Mitocôndrias

As mitocôndrias são pequenas organelas fundamentais para o exercício eficiente da respiração celular. É através delas que há a quebra de moléculas em determinadas reações químicas. Nestas, a liberação de energia (ATP) será concretizada, fazendo com que o nome de “usina celular” seja a definição perfeita. Eucariontes e presentes na respiração celular, estas estruturas sugerem a chamada origem endossimbiótica.

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Estas organelas apresentam duas diferentes membranas lipoproteicas. Sendo classificadas como internas e externas, elas possuem características pontuais. Apresentando moléculas de DNA, ribossomos e enzimas, elas ainda podem se autoduplicar. Não há especificidade e certeza na distribuição, classificação, forma, tamanho e quantidade destas organelas. São números e observações altamente variáveis. Num organismo humano, por exemplo, é possível que exista entre 2500 a 5000 mitocôndrias atuando.

A participação das mitocôndrias na origem das células

Devido às suas características similares às bactérias (ribossomos e DNA circular presente), estas organelas viraram atração para os cientistas. Devido às especificações bioquímicas e moleculares, acredita-se que as organelas teriam feito parte da formação de seres procariontes no passado.

Segundo cientistas, a Teoria Endossimbiótica explicaria tal fato. Antigos organismos procariontes teriam se alojado no interior de células eucariontes primitivas. A partir disso, estas formações teriam formado as mitocôndrias. Assim, a energia poderia ser não apenas melhor aproveitada, como também produzida em maior escala.

Importância atual das mitocôndrias para o organismo

Além da fundamental função na produção de energia, estas organelas apresentam outros destaques. Apesar de ainda não esclarecidas, as funções da mitocôndria correspondem a grande parte do interesse da comunidade científica.

Pesquisas em fases iniciais sugerem o relacionamento das mitocôndrias a variados processos da célula. O envelhecimento celular e a deterioração programada das células (apotose) são só dois dos exemplos. Além disso, há ainda ponderações na relação dos defeitos das mitocôndrias a doenças em órgãos que exijam alta capacidade energética. É exemplo direto o coração, o cérebro e também os músculos.

A estrutura

Na formação estrutural das membranas notam-se alguns pontos de destaque. Podem ser classificadas em interna e externa, antecipadamente, remetendo-se, dessa forma, a seguinte disposição:

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• Membrana externa: estrutura lisa e recheada por lipídeos, sendo bastante similar a outras organelas. Além dos lipídeos, apresenta as chamadas porinas (proteínas), cuja função é permitir (ou não) a passagem de moléculas;
• Membrana interna: pouca capacidade de permeabilidade, apresentando inúmeras dobras, cuja denominação será cristas mitocondriais;
• Cristas mitocondriais: dirigem-se para a matriz mitocondrial, onde enzimas respiratórias estarão dispostas. Estas enzimas, por sinal, participarão do processo de produção de ATP;
• Ribossomos: encontrados na matriz, eles produzirão proteínas essenciais para a constituição das mitocôndrias;

Participação na Respiração Celular

A respiração celular é o processo que compreende a oxidação de moléculas orgânicas. Entre elas estão os ácidos graxos, glicídeos e, sobretudo, a glicose. Esta última será adquirida por meio da alimentação ou da fotossíntese. Ainda ocorrendo em algumas pontuais etapas na respiração aeróbica, como Glicólise, Ciclo de Krebs e  Fosforilação Oxidativa. Nestas etapas da respiração celular, duas delas (Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa) ocorrerão nas mitocôndrias. Dessa forma, estas organelas se fazem essenciais no processo de produção energética em seres heterotróficos.

Referências