A monarquia britânica gira em torno de guerras, sucessões e também lendas. Mesmo depois de tantos atentados, embates e tensões, a monarquia se manteve.
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Mas como uma cultura como essa foi perpetuada por tanto tempo vendo outras similares caírem? A monarquia britânica apresenta um funcionamento diferente.
Para entendê-la, é necessário remeter à sua história, e compreender, sobretudo, seu passado. Sua formação reflete em sua estrutura que é perpetuada não só pela família real, como também sob suporte da população.
História da Monarquia Britânica
A monarquia britânica, atualmente, não apresenta o mesmo poder de séculos atrás. Afinal, no passado, o rei exercia a função de chefe de governo e também de Estado.
O poder era praticamente absolutista, onde poderiam criar, propor, impor e sancionar leis, entregar terras a nobres e outras regalias. Atualmente, a monarquia exerce um papel mais social do que político.
Tanto a Rainha Elizabeth II, como os demais monarcas, apresentam uma função muito mais em contato com a sociedade. Ações filantrópicas ficaram notórias, sobretudo, com Lady Diana.
O poder absoluto da monarquia teve fim em 1215, com a assinatura da Magna Carta, assinada pelo Rei João. O monarca Eduardo I criou, assim, o Parlamento inglês.
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A instituição tinha como papel coordenar as ações do estado, e, consequentemente, diminuiu o poder da monarquia, tal como é hoje.
O título de monarca britânico, assim, passa a cumprir um papel básico dentro da estrutura política britânica. O poder político agora é exercido pelo Parlamento.
À monarquia britânica, cabe a função de concessão de títulos (Sir, Lorde, Lady e afins). Contudo, a concessão do mesmo ainda precisa passar por aprovação primária do parlamento.
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Sendo assim, o título de Rei ou Rainha passou apenas a ser uma regra de convivência social. Meras formalidades que se mantiveram com tradições culturais.
Como funciona a sucessão na monarquia britânica
A hereditariedade coordena o título da monarquia britânica. Após a morte do Rei ou da Rainha, o poder deverá ser ocupado, obrigatoriamente, pelo primogênito.
No passado, apenas homens poderiam assumir o trono. Desde o ano de 2011, porém, após iniciativa do então primeiro-ministro David Cameron, o primogênito a assumir o trono independeria do gênero.
A fim de curiosidade, a Rainha Elizabeth II, atual monarca da dinastia britânica, só foi nomeada como rainha por não possui irmãos homens. A sucessão, atualmente, é feita sem a necessidade de cerimônias.
Feita de automaticamente após a morte do monarca, uma frase resume bem como é feita tal sucessão da monarquia britânica.
“O Rei está morto. Longa vida ao Rei!”
A família real tem sua formação baseada na árvore genealógica do Rei/Rainha. Nos dias atuais, ela é formada, seguindo a linha de sucessão, por:
- Príncipe Charles (primogênito da Rainha Elizabeth II); Esposa Camila (não é Lady e não poderá assumir o trono sequer como Rainha);
- Príncipe William (primogênito de Charles);
- Príncipe Harry (filho de Charles);
- Príncipe Edward (segundo filho de Elizabeth II, junto aos filhos Jaime e Louise);
- Princesa Ana (única filha da atual Rainha da Inglaterra);
Apesar de não contarem na linha de sucessão da monarquia britânica, alguns primos da rainha Elizabeth também fazem parte da família real.
Referências
AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. Editora Ática, São Paulo-SP, 1ª edição. 2007, 592 p.
Por Mateus Bunde
Graduado em Jornalismo pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Especialista em Linguagens pelo Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul) e Mestrando em Comunicação pela Universidade do Porto, de Portugal (UP/PT).
Bunde, Mateus. Monarquia Britânica. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/monarquia-britanica. Acesso em: 22 de November de 2024.