Max Horkheimer e Theodoro Adorno foram os dois grandes nomes da Escola de Frankfurt. Seu desenvolvimento, por sinal, se deu por base nos ideais propostos pela dupla.
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Contudo, até chegar ao alto escalão acadêmico, Horkheimer se formou também como um cidadão. Filho de judeu trabalhador industrial, Max nasceu no dia 14 de fevereiro, do ano de 1895.
Oriundo da cidade de Stuttgart, na Alemanha, Horkheimer, em 1911, abandona seus estudos muito cedo. Sua tarefa era ajudar seu pai nos ofícios. Assim, a força braçal, por hora, precisaria se sobrepor a sua genialidade para o campo acadêmico.
Anos depois ainda participaria da Primeira Guerra Mundial, e, logo em seguida, voltaria aos seus estudos. Terminado o período nebuloso do primeiro pós-guerra, Max Horkheimer decide se especializar em Psicologia e Filosofia.
É durante seus aprofundamentos teóricos, que o intelectual conhece um parceiro para elaboração teórica, Theodoro Adorno.
Max Horkheimer conclui o doutorado e elabora suas teorias
Max Horkheimer defende sua tese de doutorado no ano de 1922, já com um pensamento voltado às influências de Kant. Anos mais tarde, inclusive, ele dá segmento às suas pesquisas, propondo ponderações acerca da crítica do juízo observada em Kant.
Seguindo seus próprios instintos com uma proposta filosófica sagaz e única, Horkheimer, então, começa a lecionar na Universidade de Frankfurt. É lá que sua vida começa a tomar novos rumos.
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O nascimento da Escola de Frankfurt
Foi a partir de uma forte amizade com o sociólogo Friedrich Pollock, e da aproximação com Theodoro Adorno, que ideias começam a ser materializadas.
O trio inaugura o Instituto de Pesquisas Sociais, dedicada às pesquisas interdisciplinares no setor das humanas. Entre as pesquisas, estavam debates aprofundados com filósofos, sociólogos, economistas e psicólogos.
Sob a alcunha de Escola de Frankfurt, a instituição visava o aprofundamento nos estudos filosóficos á época. Max Horkheimer, inclusive, foi diretor da instituição, após suceder Grünberg.
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A Escola de Frankfurt foi, inclusive, a instituição a lançar a chamada Teoria Crítica. A partir de Adorno e Horkheimer, a mesma visava discutir a sociedade contemporânea como um todo.
A expressão, por sinal, abrange as ponderações acerca do momento em questão da análise; da sociedade contemporânea. Embasadas por Marx, contudo sempre trazendo um ponto contrário para o debate oriundo de deveras premissas empíricas.
A Teoria Crítica
A Teoria Crítica, proposta por Max Horkheimer e Theodoro Adorno, segue as tradições iluministas. Sua base se vincula a uma possível interligação à mesma, bem como uma emancipação.
Ou seja, ela é embasada por preceitos iluministas, porém se permite expandir-se, numa condição autônoma de pensamento próprio. Dessa forma, essa razão se entrelaça a dar um ar mais liberal à teoria.
Por meio disso, apesar do sustento às teorias iluministas, Adorno e Horkheimer questionam as razões do próprio iluminismo. Segundo a dupla, a teoria crítica, diferentemente dos iluministas, guia-se por uma razão. Um resgate à racionalidade própria do ser.
Dessa forma, Max Horkheimer e Adorno propõem uma quebra junto ao iluminismo, adentrando à expressão kantiniana da condição humana.
Referências
AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. Editora Ática, São Paulo-SP, 1ª edição. 2007, 592 p.
Por Mateus Bunde
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).
Bunde, Mateus. Max Horkheimer. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/max-horkheimer. Acesso em: 17 de December de 2024.
“Parece que enquanto o conhecimento técnico expande o horizonte da atividade e do pensamento humanos, a autonomia do homem enquanto indivíduo, a sua capacidade de opor resistência ao crescente mecanismo de manipulação das massas, o seu poder de imaginação e o seu juízo independente sofreram aparentemente uma redução. O avanço dos recursos técnicos de informação se acompanha de um processo de desumanização. Assim, o progresso ameaça anular o que se supõe ser o seu próprio objetivo: a ideia de homem”.
(HORKHEIMER, Max. Eclipse da razão. Trad. de Sebastião Uchôa Leite. Rio de Janeiro: Editorial Labor do Brasil, 1976. p. 6.)
Com base no texto, na imagem e nos conhecimentos sobre racionalidade instrumental, é correto afirmar:
a) A imagem de Chaplin está de acordo com a crítica de Horkheimer: ao invés de o progresso e da técnica servirem ao homem, este se torna cada vez mais escravo dos mecanismos criados para tornar a sua vida melhor e mais livre.
b) A imagem e o texto remetem à ideia de que o desenvolvimento tecnológico e o extraordinário progresso permitiram ao homem atingir a autonomia plena.
c) Imagem e texto apresentam o conceito de racionalidade que está na estrutura da sociedade industrial como viabilizador da emancipação do homem em relação a todas as formas de opressão.
d) Enquanto a imagem de Chaplin apresenta a autonomia dos trabalhadores nas sociedades contemporâneas, o texto de Horkheimer mostra que, quanto maior o desenvolvimento tecnológico, maior o grau de humanização.
e) Tanto a imagem quanto o texto enaltecem a inevitável instrumentalização das relações humanas nas sociedades contemporâneas.
01. [A]
02. [A]