Quando falamos no reino Plantae, devemos ter consciência de que se trata de um dos maiores grupos de seres vivos no planeta, contando com aproximadamente 400.000 espécies conhecidas. De uma forma geral, os seres pertencentes à esse grupo são autotróficos e multicelulares, contando com células eucarióticas. Autossuficientes, as plantas produzem seu próprio alimento por meio da fotossíntese. Esse reino refere-se aos primeiros colonizadores da Terra que, por somente precisarem de nutrientes da terra e do Sol para alimentarem-se, acabaram tomando conta do planeta, e também sustentando a vida na Terra.
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Em torno de 500 milhões de anos atrás, as plantas começaram a se espalhar ao redor do mundo, com os benefícios que o ambiente terrestre oferece à elas, como facilidade na captação da luz, na troca de gases, entre outros. A água, sob forma líquida, também está presente na terra, e pode ser absorvida em decorrência das adaptações pelas quais as plantas passaram no decorrer de sua evolução, desenvolvendo estruturas que permitem a absorção da água do solo e que evitam a perda excessiva de água.
Podemos classificar as plantas de acordo com a presença ou com a ausência de flores. Quando não possuem flores e também não apresentam estrutura reprodutora visível, as chamamos de criptógamas, caso contrário, chamamos de fanerógamas. Além disso, outra classificação é possível e está relacionada à presença ou ausência dos vasos condutores. Quando possuem, são chamadas de vasculares, e quando não possuem, avasculares. Quanto a esse quesito, podem ser classificados da seguinte forma:
Vasculares
- Filo Pterophyta – samambaias e avencas
- Filo Lycophyta – licopódios e selaginelas
- Filo Sphenophyta – cavalinha
- Filo Psilotophyta – psilotáceas
Avasculares
- Filo Bryophyta – musgos
- Filo Hepatophyta – hepáticas
- Filo Anthocerophyta – antóceros
Nutrição e reprodução das plantas
As plantas podem ter sua reprodução sexuada ou assexuada. Quando assexuada, a reprodução acontece por meio da separação das partes que podem gerar novos indivíduos, não havendo recombinação genética, de forma que os “filhos” são iguais geneticamente aos “pais”. Pode ser por brotamento, fragmentação, pela formação de estolhos ou por esporulação. Quando de forma sexuada, há a alternância de gerações: há um esporófito e um gametófito que dão origem à nova planta.
A nutrição, por sua vez, com exceção das plantas carnívoras, é feita por meio de sais minerais dissolvidos na água e que podem ser encontrados no solo, assim como o dióxido de carbono e a luz solar. Esses ingredientes permitem que seja feita a fotossíntese e a planta consiga a energia e a matéria que precisa para viver.
Classificação das plantas
Briophytas
São caracterizadas pela alternância de gerações, ou ainda pela existência de duas ou mais formas alternantes no ciclo em que há a produção de gametas masculinos em uma fase, e gametas femininos em outra. Com isso, nasce o zigoto que crescerá na planta feminina e formará o embrião.
Esse embrião se formará na fase assexuada, formadora de esporos. Estes cairão no chão e produzirão o gametófito, que é como um musgo verde. A reprodução destas plantas é feita com dependência da água, pois somente assim os anterozóides poderão encontrar a oosfera. Há três classes: as hepáticas, os musgos e as antocerotáceas.
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Pteridófitas
As pteridófitas, por sua vez, se reproduzem com uma fase sexuada em que há a produção de gametas, e outra assexuada, que é produtora de esporos. Da mesma forma que as briophytas, dependem da água para se reproduzir, e os dois elementos ao se encontrarem desenvolvem a nova planta adulta. Essas podem ser aquáticas ou terrestres e os principais grupos são as filecíneas e as licopdíneas.
Gminospermae
Essas são as plantas que não possuem flores, mas formam sementes. São vários grupos e abundantes em climas temperados, porém são raras no Brasil. Possuem estróbilos, que são os órgãos reprodutores masculinos que produzem grãos de pólen. São organizadas em basicamente quatro grupos, as cycadophyta, ginkgophyta, pinophyta e gnetophyta.
Angiospermae
São as plantas que possuem flores e são as dominantes no meio ambiente. As funções da flor são assegurar a reprodução dessas plantas por meio da formação das sementes.
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Referências
Biologia – George H. Fried
Biologia e Conhecimento – FM Guimarães J Piaget
Por Natália Petrin
Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.
Petrin, Natália. Reino Plantae. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/biologia/reino-plantae. Acesso em: 24 de November de 2024.
01. [Umesp-SP] Atualmente, encontram-se catalogadas mais de 320 mil espécies de plantas, algumas de estruturas relativamente simples, como os musgos, e outras de organizações corporais complexas, como as árvores. Assim sendo, a alternativa que melhor explica a classificação dos vegetais é:
a) Gimnospermas: plantas avasculares, com raízes, caule, folhas, flores e frutos, cujas sementes estão protegidas dentro desses frutos. Ex.: arroz.
b) Briófitas: plantas de pequeno porte, vasculares, sem corpo vegetativo. Ex.: algas cianofíceas.
c) Angiospermas: plantas cujas sementes não se encontram no interior dos frutos. Ex.: pinheiros.
d) Gimnospermas: plantas avasculares; possuem somente raízes, caule, plantas de pequeno porte. Ex.: musgo.
e) Pteridófitas: plantas vasculares, sem flores; apresentam raízes, caule e folhas; possuem maior porte do que as briófitas. Ex.: samambaias.
02. [UECE] Quando falamos de uma planta que apresenta tecido vascular, não possui ovário, não produz sementes e tem como geração dominante a esporofítica, estamos nos referindo a uma:
a) Angiosperma.
b) Gimnosperma.
c) Pteridófita.
d) Briófita.
01. [E]
02. [C]