Partenogênese é o nome que recebe um dos tipos de reprodução assexuada em animais, onde o embrião tem seu desenvolvimento a partir de um óvulo, mas sem que haja a fecundação propriamente dita. Essa reprodução é presente em alguns tipos de vermes, insetos e alguns animais vertebrados, como alguns anfíbios e répteis, por exemplo.
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Um grande exemplo dessa fecundação, são os machos das abelhas, vespas e formigas, sendo estes, portanto, haploides, enquanto as fêmeas da mesma espécie são diploides. A partenogênese, no que se refere às abelhas, acaba por estabelecer uma relação intraespecífica harmônica, onde há uma cooperação entre os tipos anatômicos dos indivíduos, que são a rainha, as operárias e os zangões que, além da estrutura, possuem alterações genéticas entre si, podendo ser haploides ou diploides, e é isso que influencia, inclusive, em sua divisão de trabalho dentro de seu habitat.

A diferenciação, no caso das abelhas, se dá por meio do tipo de alimentos que são fornecidos durante a sua fase larval. Enquanto os zangões haploides são nutridos com mel e pólen, assim como as operárias, as rainhas, que tem qualidade cromossômica diploide, são alimentadas com geleia real.
Tipos de partenogênese
A partenogênese pode ser de três tipos, variando de acordo com o sexo dos organismos gerados. A partenogênese arrenótoca gera apenas machos como abelhas, que são os zangões; a partenogênese telítoca origina apenas fêmeas, como por exemplo os pulgões, que são afídeos; e a partenogênese deuterótoca que origina os machos e as fêmeas, também sendo os pulgões um exemplo.
Partenogênese em Vertebrados
No ano de 1984, foi documentada a biologia reprodutiva dos lagartos de mancha amarela que, a partir de então, passaram a ser objeto de estudo e interesse por parte de cientistas. Esses animais, ao contrário da maioria dos lagartos, são vivíparos, e algumas populações de fêmeas dessa espécie se reproduzem por meio da partenogênese. No ano de 2006 foi documentada uma partenogênese em uma fêmea de dragão-de-komodo em Chester, no Reino Unido. No ano seguinte, os cientistas fizeram afirmações, a partir de um tubarão que vivia em um zoológico de Henry Doorly, em Nebraska, que os tubarões-martelo poderiam também se reproduzir sem que houvesse relação sexual. Isso se deu em decorrência de esse tubarão fêmea do zoológico ter dado à luz um filhote, mesmo não tendo contato com machos. O animal gerado não possuía DNA paterno. Em 2008, uma nova constatação em um tubarão-galha-preta que nasceu em um aquário nos Estados Unidos, de que sua origem era sem fecundação, se desenvolvendo somente com o material genético da mãe. O mesmo aconteceu agora, em 2017, quando um tubarão zebra fêmea teve três filhotes dentro do mesmo contexto, na Austrália.
Referências
Biologia: Seres Vivos, Anatomia e Fisiologia Humana – Demétrio Gowdak

Por Natália Petrin
Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.
Petrin, Natália. Partenogênese. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/biologia/partenogenese. Acesso em: 24 de April de 2025.
01. [PUC] Óvulos partenogenéticos, que originam apenas machos, constituem um caso de partenogênese:
a) arrenótoca
b) telítoca
c) deuterótoca
d) artificial
e) facultativa
02. [CESGRANRIO] Quando um óvulo se desenvolve e chega a produzir um animal, na ausência de fertilização, temos o que se chama de:
a) hermafroditismo
b) partenogênese
c) metamorfose
d) fecundação interna
e) malformação congênita
01. [A]
02. [B]