Microcefalia

Denomina-se microcefalia uma malformação congênita, na qual o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Os bebês com este problema nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o tamanho habitual, que é superior a 32 cm.

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Em novembro de 2015, o Ministério da Saúde do governo brasileiro reconheceu a relação entre a presença do vírus Zika e a ocorrência de microcefalias e óbitos no Brasil. Este é um reconhecimento inédito nas literaturas nacional e internacional e apenas foi possível graças ao empenho de profissionais e instituições de todo o país.

As causas da microcefalia

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a literatura científica internacional, a microcefalia é uma anomalia caracterizada pelo tamanho reduzido do Perímetro Cefálico (PC) do que a referência para o sexo, a idade ou tempo de gestação.

A malformação congênita denominada microcefalia pode ser resultado de uma série de fatores de origens diversas, incluindo substâncias químicas e agentes infecciosos, como bactérias, vírus e radiação.

Algumas outras causas da microcefalia são a redução do oxigênio para o cérebro fetal, desnutrição grave na gestação, infecção congênita por citomegalovírus, rubéola congênita na gravidez, toxoplasmose congênita na gestação, dentre outras.

Como é realizado o diagnóstico?

Após o nascimento do bebê, o primeiro exame físico é rotineiro nos berçários e deve ser feito no período de até 24 horas do nascimento. Este momento é um dos principais para a busca ativa de possíveis anomalias congênitas. Por este motivo, os profissionais da saúde devem estar atentos para notificar possíveis casos de microcefalia no registro da doença no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos.

Existe a possibilidade de detectar a microcefalia no pré-natal. É de extrema importância que as mulheres grávidas mantenham toda a rotina do pré-natal, com a realização de exames, avaliação clínica e orientações de rotina. Além disso, é possível verificar a medida do perímetro cefálico do feto no exame ultrassom.

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Se houver o diagnóstico ultrassonográfico de microcefalia fetal intraútero, a gravidez será estratificada como sendo de alto risco e deve receber o acompanhamento adequado.

Tratamento para a microcefalia

Não existe tratamento específico para a microcefalia, mas sim ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança.

Cada criança pode desenvolver complicações distintas, dentre elas respiratórias, neurológicas e motoras, portanto, o acompanhamento por diferentes especialistas dependerá das funções que ficarem comprometidas. É importante ressaltar que os tratamentos realizados desde os primeiros anos da criança melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida.

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A relação entre a microcefalia e o vírus Zika

A microcefalia relacionada ao vírus Zika é uma doença recente que está sendo descrita pela primeira vez, com base no surto que está ocorrendo no Brasil. No final de novembro de 2015, o Ministério da Saúde confirmou a relação existente entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste.

Desde então, várias pesquisas vêm sendo realizadas para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação o organismo humano, a infecção do feto e o período de maior vulnerabilidade para a gestante. De acordo com análises iniciais, o risco está relacionado com os três primeiros meses de gestação.

A descoberta desta relação é mais um motivo para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor (Aedes aegypti) da zika.

Referências