Na língua portuguesa, é bastante comum encontrarmos dúvidas recorrentes com relação à vários pequenos detalhes. Uma das dúvidas que é bastante comum, é a respeito do uso das aspas. Vamos entender o que são as aspas para, então, podermos entender como são aplicadas à língua portuguesa culta.
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O que são as aspas?
Aspas nada mais são do que sinais de pontuação. O objetivo de sua utilização é destacar uma determinada parte de uma frase ou de um texto, distinguindo do restante. É claro que esse destaque pode ser feito por diversos motivos, que serão explicados a seguir.
Quando usar aspas?
As aspas devem ser usadas em algumas situações na língua portuguesa escrita. A primeira delas é quando se trata de citação, ou ainda de uma transcrição. Por exemplo, quando vamos fazer uma citação, a frase fica: Como afirmou Descartes: “Penso, logo existo”. Já em uma transcrição, fica: “Agora eu quero contar as histórias da beira do cais da Bahia.” (Jorge Amado, Mar Morto, 1936).
Além disso, devem ser usadas ainda no início e no fim de palavras e expressões que não se enquadram nas normas cultas do português, como por exemplo estrangeirismo, expressões populares, gírias, arcaísmos, neologismos, entre outros. Por exemplo, Meu filho é um verdadeiro “cibernauta”, vive na internet; ou ainda Os alunos já receberam o “feedback” das apresentações?.
Pode ser usada ainda no início de palavras e expressões como uma forma de conferir ironia ou ainda ênfase a elas. Por exemplo, aplicando ironias: Que “bonito”, hein Maria?; e na enfatização das palavras: O filho levou um “não” redondo do pai.
Outra forma de utilização, é no início e ao final dos nomes de obras literárias ou artísticas, sendo usadas, ou ainda podendo ser substituídas pela escrita em itálico, ou seja, escrita levemente inclinada para a direita. Por exemplo: Estamos lendo e estudando “Capitães de Areia” nas aulas de Língua Portuguesa; Estamos ansiosos para ir ao cinema assistir ao filme “A Bela e a Fera”.
As aspas simples, por sua vez, devem ser usadas quando essa parte do texto que queremos que fique destacada nele, já está entre aspas, ou seja, faz parte de uma citação ou algo do tipo. Confira o exemplo: O aluno explicou à professora o que aconteceu: “Ela foi chamada de ‘quatro-olhos’ e ficou muito triste”.
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Regras para quando houver aspas
Quando houver uma frase com aspas, começando e terminando com elas, devemos deixar o ponto dentro das aspas. Confira o exemplo a seguir: “Está morto: podemos elogiá-lo à vontade.” (Machado de Assis). Mas quando a frase não está integralmente dentro delas, a pontuação deve ficar fora das aspas. Confira: Estou de acordo com Machado de Assis, que dizia, sabiamente: “lágrimas não são argumentos”.
Referências
Gramática da Língua Portuguesa – Ulisses Infante, Pasquale Cipro Neto
Por Natália Petrin
Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.
Petrin, Natália. Uso das aspas. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/portugues/uso-das-aspas. Acesso em: 23 de December de 2024.
01. [FEPESE] Texto 1
Embora considerasse a vocação literária “um mistério”, o ficcionista baiano João Ubaldo Ribeiro (1941-2014) tinha uma soberba explicação para o milagre da arte de narrar: “O segredo da Verdade é o seguinte: não existem fatos, só existem histórias”, escreveu ele na epígrafe de sua obra mais ambiciosa, o romance Viva o Povo Brasileiro (1984). Para trazê-las à tona, empenhou-se, com irrefreável obsessão, na busca da “palavra justa”. O mote principal era a identidade nacional. O que tornou sua produção ficcional ímpar foi a competência que aliou a temática da brasilidade a um
extraordinário refinamento literário.
Nascido em Itaparica, o escritor teve com o pai uma relação difícil, o que não o impedia de reconhecer o papel fundamental dele em sua educação humanística. Formado em direito e mestre em ciência política, Ubaldo – eleito para a academia Brasileira de Letras em 1993 – nunca trabalhou como advogado. Na juventude, no entanto, foi jornalista, ao lado do amigo Glauber Rocha. Na década de 80, descobriu a crônica, que exerceu até o fim. Pudera: não existem fatos, só histórias.
GAMA, Rinaldo. Veja. São Paulo: Abril, p. 86, n. 30, 23 jul. 2014. [Adaptado]
No Texto 1 há o emprego de aspas, sinal de pontuação, em três ocorrências:
1. Na primeira ocorrência, para realçar a expressão “um mistério”.
2. Na segunda ocorrência, para isolar uma citação textual retirada de uma obra.
3. Na terceira ocorrência, para destacar um estrangeirismo, ou seja, uma expressão não característica da linguagem de quem escreveu o texto.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) É correta apenas a afirmativa 1.
b) É correta apenas a afirmativa 2.
c) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
d) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3.
e) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3.
02.[INSTITUTO AOCP]
Dinheiro lidera os motivos de brigas entre casais no País
Quando o orçamento está curto, conversar com frequência sobre o assunto é uma boa saída para você sentir que está no controle da situação
Mesmo quando as finanças vão bem, dinheiro é o principal motivo de briga entre casais. Se as contas andam
apertadas, então, o terreno é propício para que ambos descontem suas ansiedades um no outro. Mas, com um pouquinho de esforço, dá pra lidar com essa parte chata da vida a dois e barrar as brigas antes mesmo que elas comecem. Em primeiro lugar, é importante que o casal fale a mesma língua quando se trata de dinheiro (na próxima página, montamos um teste para vocês avaliarem se estão mesmo alinhados). Pesquisa mundial feita recentemente mostrou que 72% dos casais se preocupam com os gastos do parceiro. Se um se sacrifca para economizar, e o outro torra a grana, problemas à vista.
Quando o orçamento está curto, conversar com frequência sobre o assunto é uma boa saída para você sentir
que está no controle da situação. Só fique esperto para bater este papo no momento certo. “Nunca tente conversar se você estiver muito estressado com suas contas”, sugere o consultor fnanceiro Jill Gianola. Em vez disso, procure uma hora em que os dois estejam calmos e sem distração.
É importante que o casal esteja alinhado nas decisões de com o quê gastar, como economizar e quanto investir. Se apenas um exerce controle sobre as finanças, o outro pode acabar se sentindo excluído e impotente. É bacana que vocês decidam juntos quem paga o quê – e como. A renda de vocês é unifcada ou cada um tem sua conta separada no banco? Vocês consultam um ao outro antes de fazer uma aquisição que comprometa o orçamento da casa? Quem é o responsável pelas contas? Se vocês estão se entendendo do jeito que está, ótimo. Mas, de qualquer forma, a regra de ouro pra não rolar estresse é não esconder do parceiro nenhum tipo de gasto.
Brigas sobre dinheiro são um dos principais motivos que levam um casal ao divórcio. Se você e seu companheiro não conseguem falar sobre o assunto sem que isso vire um pé de guerra, e isso está colocando seu relacionamento em risco, pense em procurar ajuda. Um consultor financeiro pode dar dicas de como administrar as finanças, enquanto uma terapia de casal pode ajudar os dois a resolverem certas diferenças. O segredo é conversar, ter comprometimento e não culpar o outro por fatores que estão fora de seu controle. Pensamento positivo: se vocês souberem lidar com problemas financeiros, isso significa que terão jogo de cintura para enfrentar outras situações difíceis – e sairão dessa fortalecidos.
Texto adaptado – Fonte: http://www.meionorte.com/noticias/jor-nais-e-revistas/dinheiro-lidera-os-motivos-de-brigas-entre-casais-no-pais-86284.html
Em “‘Nunca tente conversar se você estiver muito estressado com suas contas’”, as aspas foram empregadas no texto
a) para apresentar um pensamento do autor do texto.
b) para indicar uma ironia do autor do texto.
c) para indicar uma ironia do consultor financeiro.
d) para indicar uma citação.
e) para realçar uma informação considerada importante.
01. [C]
02.[D]