Um cometa é o menor corpo encontrado no Sistema Solar. Sua característica principal é a cauda. Contudo, esse corpo celeste não é composto apenas disso. Existem outros elementos que auxiliam na caracterização desse fenômeno. Assim, veja quais são esses elementos, a definição, a estrutura e muito mais!
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O que é um cometa
O cometa é um corpo formado, basicamente, por gelo, poeira e fragmentos de rocha. Por conta disso, ele é o menor corpo existente no Sistema Solar. De maneira geral, os cometas possuem uma estrutura física composta por: núcleo, cabeleira e cauda.
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Devido à sua composição diversa e tamanho reduzido, os cometas não possuem uma órbita regular. Isto é, a órbita para as várias categorias de cometa pode variar entre alguns anos até milhares de anos. Além disso, existem corpos celestes que passam pelo Sistema Solar interior apenas uma vez.
Esses corpos se movimentam devido à atração gravitacional do Sol, dos planetas exteriores e de estrelas próximas. Por exemplo, se a órbita é curta, alguns desses objetos podem partir em direção ao Sol devido às perturbações dos planetas externos do nosso sistema planetário.
Origem
Atualmente, a comunidade científica acredita que os cometas com órbita curta tenham origem no Cinturão de Kuiper. Ou seja, essas rochas com curto período originam-se no cinturão de asteroides que está após a órbita de Netuno. Entretanto, os cometas com órbita maior têm origem na Nuvem de Oort. Isto é, os corpos celestes que possuem maior período orbital surgem nos restos da condensação da Nebulosa Solar.
Estrutura física
- Núcleo: essa parte pode ter entre uma centena de metros e mais de 40 quilômetros. Além disso, é composta de poeira, gelo, rocha e alguns gases congelados.
- Cabeleira ou coma: a radiação solar faz com que alguns componentes se vaporizem e formem uma atmosfera tênue em torno da bola de gelo sujo.
- Cauda: a coma vira uma cauda conforme acontece a aproximação do Sol. Isso se dá devido à pressão de radiação solar e o vento solar.
Ao contrário do que se acredita no senso comum, a direção da cauda de um cometa não é contrária ao movimento. Isto é, ela não se comporta como se fosse uma bola com franja atrás. Na verdade, a cauda aponta sempre na direção contrária do Sol.
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Características
Os corpos celestes do Sistema Solar se diferenciam por conta de suas características. Por isso, é importante conhecê-las para conseguir distinguir cada um desses corpos. Dessa maneira, veja cinco características de um cometa:
- A composição física de seu núcleo é rocha, gelo, poeira e gases congelados.
- Esses gases podem ser monóxido de carbono, dióxido de carbono, metano e amônia.
- Além disso, podem estar presentes outros compostos: metanol, cianeto de hidrogênio, formaldeído, etanol e etano.
- Os cometas costumam refletir entre 2% e 5% da luz incidente sobre eles. Por comparação, o asfalto comum reflete cerca de 7% da luz.
- Os cometas podem ter órbitas elípticas, as quais podem ser curtas (até 200 anos) e longas. Além disso, eles podem ter uma aparição única com trajetórias hiperbólicas.
Essas características auxiliam a diferenciar um corpo celeste de outro. Contudo, a maneira desse tipo de bloco de gelo e rocha se movimentar pelo Espaço é muito específica.
Como os cometas se movimentam
A grande maioria desses objetos celestes possuem uma órbita elíptica. Porém, essa órbita é muito excêntrica. Ou seja, é muito alongada. Assim, sua órbita difere dos planetas, as quais são pouco excêntricas.
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No caso de cometas com órbitas elípticas, eles podem se aproximar do Sol no ponto mais rápido de sua órbita e ficar muito distante no ponto mais lento. Essa característica pode ser entendida como uma ilustração das Leis de Kepler.
Cometas X asteroides X meteoros
Apesar de serem confundidos, as três categorias de corpos celestes têm características e movimentos diferentes. Por exemplo, um meteoro é um objeto que entra na atmosfera terrestre e se incendeia. Já um asteroide é um corpo rochoso que orbita o Sol. Por sua vez, um cometa é uma bola de gelo, rocha e poeira.
5 cometas famosos
Assim como os planetas e asteroides, os cometas também possuem nomes. Alguns deles seguem convenções, que mudaram ao longo dos anos. Atualmente, eles recebem o nome do ano de sua descoberta seguido de uma letra que indica a quinzena dessa descoberta. Contudo, alguns deles recebem nomes específicos. Veja cinco deles:
- Halley: possui uma órbita elíptica de 70 a 76 anos. Sua próxima passagem perto ao Sol será em 2061
- Hale-Bopp: sua órbita é elíptica. Contudo, ela possui aproximadamente 2000 anos. Seu último periélio foi em 1997. Ou seja, ele esteve mais perto do Sol nesse período.
- McNaught: foi o primeiro grande cometa do século XXI. Porém, sua órbita não é periódica. Assim, nunca mais será observado novamente da Terra.
- Kohoutek: sua órbita é de período longo. Além disso, seu periélio foi atingido em 1973.
- Hyakutake: foi o predecessor do Hale-Bopp. O ponto mais próximo do Sol aconteceu em 1996.
Os astrônomos descobrem novos cometas a todo momento. Assim, fique de olho no céu para observar o próximo que passar próximo à Terra.
Vídeos sobre cometa
Conhecer os objetos do Sistema Solar é conhecer a própria história da vida no Universo. Por isso, é preciso aprofundar o que se sabe sobre cada um desses corpos celestes. Veja os vídeos selecionados e saiba mais sobre esse tema importante!
O mistério dos cometas
Pedro Loos, do canal Ciência Todo Dia conta mais sobre os mistérios por trás dos cometas. Esse tipo de corpo celeste sempre intrigou os cientistas. Afinal, era um desafio saber de onde eles vinham. Por isso, o divulgador científico conta um pouco da história por trás das pesquisas sobre esse tema.
Os 10 cometas que passaram mais perto da Terra
Os cometas podem passar próximos à Terra. Contudo, as noções de distância em termos astronômicos diferem da noção do senso comum de ideia de proximidade. Por conta disso, alguns corpos celestes podem passar perto da Terra. O canal SpaceToday conta quais foram os cometas que passaram mais próximos do nosso planeta.
Um visitante de fora do Sistema Solar
Há um tempo nosso Sistema Solar recebeu um visitante estranho. Esse episódio intrigou os cientistas porque o objeto não possuía as características para ser classificado dentro das classes dos corpos celestes. Para saber mais sobre esse episódio, veja o vídeo do canal Ciência em Si.
O conhecimento do Espaço e do Universo é importante. Porque ao conhecê-los é possível aprender mais sobre a origem da vida e a formação de nosso planeta. Por conta disso, um campo de estudo muito importante é a Astrofísica.
Referências
A history of astronomy (1989) – PANNEOKEK, A.
Astronomia e Cosmologia: fatos conjecturas e refutações (2011) – NEVES, M. C. D. (org)
Astronomia de régua e compasso (2001) – NEVES, M. C. D., ARGUELLO, C. A.
Por Hugo Shigueo Tanaka
Divulgador Científico e co-fundador do canal do YouTube Ciência em Si. Historiador da Ciência. Professor de Física e Matemática. Licenciado em Física pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Mestre em Ensino de Ciências e Matemática (PCM-UEM). Doutorando em Ensino de Ciências e Matemática (PCM-UEM).
Tanaka, Hugo Shigueo. Cometa. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/fisica/cometa. Acesso em: 23 de November de 2024.
1.
Atualmente, a astronomia e astrofísica permitem saber a composição de corpos celestes sem que haja contato físico com eles. Assim, os cometas são formados por:
a) Corpos rochosos e gases
b) Gases e emissão de calor
c) Gases e poeira
d) Poeira, corpos rochosos e gases
Alternativa correta: D
O núcleo do cometa é composto de poeira, gelo e corpos rochosos. Por conta disso, eles são chamados de bolas de gelo sujo.
2.
O cometa Halley possui uma órbita elíptica muito excêntrica. Por conta disso, esse tipo de corpo celeste possui uma velocidade maior quando está próximo ao Sol e viaja mais lento quanto está longe. Qual lei física explica esse fenômeno?
a) Primeira Lei de Newton.
b) Segunda Lei de Newton.
c) Gravitação universal.
d) Relatividade Geral.
e) Segunda Lei de Kepler.
Alternativa correta: E
A Segunda Lei de Kepler, a lei das áreas afirma que um corpo celeste percorre áreas iguais em tempos iguais. Como o cometa está mais próximo do Sol, sua velocidade deve aumentar para que ele percorra a mesma área de quando está longe.