A medula espinhal caracteriza por ser uma extensão alongada do sistema nervoso central (SNC) em formato cilíndrico. Disposto por células nervosas, elas são alocadas no canal interno comportado pelas vértebras. A função básica da medula é estabelecer uma comunicação direta entre corpo e SNC. Além disso, atua também na ação de reflexos, como protetor de situações que exijam rápida reação.
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Diferentemente da medula óssea, a espinhal, na realidade, apresenta uma função de interligação díspar da óssea. Enquanto esta atua como diretamente relacionada à produção de células no sangue, a espinhal atua diretamente no sistema nervoso central.
Essa porção alongada do SNC tem ainda uma localização diferente. A medula espinhal apresenta-se logo abaixo do bulbo, no denominado forame magno. Atravessa-se, assim, o canal vertebral, alongando-se até a primeira ou também segunda vértebra da região lombar.
A medula pode atingir uma média de 45 cm de comprimento, sendo uma boa parcela da espinha do corpo. O comprimento se estende da ponta da medula, de onde sai um filamento terminal, estendendo-se até o cóccix.
Características anatômicas e fisiológicas da medula espinhal
A medula espinhal apresenta um formato em cilindro, com um diâmetro sem qualquer uniformidade. Apresenta, ainda, duas regiões de dilatação, de onde saem as fibras nervosas em direção aos membros superiores, bem como inferiores. Constitui-se de tecido nervoso, que abrange o interior da coluna vertebral, indo até o fim do tronco encefálico. Esta região do tronco encefálico, inclusive, abrange o mesencéfalo, a ponte e o bulbo raquidiano, localizados ao final do encéfalo.
Estendendo-se do final do encéfalo, passando sutilmente do bulbo, ela atinge a segunda vértebra lombar. Ao final, conforme se estende, ela se torna mais fina. Ao seu final, ela forma o chamado cone medular. Encontrando-se abaixo da vértebra, as meninges (saco dural) envolvem tanto o cone como o filamento terminal. Além delas, as raízes nervosas se juntam ao saco dural, formando a cauda denominada equina.
No que tange a parte interna da medula, há a formação de um “H”, o que denomina-se substância cinzenta. Essa nominação se refere à concentração alta de células neurossensoriais que promovem essa coloração cinza. Enquanto a parte interna é “recheada” de massa cinzenta, a parte externa apresenta os chamados dendritos e axônios. Mais esbranquiçada, ela é chamada de substância branca. Em comparação ao cérebro, essa disposição se mostra ao contrário do que ocorre na medula espinhal. Na parte externa, ainda, a medula envolve-se de três diferentes membranas ricas em colágeno, as chamadas meninges.
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As meninges e seus tipos
As meninges são pequenas membranas que envolvem a medula espinhal. Contendo espaços entre os três filamentos de fibra que as formam, elas são lubrificadas pelo chamado liquor. Este liquor (ou líquido cefalorraquidiano) é um fluído sem cor, aquoso e que auxilia na proteção do SNC contra impactos.
As três membranas são respectivamente:
- Dura-máter: externa e espessa. Envolve a medula como uma espécie de saco. Contendo muitos vasos sanguíneos, ela está presa aos ossos vertebrais. Apresenta largos prolongamentos nas laterais, que acabam envolvendo as raízes dos nervos raquidianos.
- Aracnoide: uma camada mais interna – intermediária, por assim dizer – e mais fina que a dura-máter. Apresenta fibras mais sutis e delicadas, ligando à pia-máter e formando filamentos que se assemelham a teias de aranha.
- Pia-máter: a mais interna das membranas, a pia-máter é fina e delicada, bem como a aracnóide. Está intimamente ligada a parte superficial da medula espinhal. Sua função é promover resistência aos tecidos mais moles do SNC.
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Referências
JUNQUEIRA, C. Luiz e CARNEIRO, José. Biologia Celular e Molecular, Editora Guanabara/Koogan, 8ª edição. 2005, 332 p.
Por Mateus Bunde
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).
Bunde, Mateus. Medula Espinhal. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/biologia/medula-espinhal. Acesso em: 28 de December de 2024.
01. [UFRGS] Retirar rapidamente o dedo ao espetá-lo num espinho é uma ação comandada pelo sistema nervoso:
a) autônomo: nervo simpático.
b) autônomo: nervo parassimpático.
c) autônomo: nervo simpático, parassimpático.
d) central: medula.
e) central: cérebro
01. [D]