José Maria da Silva Paranhos Júnior, mais conhecido como Barão do Rio Branco, nasceu no Rio de Janeiro no dia 20 de abril de 1845, filho de José Maria da Silva Paranhos, diplomata e político conhecido como Visconde de Rio Branco. Durante sua infância, foi aprendendo a diplomacia na prática, uma vez que a casa em que vivia com seus pais era ponto de encontro de políticos do período. Foi testemunha, tendo viajado durante a Guerra do Paraguai com seu pai, atuando como secretário da Missão Especial, das negociações que levaram ao fim do conflito, tendo ainda mais contato com a questão política e diplomática.
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Juventude do Barão do Rio Branco
Cursou a faculdade de direito em São Paulo e depois em recife, formando-se em 1866, mesmo ano de sua viagem com seu pai durante a guerra fria. Nos anos de 1870 e 1871, participou também no mesmo caráter, das negociações de paz entre os membros da Tríplice Aliança e do Paraguai. Voltou ao Rio de Janeiro, passando a dedicar-se à carreira de jornalismo, tendo dirigido o jornal A Nação com Gusmão Lobo.
No ano de 1876, deixou o jornalismo para seguir a carreira de Cônsul-geral do Brasil em Liverpool. Alguns anos depois, em 1884, José recebeu a comissão de delegado à Exposição Internacional de São Petesburgo, sendo nomeado, 5 anos depois, após a Proclamação da República, superintendente geral na Europa da emigração para o Brasil, substituindo Antonio Prado. Neste cargo, permaneceu até o ano de 1893.
Período na Europa
Foi durante o período em que viveu na Europa que produziu diversas obras como Esquisse de I’Histoire du Brésil e Memória sobre o Brasil para a Exposição de São Petesburgo. No ano de 1893, foi escolhido por Floriano Peixoto para substituir o Barão Aguiar de Andrade, que faleceu em missão. Foi encarregado de advogar os pontos de vista brasileiros quando a questão da missão de Aguiar de Andrade de defender os direitos do Brasil aos territórios da missão foi submetida ao arbitramento do presidente Cleveland, dos Estados Unidos.
Apresentou, neste quesito, uma exposição com “A Questão de Limites entre o Brasil e a Argentina, obra que contribuiu para o laudo arbitral de 5 de fevereiro de 1895. Três anos depois deste laudo arbitral, ele foi encarregado ainda de resolver a questão do Amapá, que já vinha sendo estudada por Rio Branco desde 1895. Quando chegou em Berna, apresentou uma memória com sete volumes, e a sentença arbitral de 1º de dezembro de
1900 foi favorável ao Brasil. Com isso, o nome de Rio Branco se destacou com relação a qualquer outro político do período.
Seus últimos anos
Ao final de 1900, foi nomeado ministro plenipotenciário em Berlim, e dois anos depois assumiu a pasta das Relações Exteriores, tendo sido convidado por Rodrigues Alves. Permaneceu no cargo até seu falecimento, em 1912. Durante sua gestão negociou com países vizinhos, que acabavam tendo questões litigiosas, e encerrou as disputas que o Brasil tinha com quase todos os países da América do Sul.
Tendo solucionado os problemas de fronteira, Rio Branco ainda lançou uma nova política internacional totalmente moldada ao Brasil moderno e suas necessidades, tendo sido um pan-americanista bastante devotado objetivando preparar aproximações entre as repúblicas hispano-americanas, tendo ainda acentuado a tradição de cooperação e amizade com os Estados Unidos. Barão do Rio Branco faleceu no Rio de Janeiro no dia 10 de fevereiro de 1912.
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Por Natália Petrin
Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.
Petrin, Natália. Barão do Rio Branco. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/barao-do-rio-branco. Acesso em: 22 de November de 2024.
01. [ENEM] Durante a República Velha, o Brasil fortaleceu a sua diplomacia, tendo a figura do Barão do Rio Branco à frente do Ministério das Relações Exteriores. Uma das principais ações do Barão do Rio Branco como diplomata foi:
a) o estabelecimento de relações comerciais com a recém-criada República da Turquia.
b) o deslocamento do eixo diplomático brasileiro de Londres para Washington.
c) a venda do território do Acre para a Bolívia.
d) a divisão do território de Goiás e a criação do estado do Tocantins.
e) a redação dos acordos que puseram fim à Guerra do Paraguai.
01. [B]