O Tratado de Verdun dividiu o antigo Império Carolíngio, de Carlos Magno, em três partes, que seriam governadas por seus três netos: Luís, o Germânico, Carlos, o Calvo e Lotário.
Publicidade
Esse tratado é importante porque não só marcou o início da dissolução do império, como também estabeleceu as fronteiras gerais do que viriam a ser a França e Alemanha.
Antecedentes do Tratado de Verdun
Após a morte de Carlos Magno, seu único filho, Luís, o Piedoso, herdou todo o Império Carolíngio. Luís teve vários filhos e, embora quisesse que o império continuasse sendo um todo coeso, ele dividiu – e redividiu – o território de modo que cada um pudesse governar seu próprio reino.
O filho mais velho de Luís, Lotário, recebeu o título de imperador, mas em meio às divisões territoriais e consequentes revoltas, seu poder imperial real foi severamente reduzido.
Após a morte de Luís, O Piedoso, em 840, Lotário tentou recuperar o poder que tinha originalmente como imperador, mas seus dois irmãos, Luís, o alemão e Carlos, o Calvo, uniram forças contra ele, dando início a uma sangrenta guerra civil, conhecida como Guerra Civil Carolíngia.
Nesse confronto, Lotário acabou sendo forçado a admitir a derrota e após extensas negociações, o Tratado de Verdun foi assinado em agosto de 843, na cidade de Verdun, região da atual França.
Termos do Tratado de Verdun
Sob os termos do tratado, Lotário foi autorizado a manter o título de imperador, porém não possuía mais nenhuma autoridade real sobre seus irmãos e todo o território que compunha o Império Carolíngio foi reconfigurado.
Publicidade
Dessa forma, Lotário recebeu a porção central do império, que incluía partes da atual Bélgica e grande parte da Holanda, parte do leste da França e oeste da Alemanha, a maior parte da Suíça e ainda uma porção substancial da Itália.
Carlos, o Calvo, recebeu a parte ocidental do império, que incluía a maior parte da atual França, e Luís, o Germânico, tomou a parte oriental, que incluía a maior parte da atual Alemanha.
É importante saber que o Tratado de Verdum não foi acordado por fatores geográficos, mas foi uma tentativa de satisfazer as reivindicações de cada irmão por uma participação nas propriedades da Família Carolíngia.
Publicidade
A “Lotaríngia” como ficou conhecida a região destinada a Lotário, logo perdeu sua própria identidade e se tornou um campo de batalha para os reinos embrionários da França e da Alemanha, sendo dividida entre Carlos, o Calvo, e Luís, o Germânico, em 870.
Referências
O Império de Carlos Magno – José Roberto Mello
Carlomagno Y El Imperio Carolingio – Luis Halphen
Por Luana Bernardes
Graduada em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e Clínica pela mesma Universidade.
Bernardes, Luana. Tratado de Verdun. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/tratado-de-verdun. Acesso em: 23 de November de 2024.
1. [FAAP]
Entre os principais povos bárbaros que invadiram o Império Romano, podemos citar:
a) Os visigodos
b) Os vândalos
c) Os ostrogodos
d) Os francos
e) Todas as anteriores
Resposta: E
Todos os povos citados tiveram grande contribuição no processo de desarticulação do Império Romano do Ocidente. A partir da entrada dos bárbaros nesse território, observamos o desenrolar de várias transformações políticas, culturais e econômicas que marcaram a passagem da Antiguidade para a Idade Média.
2. [UNIP]
A importância da Batalha de Poitiers, em 732, no contexto da história da Europa, justifica-se em função de que:
a) com essa vitória, Carlos Martel tornou-se imperador dos francos
b) a partir daí teve início a Guerra de Reconquista na Península Ibérica
c) esse evento assinalou o limite da expansão cristã no Mediterrâneo
d) os cristãos foram derrotados pelos árabes, consolidando-se o feudalismo europeu
e) a derrota árabe frente ao Reino Franco impediu a islamização do Ocidente
Resposta: E
A vitória de Carlos Martel na Batalha de Poitiers foi de suma importância para que os muçulmanos não avançassem pela Europa Ocidental. Além disso, essa mesma vitória foi de grande importância para que a Igreja apoiasse a ascensão da dinastia carolíngia no Reino dos Francos. Mais uma vez, a união entre Estado e Igreja foi de fundamental importância para a história deste importante reino bárbaro.