Horário de Verão

1. Fuso-horário no Brasil

O Brasil é um país de proporções territoriais continentais, e por isso é compreendido por mais de um fuso-horário. Atualmente são quatro fuso-horários que constituem o território nacional. Os fuso-horários são definidos com base em um cálculo simples: a Terra possui a circunferência de 360º, quando estes são divididos pelo número de 24, que representam o tempo que a Terra demora para dar uma volta completa ao entorno de seu próprio eixo, encontra-se o valor de 15º. Assim, a cada 15º teremos um fuso-horário. Veja a evolução do fuso-horário no Brasil na imagem abaixo.

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2. Horário de Verão

Embora utilizado no Brasil, o horário de verão surge na Inglaterra. As primeiras ideias sobre o assunto foram apresentadas ainda no século XVIII, por Benjamim Franklin. Apenas em 1907 foram tomadas as primeiras medidas neste sentido, com William Willett, o qual iniciou uma campanha com a finalidade de adiantar os relógios em 20 minutos a cada domingo do mês de abril. O horário de verão foi adotado pela Alemanha ainda nos anos de 1916, e posteriormente também no Brasil, em 1931.

No Brasil, o horário de verão foi redefinido em alguns estados brasileiros com base no Decreto Nº 6.558, de 8 de Setembro de 2008.

No 2º artigo do Decreto consta que “a hora de verão vigorará nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal.” (BRASIL, 2008)

3. Para que serve o horário de verão?

A principal finalidade da medida é a redução do consumo de energia elétrica. Foi com este intuito que o horário de verão surgiu na Inglaterra, quando William Willett lançou em 1907 um panfleto que se intitulava “desperdício de luz diurna”. O Brasil segue a mesma lógica de contenção dos gastos com energia elétrica, evitando que haja sobrecarga no sistema elétrico. Portanto, os objetivos do horário de verão são:

• Aproveitamento maior da luz natural;
• Economia de energia;
• Evitar o risco de sobrecarga nos horários de pico.

Assim, “o Governo Federal, a partir de estudos do Ministério de Minas e Energia, adota a política de se adiantar uma hora os relógios de vários estados brasileiros.” (SILVA, 2013, p. 38)

Em especial nos estados Sul e Sudeste, há uma demanda por energia maior no período do começo da noite, quando as pessoas chegam aos seus lares após o trabalho. Este é considerado o horário de pico, pois vários chuveiros entram em funcionamento, assim como as luzes são acesas nas residências, fatores estes aliados à iluminação pública. Ao se aumentar o tempo de uso da luz natural, economiza-se em grande medida a energia. Além disso, a possibilidade de utilizar o tempo de luz solar para sair de casa (parques, piscinas, etc.), substitui o tempo em frente aos televisores, economizando energia neste sentido também.

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Veja no mapa abaixo quais são os estados que aderem ao horário de verão:

O horário de verão é aplicado apenas nas regiões mais afastadas da Linha do Equador, pois nas regiões mais próximas, os dias e as noites possuem a mesma duração ao longo do ano. Assim, não existiriam vantagens econômicas na mudança de horário, muito embora surjam transtornos devido às diferenças destes em relação aos demais estados. Nas regiões mais afastadas da Linha do Equador, o horário de verão se torna viável devido ao fato de os dias serem mais longos, por conta da posição da Terra em relação ao Sol.

Devido à inclinação do eixo terrestre, os raios solares atingem de forma mais intensa o hemisfério Sul do que o hemisfério Norte, fazendo, portanto, com que o Sol nasça mais cedo, e ponha-se mais tarde. Assim, apesar dos conflitos em relação às diferenças de horários entre os estados, bem como as queixas de muitas pessoas sobre a dificuldade de adaptação ao horário de verão, a prática continua sendo viável economicamente. No caso brasileiro, os estados Norte e Nordeste não aderem ao horário de verão, pois nestes os benefícios seriam irrisórios.

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Referências