Prosa Medieval

A prosa medieval teve desenvolvimento e evolução no período que compreende a Idade Média na Europa. Mais especificamente entre os séculos X e XV, este ciclo literário abrange algumas características que a definem. Ao longo do período determinado como trovadorismo, o que se destacou com força foram as cantigas. Estes textos poéticos eram acompanhados de instrumentos musicais e recebiam uma classificação. Assim, as cantigas estariam divididas em:

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• Cantiga de Amor;
• Cantiga de Amigo;
• Cantiga de Escárnio;
• Cantiga de Maldizer;

Entretanto, a prosa medieval também apresentou notável destaque no período do trovadorismo. Este grande destaque perduraria até o período do renascimento, quando o rebuscado daria lugar ao filosófico; reflexivo. Lembrando sempre, no entanto, que a diferença entre poesia e prosa está na constituição do texto. Enquanto a prosa apresenta frases corridas, a poesia é constituída por versos.

Seguindo este sentido, é possível afirmar que os primeiros registros de prosa medieval se manifestaram ao fim do século XIII. Ou seja, na metade final do período do trovadorismo. Contudo, assumiam um perfil muito mais religioso, apesar de também apresentarem um contexto histórico e genealógico. De todas as formas, grande parte delas apresentava o gênero narrativo em sua composição.

Classificação da prosa medieval

Partindo das caracterizações da prosa medieval, é apresentado três diferentes gêneros em subdivisão. Dessa forma, temos os quatro grupos que compõe este tipo de forma literária do período trovadoresco, e são eles:

Cronicões: o nome cronicões já revela um pouco das características. Semelhante às crônicas, estes textos em prosa focavam na retratação do cotidiano. A história medieval seria retratada de forma cronológica.

Hagiografias: as hagiografias abrangiam os textos em prosa medieval que tratavam da vida/biografia de Santos (caráter religioso). Narrativas de linguagem comum e bastante populares. Uma vez que a religião era uma atividade cotidiana da vida de quase todas as pessoas.

Nobiliários: eram os denominados livros de linhagem. O objetivo destas produções era o de retratar as características genealógicas de famílias nobres. Ou seja, a estrutura hereditária de uma família seria o foco da prosa. Assim, bisavós, avós, pais e filhos seriam os personagens da história. Nestes textos, havia um realce das façanhas, riquezas e conquistas a serem exaltadas sobre os membros da família.

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Novelas de Cavalaria: nos chamados “romances de cavalaria”, a prosa medieval ganha suas características apoteóticas. Nesse tipo de texto, os escritores retratavam e exploravam relatos e temas de caráter mitológico e atos heroicos. Neste tipo de prosa, os aspectos de misticismo e amor se sobrepunham às histórias propriamente relatadas. As façanhas, os belos herois, as paixões proibidas e os cavaleiros nômades. Cada ponto era uma exaltação diferente. Dividindo-se em capítulos, as novelas de cavalaria alcançavam feitos criando heróis. Contudo, intercalava histórias de amor e a retratação das belas donzelas.

Características da prosa medieval

A partir das especificações, é possível retratar algumas características únicas da prosa medieval. Sendo assim, ela abrangeria:

• Temas religiosos presentes, tanto profanos, como mitológicos, assim como históricos;
• Personagens seriam sempre nobres e donzelas, ambos sendo retratados como o herói e a mocinha;
• Contexto histórico medieval sempre presente;
• Registro como documento, devido aos relatos em versos, retratando, sobretudo, a imagem da população do período;
• Temas místicos e sobrenaturais constantemente presentes;
• Ideais pessoais dos cavaleiros;

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Referências