Genética é uma palavra proveniente do Grego, que remete a geno, que significa fazer nascer. Trata-se da ciência, ramo da biologia, que estuda os gênes, a variação dos organismos e a hereditariedade. Abrange a forma como são transmitidas as características biológicas de geração para geração e vem desde os tempos da pré-história. A genética é dividida entre genética molecular, genética clássica, genética de populações, genética ecológica e genômica.
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História da genética
O termo foi usado inicialmente para este fim por William Bateson em uma carta para Adam Sedgewick, datada de 1908. Mas já no início da história humana havia alguns estudos relacionados à genética e à domesticação feita por meio do cruzamento seletivo de animais e plantas, objetivando melhorar as espécies. Nos dias atuais, por meio da genética podemos encontrar ferramentas que são necessárias e essenciais para a investigação das funções dos genes humanos, visualizando mais facilmente a interação genética e podendo, dessa forma, realizar uma análise mais precisa.
No ano de 1866, Mendel estabeleceu os padrões de hereditariedade em ervilheiras, pela primeira vez, mostrando que elas obedeciam regras estatísticas simples, provando que a aplicação desta à genética seria muito útil. Depois disso, ele definiu o conceito de alelo como a unidade fundamental da hereditariedade, expressando a ideia de gene nesse período – ao contrário do que é hoje, uma variante de um gene -.
A planta usada por Mendel, de fácil cultivo e de ciclo reprodutivo curto, em sua reprodução, produzia vagens contendo as ervilhas – suas sementes -. Já naquele período, existiam muitas variedades que possuiam características distintas, fáceis de comparar. Algumas possuiam flores púrpura, por exemplo, enquanto outras tinham flores brancas, e algumas tinham sementes lisas, enquanto outras tinham sementes rugosas. Isso favorecia os estudos, já que, a partir da autopolinização, Mendel produziu e separou linhagens puras e estudou o cruzamento entre elas.
Após a morte de Mendel, seu trabalho foi retomado no início do século XX recebendo o valor pelos cientistas que estavam enfrentando problemas semelhantes ao de Mendel, que ainda não tinha conhecimento da natureza física dos genes. Foi somente com Watson e Crick em 1953 que a base física da informação genética foi descoberta: o DNA (mesmo que alguns vírus tenham genomas de RNA). Essa descoberta em torno da estrutura do DNA não recebeu o reconhecimento, sendo valorizada alguns anos depois com a de que as milhares de proteínas de um determinado organismo estariam “codificadas” nas sequências de nucleotídeos do DNA, por Marshall Nirenberg.
Genética humana
A informação genética está contida, normalmente, nos cromossomos, representada na estrutura química da molécula de DNA, diminuindo significativamente o tempo de espera para o cruzamento das espécies. De uma forma geral, os genes, estudados pela genética, codificam as informações que são necessárias para a síntese das proteínas, mas já foram identificados diversos deles sem essa função, como por exemplo os genes precursores de microRNAs ou RNAs estruturais.
Herança genética
A herança genética que recebemos dos antepassados é a hereditariedade, e pode envolver características físicas e até mesmo doenças. Ao notarmos o cruzamento de ratos brancos com o pelo liso e um rato preto de pelo eriçado, podemos notar que os filhotes nascerão pretos com pelos eriçados em decorrência dos genes do rato preto serem mais fortes. É possível, entretanto, que os ratos venham a ter pelos brancos e lisos quando chegarem a fase adulta, pois possuem mistura genética. Existem síndromes que são trazidas geneticamente, como síndrome de down – que é um acidente genético -, talassemia – uma desordem hereditária -, albinismo – um distúrbio congênito -, daltonismo – distúrbio genético -, síndrome de turner – anomalia cromossômica -.
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Utilidade do genoma humano
Com o mapeamento genético, poderemos, muito em breve, acabar descobrindo quais são as causas de algumas das doenças genéticas. Com isso vacinas e remédios poderão ser desenvolvidos a partir dessas descobertas, prevenindo ou tratando as doenças. Atualmente, já é possível fazer estudos para descobrir quando há predisposição para determinadas doenças.
Referências
Genética Básica – J Ringo, PA Motta
http://agris.fao.org/agris-search/search.do?recordID=BR20071709081
Por Natália Petrin
Formada em Publicidade e Propaganda. Atualmente advogada com pós-graduação em Lei Geral de Proteção de Dados e Direito Processual Penal. Mestranda em Criminologia.
Petrin, Natália. Genética. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/biologia/genetica. Acesso em: 22 de November de 2024.
01. [UFMG] Duas irmãs, que nunca apresentaram problemas de hemorragia, tiveram filhos. E todos eles, após extrações de dente, sempre tinham hemorragia. No entanto os filhos do irmão das duas mulheres nunca apresentaram esse tipo de problema. É CORRETO afirmar que essa situação reflete, mais provavelmente, um padrão de herança:
a) dominante ligada ao cromossoma Y.
b) dominante ligada ao cromossoma X.
c) recessiva ligada ao cromossoma X.
d) restrita ao cromossoma Y.
02. [PUC-MG] Quando, num indivíduo diplóide heterozigoto, o fenótipo determinado por apenas um dos alelos se manifesta, diz-se que esse alelo é dominante. Quando um caráter precisa que o alelo esteja em dose dupla (homozigose) para se manifestar, chama-se o alelo de recessivo. É INCORRETO afirmar:
a) Um alelo ser dominante não significa que ele seja adaptativamente melhor do que o recessivo.
b) Um caráter como a presença de cinco dedos nas mãos é dominante, pois a maioria da população o possui.
c) Na espécie humana, existem genes que são dominantes e causam doenças graves na população.
d) Um alelo dominante pode ser raro em uma população, enquanto seu recessivo pode ser abundante.
01. [C]
02. [B]