Com 44 milhões de km², a Ásia abriga cerca de 60% da população mundial. O maior e mais populoso continente do planeta é formado por porções insulares e terras continentais, localizadas em maior parte no hemisfério norte. A Ásia é composta por 49 países e caracteriza-se por abrigar, ao mesmo tempo, algumas das menores e das maiores nações do globo.
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O continente asiático
A Ásia está localizada no Leste do Meridiano de Greenwich: sua parte ocidental faz fronteira com a Europa e com a África, já sua parte oriental está banhada pelo oceano Pacífico, ainda, seu extremo norte dá acesso ao oceano Glacial Ártico e sua região sul, aos oceanos Índico e Pacífico. Entre as principais características desse continente, destacam-se:
- Área: a Ásia possui uma área superior a 44,5 milhões de km², o que corresponde a quase um terço de todas as terras emersas do globo. Por apresentar uma área territorial tão extensa, o continente conta com enormes contrastes em seu relevo e clima, abrigando desde as regiões mais altas até as mais profundas do planeta Terra.
- População: a Ásia possui uma população que corresponde a cerca de 60% dos habitantes da Terra. O país mais populoso do mundo, a China, está localizado no continente asiático e conta com, aproximadamente, 1,3 milhão de habitantes distribuídos em uma área de 9 milhões de km². Embora seja numerosa, a população asiática não está distribuída de maneira igualitária. Enquanto as planícies e grandes cidades apresentam densidades demográficas altíssimas, as regiões desérticas, montanhosas e geladas possuem uma população muito pequena. Por isso, o continente é conhecido por abrigar, ao mesmo tempo, os países mais e menos populosos do mundo. O Butão, por exemplo, é um pequeno país com cerca de 38 mil km² e pouco mais de 760 mil habitantes.
- O número de países: o continente asiático conta com 49 países, organizados sob diferentes sistemas de governo, como a democracia, encontrada na Armênia e na República da Coreia, a monarquia presente nos reinos da Arábia Saudita e Tailândia, e o comunismo, como na China e no Vietnam, característico por suas relações particulares com o mundo capitalista.
Em resumo, pode-se afirmar que, devido ao seu grande território e população, o continente asiático abriga uma diversidade imensa de paisagens, relevos, etnias e culturas. Tudo isso somado ao longo da história resultou em particularidades que só podem ser encontradas nessa região do globo.
Mapa da Ásia
O mapa político da Ásia apresenta os países que integram o continente e os três paralelos que atravessam toda sua área territorial. O Círculo Polar Ártico passa em território russo, no ponto extremo sententrional do continente; o Trópico de Câncer atravessa a parte meridional; e a Linha do Equador corta o centro do território arquipelágico indonésio.
Países da Ásia
A Ásia é composta por 49 países considerados independentes e reconhecidos pelas demais nações. É importante ressaltar que o continente possui territórios que ainda lutam por seu reconhecimento e independência. O Estado da Palestina, por exemplo, reivindica soberania sobre os territórios da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, além de considerar Jerusalém Oriental como sua capital. Taiwan é outra região que luta por sua independência em relação à China. Enquanto os chineses encaram Taiwan como uma Província separatista, que deve voltar ao controle de Pequim, Taiwan se considera um país independente, com sua própria Constituição e líderes eleitos democraticamente.
Assim, considera-se que os países que compõem a Ásia, e suas respectivas capitais, são: Afeganistão (Cabul), Arábia Saudita (Riad), Armênia (Yerevan), Azerbaijão (Baku), Bahrein (Manama), Bangladesh (Daca), Brunei (Bandar Seri Begawan), Butão (Timbu), Camboja (Phnom Penh), Catar (Doha), Cazaquistão (Nursultan), China (Pequim), Chipre (Nicósia), Coreia do Norte (Pyongyang), Coreia do Sul (Seul), Egito (Cairo), Emirados Árabes (Abu Dhabi), Filipinas (Manila), Geórgia (Tbilisi), Iêmen (Sana), Índia (Nova Deli), Indonésia (Jacarta), Irã (Teerã), Iraque (Bagdá), Israel (Jerusalém), Japão (Tóquio), Jordânia (Amã), Kuwait (Kuwait), Laos (Vienciana), Líbano (Beirute), Malásia (Kuala Lumpur), Maldivas (Malé), Mianmar (Nay Puy Taw), Mongólia (Ulan Bator), Nepal (Katmandu), Omã (Mascate), Paquistão (Islamabad), Quirguistão (Bishkek), Rússia (Moscou), Singapura (Singapura), Síria (Damasco), Sri Lanka (Kotte), Tajiquistão (Dushanbe), Tailândia (Bangkok), Timor-Leste (Díli), Turcomenistão (Asgabate), Turquia (Ancara), Uzbequistão (Tashkent) e Vietnã (Hanói).
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Alguns dos países elencados acima são transcontinentais, ou seja, estão localizados em mais de um continente, como é o caso da Armênia, Azerbaijão, Chipre, Egito, Geórgia, Indonésia, Rússia, Timor-Leste e Turquia.
Regiões da Ásia
Devido sua grande extensão territorial, o continente asiático pode ser dividido em 5 regiões denominadas de: Ásia setentrional, Ásia central, Oriente Médio, Sul da Ásia e Sudeste Asiático.
Ásia setentrional
A Ásia setentrional corresponde à Rússia, o maior país do mundo em extensão territorial com cerca de 17 milhões de km² e uma população de 146,8 milhões de habitantes. Considerada uma das principais economias do mundo contemporâneo, a Rússia é conhecida por ser uma grande produtora de gás natural e uma importante exportadora de metais, como o aço e o alumínio.
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Ásia central
A Ásia central é composta pelo Cazaquistão, Uzbequistão, Turcomenistão e Quirguistão. A aridez presente na região faz da agricultura e da pecuária as bases da economia. Seus países possuem poucas cidades desenvolvidas e o comércio é considerado incipiente.
Oriente Médio
O Oriente Médio está localizado nos limites entre a Europa, Ásia e África. Dentre os países que compõem a região, destacam-se: Israel, Síria, Turquia, Arábia Saudita, Iraque e Irã. O Oriente Médio é considerado uma das regiões mais conflituosas do mundo devido às disputas territoriais, econômicas e religiosas. Em termos econômicos, possui grandes produtores e exportadores de petróleo.
Sul da Ásia
O Sul da Ásia integra países como Índia, Nepal, Butão, Paquistão e Bangladesh. Dentre eles, a Índia se destaca como a maior economia da região e uma das mais importantes do mundo. A identidade religiosa e a formação histórico-geográfica do país também são características marcantes.
Sudeste Asiático
No Sudeste Asiático, localizam-se as maiores economias da Ásia e do mundo, como é o caso do Japão e da China. A região também abriga os chamados Tigres Asiáticos (Coreia do Sul, Taiwan, Singapura e Hong Kong) e os “novos tigres” (Malásia, Tailândia, Indonésia, Vietnã e Filipinas). Tais países recebem esses títulos por terem apresentado grande crescimento econômico nas últimas décadas.
A divisão das regiões asiáticas acontece de acordo com o contexto geopolítico e econômico. Cada região também desenvolveu suas próprias formas de política, economia, cultura e sociedade.
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História da Ásia
Conhecido como o berço de algumas das civilizações mais antigas do mundo, o continente asiático possui uma história bastante extensa e diversa.
É possível definir a história da Ásia como a história de múltiplas regiões costeiras interligadas pela estepe eurasiática presente no interior do continente. Essas áreas abrigaram cidades, Estados e impérios com os mais diferentes cenários sociais, políticos, culturais e econômicos.
As primeiras civilizações asiáticas se desenvolveram nas proximidades dos vales férteis banhados por rios. O maior exemplo disso é a região da Mesopotâmia, localizada entre os rios Tigre e Eufrates. Durante a Antiguidade, essa região abrigou várias civilizações, como babilônicos, assírios, sumérios e acádios.
As civilizações mesopotâmicas possuíam características comuns às civilizações presentes no vale do Indo e da China. Ao trocarem saberes e tecnologias entre si, elas avançaram e desenvolveram ideias importantes, como a da roda, matemática e escrita.
Enquanto isso, a estepe era habitada por nômades, que migravam de um lugar ao outro utilizando cavalos como meio de transporte. Os indo-europeus foram responsáveis por realizar o que se conhece como a primeira expansão das estepes para a costa.
Diversos impérios antigos marcaram a história asiática. No século IV a.C., Alexandre, o Grande dominou todo o território, que vai desde a atual Turquia até o subcontinente indiano. Posteriormente, o Império Romano controlou regiões da Ásia ocidental. A famosa Rota da Seda também influenciou muitas civilizações antigas, uma vez que interligava China, Índia, Oriente Médio e Europa.
A partir do século VII, o Califado islâmico e outros Estados muçulmanos passaram a controlar o Oriente Médio, expandindo-se para regiões próximas. Para ganhar o controle da “Terra Santa”, no século XII, os cristãos europeus investiram nas Cruzadas contra os muçulmanos. Do século XIII em diante, os mongóis dominaram boa parte do continente asiático. O Império Otomano passou a controlar a Turquia e o Oriente Médio no século XVI, e o Império Russo iniciou sua expansão a partir do século XVII.
Com a formação de diferentes sociedades, o continente asiático abriga diversas culturas e religiões. No Oriente Médio, desenvolveram-se as três principais religiões do monoteísmo (Judaísmo, Cristianismo e Islamismo), já outras regiões produziram suas crenças.
Atualmente, no sul e sudeste asiático, o Bramanismo possui grande destaque na Índia, e o Lamaísmo é forte no Nepal, Butão e Tibete (China). O continente asiático também possui muitos adeptos do Budismo, especialmente, em países como Tailândia, Vietnã e Japão. Outras religiões, como o Confucionismo e o Xintoísmo, também estão presentes no continente.
A colonização da Ásia
Desde o século XV e XVI, potências europeias ocupavam pontos estratégicos no continente asiático. O estabelecimento de portos e feitorias nas “Índias” (termo genérico utilizado pelos europeus) facilitava o acesso ao comércio das especiarias e demais produtos orientais.
A ocupação e colonização efetiva do continente asiático, entretanto, só viria a acontecer no século XIX, a partir do processo imperialista. Também denominado de neocolonialismo, o ciclo imperialista foi marcado pela colonização europeia sobre a Ásia e a África.
Impulsionada pela Revolução Industrial, a Europa passou a dominar e colonizar regiões africanas e asiáticas em busca de matérias-primas. Nações recém-industrializadas, como França e Inglaterra, tornaram-se protagonistas nesse processo colonizatório. O total controle estabelecido pelos britânicos sobre o subcontinente indiano, proclamando o Império Britânico das Índias em 1887, representa muito bem esse processo.
De forma geral, o imperialismo ocasionou a partilha do continente asiático entre as potências mundiais. As instabilidades resultantes da busca por domínio de territórios foi uma das causas da Primeira Guerra Mundial. A descolonização do continente só viria a acontecer logo após a Segunda Guerra Mundial com o enfraquecimento das grandes potências.
Todos esses processos históricos marcaram profundamente a Ásia, consequentemente, ela se tornou o que é hoje: um continente complexo, composto por diversos países com diferentes particularidades e formas de organização social.
Economia da Ásia
Atualmente, a economia da Ásia está se destacando e conquistando cada vez mais espaço na economia mundial. Dentre os países asiáticos, a China é detentora do maior PIB (Produto Interno Bruto). Países como Japão, Coreia do Sul e Israel também se destacam pelo alto desenvolvimento econômico.
Indústria
O Japão possui enorme destaque no setor industrial asiático. Dentre seus principais produtos, evidenciam-se a fabricação de navios, automóveis, eletros e eletrônicos de alta tecnologia.
Além das indústrias japonesas, a Ásia ainda conta com o parque industrial chinês, voltado à fabricação de itens essenciais ao mercado interno. Desde a década de 1970, a China dedica grande parte da sua produção ao mercado externo.
Na Rússia oriental, encontram-se muitas indústrias de base, já na Índia, é possível visualizar a utilização da produção agrícola e das riquezas minerais para o abastecimento das indústrias têxteis, alimentícias, siderúrgicas e metalúrgicas.
Agropecuária
Na agricultura asiática, destacam-se a produção de trigo e arroz, seguidas pelas culturas de fumo, chá, juta, algodão, pimenta e borracha. Áreas menos férteis são conhecidas por produzir bens agrícolas, como cevada, milho e outros cereais.
Quanto à pecuária, há a produção de pequenos animais na China, conhecida internacionalmente como a primeira produtora mundial de suínos, terceira de ovinos e quinta de bovinos.
O maior número de gado bovino do mundo é encontrado na Índia. Entretanto, por ser considerado um animal sagrado em diversas religiões, como o hinduísmo, jainismo, e zoroastrismo, os indianos não consomem a carne de bois e vacas.
Mineração
A Ásia possui importantes riquezas minerais, como o carvão, ferro, chumbo, zinco e mercúrio. Muitos países movimentam suas economias a partir da extração e comércio desses elementos.
A economia do Oriente Médio, por exemplo, está completamente ligada à extração do petróleo, pois a região abriga a maior reserva mundial desse recurso natural. A disputa pelo controle de áreas petrolíferas é um dos motivos de guerras e conflitos. Outro recurso extremamente importante para a economia asiática é o gás natural, exportado, principalmente, pela Rússia.
Tecnologia
A Ásia é comumente lembrada por seus avanços tecnológicos e projetos futuristas. Um dos motivos que explica a quantidade de empresas voltadas à tecnologia em território asiático é a presença de mão de obra barata e de baixa qualificação, bem como a oferta de matérias-primas. Por outro lado, também deve ser levado em consideração o mercado consumidor. A grande população asiática fornece muitos compradores para esse setor econômico.
Dentre os países asiáticos, a Coreia do Sul é um dos que mais se destaca na categoria tecnológica. O setor privado do país financia a produção de celulares e televisores em grandes empresas do mundo. Cidades chinesas, como Pequim e Xangai, também possuem importantes polos tecnológicos no continente.
Embora possua países altamente tecnológicos e desenvolvidos, a Ásia também abriga países com baixo desenvolvimento econômico, marcados por grande desigualdade social e econômica. É importante lembrar que o fato de possuírem PIBs elevados não significa, necessariamente, que os países apresentam bons índices de qualidade de vida, medidos por seus IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano).
Clima, fauna e flora
O relevo asiático é marcado por enormes contrastes, que reúnem desde as mais profundas depressões do mundo, por exemplo, no Mar Morto com profundidade de 307 m abaixo do nível do mar, até as mais altas, como o monte Everest com seus 8850 m.
Outra particularidade da Ásia é a área denominada de Círculo de Fogo. Margeando o oceano Pacífico, essa região possui a maior atividade sísmica do planeta. Aproximadamente 82% dos 535 vulcões ativos do mundo estão no Círculo de Fogo.
Por conta de sua enorme extensão territorial e de fatores como altitude, relevo, maritimidade, continentalidade, correntes marítimas e ventos, a Ásia possui diferentes climas e paisagens.
No extremo norte asiático, predomina o clima polar. A região, cortada pelo Círculo Polar Ártico, apresenta temperaturas muito baixas durante todo o ano e é marcada por uma vegetação composta majoritariamente de musgos, liquens, pequenas árvores e arbustos lenhosos.
A parte central, distante das influências marítimas, possui predominantemente o clima temperado continental, caracterizado pela alternância de verões muito quentes e invernos rigorosos. Sua vegetação típica é a pradaria ou estepe temperada, com plantas que possuem raízes profundas para sobreviverem ao inverno. Devido à definição das estações, alguns animais presentes nesse bioma apresentam comportamento diferente no inverno, como a hibernação.
Nas regiões sul e sudeste, entre o trópico de Câncer e a linha do Equador, os climas mais comuns são o equatorial e o tropical. O continente asiático apresenta ainda os climas semiárido e árido, característicos de grandes desertos, bem como o clima de monções, presente em países como Índia e Paquistão, que possuem períodos de fortes chuvas e de extremas secas.
A Ásia possui aspectos muito variados. Tamanha diversidade não se restringe às características físicas do continente. Os aspectos humanos asiáticos também são fortemente influenciados.
Cultura asiática
Longe de ser homogênea, a cultura asiática engloba uma quantidade absurda de costumes e tradições, praticadas desde o início da humanidade e repassadas de uma geração a outra.
Ao mesmo tempo em que é reconhecida como o berço das principais religiões monoteístas, a Ásia também abriga diferentes religiões com crenças politeístas.
A cozinha asiática é reconhecida mundialmente pelo consumo de vegetais, proteínas e especiarias. A culinária japonesa e a chinesa são apreciadas no mundo inteiro, sobretudo as receitas com arroz, cereais, grãos e frutos do mar.
Além da gastronomia, a Ásia possui outras tradições milenares que caracterizam fortemente sua cultura. Entre as festas populares mais famosas do continente, destacam-se: o Ano Novo chinês; o Festival das Lanternas (Taiwan); o Festival das Luzes de Inverno (Japão) e o Thaipusam (uma celebração religiosa).
De forma geral, é possível afirmar que o continente asiático apresenta as mais variadas formas de arte, arquitetura, música, literatura, filosofia, culinária e crenças. Tamanha diversidade cultural não se limita apenas às suas relações intercontinentais. A cultura asiática, assumida em suas mais diversas formas, pode ser vista em todo o mundo, seja nos pratos típicos, nas produções cinematográficas, nos animes ou nas inovações tecnológicas.
Referências
A História da Ásia Antiga (2021) – MacArdle Meredith.
História da China: O retrato de uma civilização e de seu povo (2022) – Michael Wood.
Por Nathália Moro
Doutoranda, mestre e graduada em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Nas horas vagas, costuma aproveitar seu tempo com a família ou em sua própria companhia. Adora viajar para lugares históricos, conhecer novas culturas, experimentar pratos típicos, conversar com pessoas mais velhas e bater um bom papo sobre alimentação.
Moro, Nathália. Ásia. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/asia. Acesso em: 21 de November de 2024.
1. [UNIPAM 2014]
A partir do início dos anos 1980, quatro países da Ásia (Cingapura, Hong Kong, Coreia do Sul e Taiwan) apresentaram um acelerado processo de industrialização. Em razão da agressividade administrativa e da localização dos países, eles ficaram conhecidos mundialmente como Tigres Asiáticos.
CERQUEIRA, W. Tigres asiáticos.
Assinale a alternativa CORRETA sobre o processo de industrialização dos Tigres Asiáticos.
a) Industrialização orientada para a plataforma de exportação de commodities.
b) Modelo econômico industrial endógeno via processo de substituição de importações.
c) Desenvolvimento nas áreas de indústria e tecnologia voltado para o mercado externo.
d) Atração de investimentos de capital estrangeiro, principalmente chinês, que alavancaram o desenvolvimento industrial voltado para o exterior.
Resposta: C
Justificativa: os Tigres Asiáticos são conhecidos como um conjunto de países que, entre os anos de 1950 e 1990, passar a desenvolver áreas da indústria, visando atingir o mercado externo.
2. [ENEM 2020 1º dia]
Embora inegáveis os benefícios que ambas as economias têm auferido do intercâmbio comercial, o Brasil tem reiterado seu objetivo de desenvolver com a China uma relação comercial menos assimétrica. Os números revelam com clareza a assimetria. As exportações brasileiras de produtos básicos, especialmente soja, minério de ferro e petróleo, compõem, dependendo do ano, algo entre 75% e 80% da pauta, ao passo que as importações brasileiras consistem, aproximadamente, em 95% de produtos industrializados chineses, que vão desde os mais variados bens de consumo até máquinas e equipamentos de alto valor.
LEÃO, V. C. Prefácio. In: CINTRA, M. A. M.; SILVA FILHO, E. B.; PINTO, E. C. (Org.). China em transformação: dimensões econômicas e geopolíticas do desenvolvimento.
Rio de Janeiro: Ipea, 2015.
Uma ação estatal de longo prazo capaz de reduzir a assimetria na balança comercial brasileira, conforme exposto no texto, é o(a):
a) expansão do setor extrativista.
b) incremento da atividade agrícola.
c) diversificação da matriz energética.
d) fortalecimento da pesquisa científica.
e) monitoramento do fluxo alfandegário.
Resposta: D
Justificativa: por meio do fortalecimento da pesquisa científica brasileira seria possível desenvolver uma relação econômica menos assimétrica com países asiáticos, como a China.
3. [ENEM 2018 1º dia ]
Apesar da grande distância geográfica em relação ao território japonês, os otakus (jovens aficionados em cultura pop japonesa) brasileiros vinculam-se socialmente hoje em eventos e a partir de uma circulação intensa de mangás, animes, games, fanzines, j-music (música pop japonesa). O consumo em escala mundial dos produtos da cultura pop – enfaticamente midiática – produzida no Japão constitui um momento histórico em que se aponta a ambivalência sobre o que significa a produção midiática e cultural quando percebida no próprio país e como a percepção de tal produção se transforma radicalmente nos olhares de consumidores estrangeiros.
GUSHIKEN, Y.; HIRATA, T. Processos de consumo cultural e midiático: imagens dos otakus,
do Japão ao mundo. Intercom – RBCC, n. 2, jul.-dez. 2014 (adaptado).
Considerando a relação entre meios de comunicação e formação de identidades tal como é abordada no texto, a noção que explica este fenômeno na atualidade é a de
a) tribalismo das culturas juvenis.
b) alienação das novas gerações.
c) hierarquização das matrizes culturais.
d) passividade das relações de consumo.
e) deterioração das referências nacionais.
Resposta: A
Justificativa: o tribalismo das culturas jovens é o fenômeno que explica o gosto de jovens brasileiros por elementos da cultura asiática apesar da grande distância geográfica.