A oficialização da Independência do Brasil foi marcada pelo Grito do Ipiranga, que ocorreu em 7 de setembro do ano de 1822, pelo então príncipe regente do Brasil, Dom Pedro I. Em outubro do mesmo ano, D. Pedro I foi proclamado imperador do Império do Brasil.
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Chegada da Família Real Portuguesa ao Brasil
Foi um episódio de grande importância na história brasileira e que possibilitou o início das aspirações pela independência. Dom João VI ao chegar ao Brasil (logo após a invasão francesa em Portugal) realizou a abertura dos portos brasileiros às demais nações do mundo.
Essa medida inicial possibilitou que os produtores agrícolas e comerciantes nacionais aumentassem seus negócios, vivendo então um período de grande prosperidade econômica. Outros acontecimentos, como a instalação do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, também levaram a profundas mudanças políticas e econômicas em terras brasileiras.
Assim, em 16 de dezembro de 1815, D. João VI determinou que o Brasil não seria mais considerado colônia de Portugal e sim o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Este momento é considerado por muitos como o marco inicial em direção ao processo de independência do Brasil.
Revolução do Porto
Esse quadro, porém gerou grande insatisfação nas elites de Portugal, que se viram abandonadas por sua antiga autoridade política. Assim, em agosto de 1820 a Revolução Liberal do Porto surgiu com o objetivo de reestruturar a soberania política portuguesa. No entanto, essa proposta limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil novamente à condição de colônia.
Dia do Fico
Neste momento, diante das exigências da sociedade portuguesa que D. João saiu do Brasil e nomeou seu filho, Dom Pedro I, como príncipe regente.
Dom Pedro I, porém, tomou medidas que favoreceram a população brasileira e assim desagradou as Cortes de Portugal, que passaram a exigir que D. Pedro deixasse o Brasil ao controle de uma junta administrativa portuguesa.
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Dessa forma, a elite econômica brasileira (fazendeiros e comerciantes) sentiu a necessidade de defender permanência de Dom Pedro I e organizar o processo de independência. Assim, diante do interesse das elites brasileiras, em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I reafirmou sua permanência em um momento que ficou conhecido como Dia do Fico.
Logo após, D. Pedro I tomou várias medidas visando preparar o país para o processo de independência, como a organização de uma Marinha de Guerra e a convocação de uma Assembleia Constituinte.
Grito do Ipiranga
Uma das medidas que mais irritou as Cortes foi a exigência de que todas as medidas tomadas pela Coroa Portuguesa só entrariam em vigor no Brasil após a aprovação de D. Pedro.
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Essa medida motivou a assembleia lusitana a exigir o retorno do príncipe para Portugal sob a ameaça de invasão militar. Em resposta, Dom Pedro I declarou a independência do país no dia 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga. Ainda em 1822, D. Pedro I foi coroado imperador do Brasil.
Período pós declaração da Independência
A consolidação do processo de independência não foi finalizada com o Grito do Ipiranga. Envolveu uma série de guerras travadas em território brasileiro.
“No Maranhão, no Ceará, no Pará, na Província Cisplatina e no Piauí houve revoltas de portugueses que viviam nessas regiões contra a independência. Para derrotar os revoltosos, dom Pedro recrutou mercenários estrangeiros, entre eles o oficial francês Pedro Labatut e o almirante inglês Lord Cochrane. A vitória das tropas brasileiras nessas regiões, além da obtida na Bahia, impediu a fragmentação do Brasil em diversas províncias autônomas e garantiu a unidade territorial da jovem nação.” (Azevedo & Seriacopi, 2013pg.189)
Você sabia?
Acredita-se que Maria Leopoldina, esposa de D. Pedro, teria enviado uma carta ao marido para alertá-lo sobre a intenção de Portugal recolonizar o Brasil. E, segundo alguns historiadores, D. Pedro estaria na casa de sua amante, a Marquesa de Santos, quando recebeu a carta de sua esposa. Ele então iniciou sua viagem de volta para São Paulo na madrugada de 7 de setembro de 1822.
Referências
AZEVEDO, G.; SERIACOPI, R. História em Movimento. O mundo Moderno e a Sociedade Contemporânea. Volume 2. São Paulo: Ática, 2013.
Por Carlos Ferreira
Formado em Ciências Econômicas e Jornalismo. Possui ampla experiência editorial e redacional em conteúdos jornalísticos com foco em mídias digitais.
Ferreira, Carlos. Independência do Brasil. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/independencia-do-brasil. Acesso em: 28 de November de 2024.
1. (MACKENZIE) O processo de independência do Brasil caracterizou-se por:
a) ser conduzido pela classe dominante que manteve o governo monárquico como garantia de seus privilégios;
b) ter uma ideologia democrática e reformista, alterando o quadro social imediatamente após a independência;
c) evitas a dependência dos mercados internacionais, criando uma economia autônoma;
d) grande participação popular, fundamental na prolongada guerra contra as tropas metropolitanas;
e) promover um governo liberal e descentralizado através da Constituição de 1824.
2. (UFPE) A Independência do Brasil despertou interesses conflitantes tanto na área econômica quanto na área política. Qual das alternativas apresenta esses conflitos?
a) Os interesses econômicos dos comerciantes portugueses se chocaram com o “liberalismo econômico” praticado pelos brasileiros e subordinado à hegemonia da Inglaterra.
b) A possibilidade de uma sociedade baseada na igualdade e na liberdade levou a jovem nação a abolir a escravidão.
c) As colônias espanholas tornaram-se independentes dentro do mesmo modelo brasileiro: monarquia absolutista.
d) A Guerra da Independência dividiu as províncias brasileiras entre o “partido português” e o “partido brasileiro”, levando as Províncias do Grão-Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina a apoiarem, por unanimidade, a Independência.
e) Os republicanos, os monarquistas constitucionalistas e os absolutistas lutaram lado a lado pela Independência, não deixando que as suas diferenças dificultassem o processo revolucionário.
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