Poliomielite

A poliomielite do grego “polios” que significa cinzento e “myelos”, medula espinal, é uma doença infecto-contagiosa causada pelo poliovírus (um enterovírus).

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A doença afeta unicamente humanos, sendo mais comum em crianças. O vírus entra no corpo pela boca e possui maior afinidade com as células nervosas – onde se replica.

Apesar de não existir cura para a poliomielite, existem vacinas que conferem imunidade podendo ser oral ou injetável.

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa de origem viral aguda, sendo designada como “paralisia infantil” por ser conhecida inicialmente como uma doença de crianças.

A doença caracteriza-se por apresentar um quadro clínico de paralisia flácida (permanente ou transitória) de início súbito que pode conduzir à morte.

Quando infectado, o paciente apresenta um rápido déficit motor. Ocorre com maior frequência no período infantil pós-desmame ou no começo das erupções dentárias, isto é, quando a dentição começa a surgir, após a perda dos anticorpos maternos.

Modo de transmissão

A transmissão ocorre frequentemente no contato pessoa a pessoa. O poliovírus entra no indivíduo pela boca fazendo-se a transmissão pelas vias fecal-oral ou oral-oral.

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No entanto, o vírus também pode ser transmitido pela água, permanecendo em águas de esgotos durante meses.

Dessa forma, a transmissão do vírus da poliomielite pode ser facilitada quando as condições de higiene são inadequadas.

Aspectos clínicos da poliomielite

Os sintomas dessa doença são bastante variáveis, desde infecções inaparentes ou assintomáticas (90% a 95%) até paralisia grave (1% a 1,6%), conforme dados do Ministério da Saúde.

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Os sintomas iniciais da poliomielite incluem dores de cabeça, vômito e constipação. Em muitos casos esses sintomas evoluem para lesões nos neurônios motores, causando a paralisia.

Em casos mais graves, ainda se observa a danos no sistema nervoso cerebral. Nestes casos, o vírus multiplica-se no cérebro.

A poliomielite pode incluir também meningoencefalite, acometismo da musculatura respiratória e paralisia dos músculos da deglutição, da face, dos olhos, entre outros.

Os tipos de poliomielite

Existem três formas da doença: a forma paralítica, a não paralítica e a abortiva.

A forma abortiva da doença é aquela que ocorre com mais frequência e possui os seguintes sintomas: estados gripais associados ou não a gastroenterite, febre, mal-estar, cefaleias, dores de garganta, náuseas, vômitos e dores musculares.

A forma não paralítica apresenta geralmente os mesmos sintomas da forma anterior, porém de um modo mais grave.

Pois, neste caso, o sistema nervoso está envolvido também. Dessa forma, pode exigir rigidez rigorosa da nuca, assemelhando-se a um quadro de meningite.

Por último, a forma paralítica da doença apresenta os sintomas registrados nas formas anteriores e além desses, também apresenta súbita deficiência motora (sobretudo nos membros inferiores).

A forma paralítica da poliomielite ainda manifesta flacidez muscular, com diminuição ou até mesmo ausência dos reflexos na área afetada.

Nesta forma de poliomielite o grau de envolvimento do sistema nervoso central é variável.

Pode ocorrer uma paralisia isolada ou de modo mais grave, envolvendo parte cerebral, onde atinge núcleos vitais – o que pode levar a morte.

A forma paralítica é, portanto, a forma mais fatal da doença.

Tratamentos para a poliomielite

Muito embora não exista cura para a doença, existe a prevenção através da vacina que deve ser administrada várias vezes durante a vida para garantir a proteção do indivíduo.

Entretanto, para a poliomielite paralítica em sua fase aguda, existem tratamentos que visam o controle da doença.

Estes tratamentos incluem fisioterapia para os membros atingidos, repouso muscular e podem incluir até a colocação de aparelhos ortopédicos.

Imunização: a vacinação

A imunização consiste na exposição intencional a um determinado antigene no sentido de se iniciar uma resposta imunitária.

Segundo o Ministério da Saúde, todos os lactentes e crianças devem ser imunizados com a vacina contra poliomielite.

É recomendável a vacinação aos 2, 4 e aos 6 a 18 meses de idade e reforço aos 4 a 6 anos. A vacinação na infância produz imunidade em 95% dos vacinados.

A vacina de poliovírus inativada (VPI) de Salk é preferida à vacina de poliovírus oral (VPO) viva atenuada de Sabin, pois esta última pode causar poliomielite paralítica em aproximadamente 1 caso a cada 2.400.000 doses.

Porém, ao contrário das crianças, os adultos não são vacinados rotineiramente.

Contudo, aqueles não imunizados, que viajam para áreas endêmicas ou epidêmicas, devem receber vacinação primária com VPI, que inclui duas doses administradas em intervalo de 4 a 8 semanas, e uma terceira administrada entre 6 e 12 meses mais tarde.

Referências