Codominância

Na codominância, os heterozigotos expressam integralmente os alelos, resultando em um novo fenótipo.

A primeira Lei de Mendel diz que cada característica é condicionada por dois fatores que se separam na formação dos gametas. Com essa Lei, sabemos que existem fatores dominantes e recessivos que determinam a expressão do fenótipo. Porém, a codominância é um caso especial de herança genética. Então, continue a leitura para conhecer as características desse tipo de herança.

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Índice do conteúdo:

O que é codominância

A codominância ocorre quando organismos heterozigotos (AB) expressam os dois alelos ao mesmo tempo. Ou seja, o filho expressa as características do pai (AA) e da mãe (BB). Assim, seu fenótipo é uma mistura do fenótipo de seus pais. Dessa forma, não é possível perceber qual gene atua em dominância ou recessividade. Isso porque os dois alelos se expressam integralmente.

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Confira, a seguir, os principais exemplos de codominância. Eles vão te ajudar a compreender como ocorre a expressão do fenótipo nessas situações. Acompanhe:

  • Sistema ABO: o tipo sanguíneo em humanos é definido por três alelos diferentes de um único gene, são eles: IA, IB e i. Entre os alelos IA e IB ocorre a codominância, assim um indivíduo IAIB terá o tipo sanguíneo AB. Esses mesmos alelos são dominantes em relação o alelo i, assim indivíduos IAi ou IBi possuem tipo sanguíneo A e B, respectivamente. Por fim, o tipo sanguíneo O é determinado pelo alelo recessivo i em homozigose (ii).
  • Sistema MN: esse sistema está relacionado com a capacidade de aglutinação das hemácias, sendo muito importante para casos de transfusão sanguínea. Semelhante ao sistema ABO, a expressão do fenótipo MN depende igualmente dos alelos Lm e Ln.
  • Gado da raça Shorthorn: os indivíduos homozigotos apresentam pelagem vermelha (AA) ou branca (BB). Já os indivíduos heterozigotos (AB) apresentam uma mistura entre as cores branca e vermelha, originando uma pelagem malhada chamada de rosilha.

Existem diversos exemplos de codominância, mas nesse texto listamos as principais. Entretanto, é importante saber que em plantas também ocorre esse tipo de herança genética.

Dominância incompleta X codominância

Na dominância incompleta, os alelos em heterozigose expressam um fenótipo intermediário, já que nenhum alelo é completamente dominante. Por exemplo, uma planta BB possui a cor vermelho e o bb, branco. Os indivíduos Bb vão apresentar a coloração intermediária rosa. Enquanto na codominância não ocorre a formação de um fenótipo intermediário, já que ambos os alelos se expressam integralmente.

Saiba mais sobre a codominância

Selecionamos alguns vídeos para te ajudar na revisão do conteúdo. Então, é só conferir nossa seleção a seguir.

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Aulão da codominância

Essa é uma aula super completa sobre o assunto estudado. Aproveite o vídeo para revisar as características da codominância e para compreender como os genes são expressos nesse tipo de herança genética com a representação do quadro de Punnett.

Revisão da primeira Lei de Mendel

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A codominância é um caso especial da primeira Lei de Mendel. Para te ajudar a compreender melhor esse assunto, que tal revisar os conceitos básicos sobre a Lei e entender as proporções fenotípicas e genotípicas? Esse vídeo vai te ajudar a fazer uma revisão rápida, confira!

Diferenças entre dominância incompleta e codominância

Aqui, há uma explicação de dois casos especiais da herança genética: a dominância incompleta e a codominância. Entenda quais são as principais diferenças e, no final, confira a resolução de uma questão de vestibular para ajudar na fixação do conteúdo.

Em conclusão, a codominância é um caso especial da primeira Lei de Mendel em que o fenótipo expresso é determinado por dois alelos dominantes. Aproveite seus estudos em biologia e conheças características dos genes alelos.

Referências

SNUSTAD, P.; SIMMONS, M. J. Fundamentos de Genética. 6º Edição, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia celular e molecular. 9º Edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

Naomi Tanaka
Por Naomi Tanaka

Sou bióloga formada pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) com experiência em pesquisas acadêmicas na área da ecologia ambiental. Apaixonada pelas plantas e animais, busco simplificar conceitos científicos por meio da divulgação científica.

Como referenciar este conteúdo

Tanaka, Naomi. Codominância. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/biologia/codominancia. Acesso em: 21 de November de 2024.

Exercícios resolvidos

1. [UERJ - 2016]

Em algumas raças de gado bovino, o cruzamento de indivíduos de pelagem totalmente vermelha com outros de pelagem totalmente branca produz sempre indivíduos malhados, com pelagem de manchas vermelhas e brancas. Admita um grupo de indivíduos malhados, cruzados apenas entre si, que gerou uma prole de 20 indivíduos de coloração totalmente vermelha, 40 indivíduos com pelagem malhada e 20 indivíduos com coloração inteiramente branca. O resultado desse cruzamento é exemplo do seguinte fenômeno genético:

a) epistasia.

b) pleiotropia.

c) dominância.

d) codominância.

A alternativa correta é d) codominância.

O indivíduo com a pelagem malhada apresenta a coloração intermediária. Isso ocorre nos casos de codominância em que os dois alelos dominantes são expressos.

2. [Unifor]

Na espécie humana, os alelos que determinam sangue do tipo A (IA) e
e do tipo B (IB) são codominantes. Esses dois alelos, porém, são dominantes sobre o alelo responsável por sangue do tipo O (i). Assim, se uma mulher com tipo sanguíneo A tem um filho com tipo sanguíneo B, o sangue do pai da criança pode ser do tipo:

a) B ou O.
b) A, B, AB ou O.
c) AB ou B.
d) A ou B.
e) A, B ou AB.

A alternativa correta é c) AB ou B.

Para o filho ser do tipo sanguíneo B, o sangue da mãe deve ter o genótipo IAi. Já o pai, deve possuir o alelo para o sangue B, podendo ser do tipo, AB (IAIB) ou B (Ibi).

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