Reino Protista

Um dos reinos da natureza é denominado Reino Protista, sendo caracterizado pela organização celular eucarionte, ou seja, com núcleo organizado. Seus representantes podem ser autótrofos, produzindo, portanto, seu alimento por meio da fotossíntese, ou ainda heterótrofos, que são os que não fazem fotossíntese. Podem , ainda, ser unicelulares ou pluricelulares, compreendendo, em seu reino, seres como protozoários, mixomicetos e as algas.

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O reino dos protozoários é constituído de aproximadamente 20 mil espécies, sendo, portanto, um grupo bastante diversificado, porém heterogêneo, que passou a evoluir a partir de algas unicelulares. A origem, em alguns casos, é mais clara, como é o caso do grupo dos flagelados. Existem registros fósseis de alguns protozoários que apresentavam carapaças com idade estimada de 1,5 bilhão de anos, durante a Era Proterozóica.

Células dos protistas

As células dos protistas são bastante semelhantes às dos animais e plantas, entretanto existem algumas peculiaridades quando comparadas. Em algas, os plastos são diferentes dos das plantas, divergindo em relação à organização interna das membranas fotossintéticas. Nessas células há presença ainda de cílios e flagelos para que possam locomover-se, além de uma membrana que pode ser simples ou reforçada por capas proteicas ou carapaças minerais (como é o caso de algumas amebas).

Habitat dos protistas

Em sua maioria, os protozoários são aquáticos, sendo encontrados, portanto, em mares, poças, lodo, terra úmida, tanques, rios e aquários. Muitas das espécies são parasitas de invertebrados e vertebrados, sendo organismos microscópicos, em sua maioria.

Classificação

Podem ser classificados em quatro filos distintos, embora a classificação mais atual, ainda não bem compreendida, é em 16 filos com relações filogenéticas. Podem ser sarcodinos, mastigóforos, esporozoários ou ciliados.

Sarcodinos

Os protistas sarcodinos são as amebas que usam como meio de locomoção os pseudópodes. Como exemplo, podemos citar a Entamoeba coli, que vive no intestino grosso humano, mantendo ali seu abrigo e alimentação, mas sem que haja prejuízo para o hospedeiro.

Mastigóforos

Por sua vez, os protistas mastigóforos são aqueles cuja locomoção se dá por meio de flagelos. Alguns deles são parasitas, obtendo, portanto, alimento e sustendo a partir de sua associação com outros indivíduos. Um exemplo é a giárdia, que é um parasita do intestino delgado do ser humano. Além disso, podemos citar o Trypanosoma cruzi, que se instala na musculatura do coração ou na parede do tubo digestivo de seres humanos ou outros animais.

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Esporozoários

Os esporozoários, ao contrário dos outros, não apresentam estrutura locomotora, sendo um exemplo os plasmódios, que causam a malária.

Ciliados

Os ciliados, como o nome sugere, movem-se por meio de cílios. O mais conhecido dentre eles é o paramécio que tem vida livre não sendo, portanto, um parasita.

Algas

Seres autótrofos, as algas possuem clorofila e, portanto, realizam a fotossíntese. Fundamentais na biosfera, as algas realizam a maior parte da fotossíntese do planeta inteiro. Além disso, algumas podem ser usadas para a alimentação humana, uma vez que possuem altos níveis de sais minerais, proteínas e vitaminas. Existem algumas algas marinhas que apresentam estrutura com mais de 30 metros de comprimento, porém as mais abundantes são unicelulares. O grupo das algas é dividido em cinco tipos, de acordo com os pigmentos intracelulares presentes.

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Clorofíceas – algas verdes

As algas verdes possuem clorofilas A e B, além de carotenoides, reservas de amido e parede celular de celulose. Existem espécies comestíveis, e podem ser unicelulares ou pluricelulares.

Rodofíceas – algas vermelhas

As algas vermelhas, por sua vez, possuem clorofila A e ficobilina, podendo ser unicelulares ou pluricelulares. Existem, também, espécies comestíveis, e são filamentosas e fixadas a substratos. Algumas delas apresentam ágar, uma substância de consistência gelatinosa que é usada em diversos alimentos, como doces, por exemplo. É usada ainda em técnicas laboratoriais como um meio de cultura para microrganismos.

Feofíceas – algas pardas

As algas pardas contam com clorofilas A e C, além de carotenoides e fucoxantina. Sua parede celular conta com a algina, que é um polissacarídeo, e são pluricelulares. Existem, também, espécies comestíveis, e o alginato, produzido a partir da algina, é usado no processo de fabricação de massa de modelagem usada na odontologia, além de cosméticos e alguns sorvetes.

Crisofíceas – algas douradas

As algas douradas são unicelulares isoladas ou coloniais, e são de grande importância para o plâncton. Nas diatomáceas, há a presença do diatomito, usado como abrasivo para polidores de metal, além de ser usado em cremes dentais.

Pirrofíceas – algas cor de fogo

Por fim, as algas cor de fogo são unicelulares ou coloniais e estão presentes no fitoplâncton. São responsáveis pelas marés vermelhas.

Mixomicetos

Recebem o nome de mixomicetos os organismos do reino protista que são comuns em bosques e florestas, e têm aspecto de fungo. Crescem sempre em regiões ricas em nutrientes orgânicos, e não são parasitas. Quando aparecem na água, entretanto, representam um desequilíbrio no ambiente, como é o caso, por exemplo, de excesso de matéria orgânica.

Referências