A celulose é um carboidrato polissacarídeo. Sendo um polímero de cadeia longa, ela é uma substância, curiosamente, formada por um único monômero. Este monômero é o carboidrato citado anteriormente, que terá como evidente destaque o hidratado de carbono. Apesar de ser um componente estrutural dos vegetais, sendo básico na formação destes, ele não é digestível pelo corpo humano.
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Abundante na natureza, este monômero de glicose – contendo 15 a 15 mil monômeros em glicosídicos – é encontrado em variadas espécies. Um exemplo é a formação da madeira, que apresenta cerca de 50% de sua composição de celulose. Resumidamente, portanto, a celulose é um polímero formado de glicose, tendo sua fórmula química representada por C6H10O5.
Pode ser percebido, assim, que a celulose apresenta uma estrutura linear em suas ligações entre hidrogênio e hidroxilas. Ao longo das células, as moléculas da celulose se distribuem no formato de fibras em feixes. É por esse motivo que os humanos não conseguem digeri-la. Trata-se de uma ligação extremamente rígida e extensa. A capacidade de digestão da celulose fica a cargo apenas de alguns fungos e bactérias, como também de animais ruminantes. É a enzima celulose-sintase que realiza a quebra dos complexos protéicos em células vegetais, permitindo sintetização e digestão.
Funções da Celulose
Como função primária, a celulose promove a rigidez da parede celular nas células vegetais. Sendo o principal componente, ela permite maior resistência às plantas para sobreviver aos habitats a que estão expostas. Além disso, do ponto de vista usual, a celulose serve como forte matéria-prima na indústria. É utilizada para a produção, sobretudo, de papel. A extração desse polímero, e sua consequente transformação em papel, estão entre aas principais atividades econômicas do Brasil;
A utilização de Pinheiro (famoso Pinus) e Eucalipto estão entre as preferências para quem trabalha com extração da substância. A qualidade da fibra existente na madeira e a facilidade de plantio garantem uma maior praticidade no manuseio. No entanto, é importante ressaltar que existem florestas plantadas exclusivamente para este fim. Uma vez que a extração de celulose na mata nativa brasileira é considerada um crime ambiental.
Como funciona para produzir papel a partir desta substância tão rica no mundo vegetal?
O processo de fabricação de papel exige algumas etapas únicas para constituir, enfim, a folha a ser utilizada. O início do processo tem a extração da madeira, por meio de um corte em sua base. Ela é descascada por uma máquina e picada logo em seguida. Levada para um processo de fervura, são adicionados agentes químicos que promoverão a polpa da árvore.
Essa espécie de polpa extraída será passada por inúmeros processos de lavagem. Esta lavagem é fundamental para retirar qualquer aspecto de impureza adquirida na exposição à natureza. Após a limpeza realizada, repousa-se o material extraído. Somente depois de um tempo deixada de lado é que a fase de branqueamento começa. É quando a madeira, enfim, começa a tomar forma de papel.
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Nesta fase de branqueamento a celulose se tornará mais pura. É quando a polpa, já limpa e branca, será distribuída em uma superfície plana. Transformada, então, numa grande folha, ela será reservada para a secagem e prensagem do conteúdo disposto. Após isso, a grande folha já seca poderá ser vendida da forma que está. Variando, há fábricas que já cortam, ou enviam enroladas e empacotadas para os clientes.
Referências
JUNQUEIRA, C. Luiz e CARNEIRO, José. Biologia Celular e Molecular, Editora Guanabara/Koogan, 8ª edição. 2005, 332 p.
Por Mateus Bunde
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).
Bunde, Mateus. Celulose. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/biologia/celulose. Acesso em: 23 de November de 2024.