Hubble possibilitou diversos avanços científicos. Seu nome, inclusive, é devido a um astrônomo famoso por, supostamente, consolidar a teoria do bigbang. Qual fenômeno físico é relacionado a essa teoria?
a) buracos negros.
b) redshifts.
c) dilatação temporal.
d) paradoxo dos gêmeos.
e) radiação gama.
Alternativa correta: B
Os redshifts são comumente usados como evidências experimentais do bigbang. Contudo, essa relação não é válida porque os valores dos redshifts para diferentes galáxias não condizem, diretamente ao previsto teoricamente. O que é uma das inúmeras falhas dessa teoria.
2.
O telescópio espacial Hubble é do tipo refletor. Isso significa que ele é composto de espelhos.
Assumindo uma montagem muito simplificada, na qual há apenas um espelho côncavo, qual será a característica da natureza da imagem?
a) real.
b) virtual.
c) imprópria.
d) imaginária.
e) não é possível afirmar.
Alternativa correta: A
A imagem será real. Porque será formada pelo encontro dos raios.