Os Deuses Egípcios surgiram no antigo Egito, a cerca de 3.000 a.c., em princípio, politeísta. a mitologia egípcia apresentava a criação do universo a partir de divindades, as quais recebiam o nome de Neter.
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Essa nomenclatura é associada às formas primordiais, como Nun, que é uma representação sem gênero referente ao líquido cósmico que deu origem ao universo.
Para os egípcios, a formação de tudo em si se deu devido a variações de um único Deus, o qual era caos, e os demais deuses seriam as representações auto criadas desse único Deus.
A mitologia egípcia varia muito dentro da região que demarcava o Antigo Egito.
Muitos especialistas acreditam que isso se deva à influência dos Sacerdotes locais que davam mais ou menos importância para aspectos especiais ou mesmo que lisonjeavam mais aquele local.
Apesar disso, é muito comum que em todas as cosmogonias (relatos míticos de origem do universo) apareçam grupos de deuses egípcios mais importantes, ou ao menos primordiais, e Rá sempre mantém seu papel muito relevante.
As fontes históricas no estudo da mitologia dos Deuses Egípcios
As fontes para o estudo da mitologia egípcia são variadas, desde templos, pirâmides, estátuas, túmulos até textos.
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Em relação às fontes escritas, os egípcios não deixaram obras que sistematizassem de forma clara e organizada as suas crenças.
Em geral, os investigadores modernos centram-se no seu estudo em três obras principais, o Livro das Pirâmides, o Livro dos Sarcófagos e o Livro dos Mortos.
Principais deuses egípcios
Ra
É o deus do Sol do antigo Egito. Seu principal culto era na cidade de Heliópolis, onde era identificado com o deus solar local, Atum.
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Através de Atum, ou como Atum-Ra foi visto como o responsável pela origem da Enéade de Heliópolis (dos outros deuses egípcios).
Ele foi associado com outras inúmeras divindades como Amun-Re, Re-Horakhty, Khnum-Re, Sobek-Re entre outras. Ele era visto como o deus que governava a terra o céu e o submundo.
Ra geralmente é representado por um falcão com um disco solar na cabeça e a serpente (uraeus).
Segundo alguns estudiosos, foi apenas na quinta dinastia que ele se tornou uma das principais divindades do antigo Egito.
Amon
É o deus supremo do antigo Egito durante o novo reino. Era o deus principal da cidade de Tebas (atual Luxor) e constituía a tríade de Tebas com sua esposa Mut e seu filho Khonsu.
Amon era representado de várias formas, como homem com cabeça de animal ou apenas homem ou ainda então como animal. Alguns animais eram associados a Amon, como o ganso e o carneiro (uma raça com chifres longos).
Nut
É a Deusa que representava o céu. Ela era mostrada em forma de uma mulher em arco com o corpo todo estrelado formando o céu celeste e seu irmão GEB, deus da terra era mostrado na parte inferior ao seu corpo, simbolizando ambos o céu e a terra.
No meio dos dois estavam seu pai Shu, o Deus do ar, que nas representações separa ambos os irmãos.
Osíris
É o deus dos mortos. Ele foi um dos deuses egípcios mais populares do Antigo Egito e seu culto remonta às épocas remotas da história egípcia.
Nos textos das pirâmides ele é o filho do deus da terra Geb e sua mãe é a deusa do céu Nut. Marido de Ísis e pai de Hórus, ele presidia o julgamento dos mortos, onde a pesagem do coração do morto era feita contra o peso da pena da deusa Maat.
Em toda a história do antigo Egito, diversos templos foram dedicados a Osíris o que mostra o tamanho de sua popularidade.
Ísis
É a deusa da maternidade e da fertilidade, que se manifesta como mãe e esposa ideais. Para os egípcios, Ísis tinha uma grande magia que poderia influenciar o céu a terra e o submundo.
As origens do seu culto são incertas, mas alguns estudiosos acreditam que ela possa ter se originado no delta do Nilo. Os primeiros textos referentes a Ísis são da V dinastia egípcia.
Hórus
É o deus Falcão, senhor do céu e símbolo da realeza egípcia.
Houveram vários títulos para o nome de Hórus ao longo da história e alguns estudiosos acreditam que podem ser aspectos diferentes de ver a divindade, mas geralmente são tratados como divindades diferentes.
O mais popular é Hórus, filho de Ísis que na mitologia egípcia trava uma verdadeira batalha contra seu tio Seth, para vingar a morte de seu pai Osíris.
Ele é um dos deuses mais importantes do panteão egípcio. Geralmente é representado tanto como um falcão ou como um homem com cabeça de falcão.
Anúbis
É o deus do embalsamamento e guardião das necrópoles. Na mitologia egípcia, Anúbis foi quem embalsamou o deus Osíris (que aparece mumificado em suas representações).
Sua principal função era de preparar a múmia para a viagem ao submundo.
Um dos deuses mais antigos do panteão egípcio e geralmente representado com cabeça de chacal ou cachorro.
Sua primeira aparição remonta aos textos das pirâmides, onde era o deus supremo dos mortos, com o passar dos tempos essa função foi cedida a Osíris.
Bastet
É a deusa Gato adorada por todos no antigo Egito. No início era vista como a deusa-leão já que representações mostravam ela com cabeça de leão.
Ela aparece nos textos das pirâmides do faraó Unas como sendo a protetora do soberano.
Bastet era vista como a senhora do Oriente e Sekhmet (a deusa leão) era vista como a senhora do Ocidente.
Geralmente é representada como uma mulher com a cabeça de um gato segurando um Sistrum (instrumento musical) e um Égide (espécie de escudo protetor) ou apenas em forma de um gato.
Referências
O Egito: Mitos e Lendas – A. Quesnel
Egyptian Mythology A to Z – Pat Remler
The Egyptians (Peoples of the past) – Anne Millard
Mitologia egípcia – Carolina R. Gaudencio, Enrique L. Espinosa, Gabriela M. Ribeiro de Araújo, Giovanni A. Cozer, Isabela Pazzetti, Marcus V. Leite, Vinícius Gonçalves
Por Luana Bernardes
Graduada em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pós-graduada em Psicopedagogia Institucional e Clínica pela mesma Universidade.
Bernardes, Luana. Deuses Egípcios. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/historia/deuses-egipcios. Acesso em: 27 de December de 2024.
01. [UFSCAR]: analise a imagem:
É correto afirmar que a imagem representa:
a) uma cena do cotidiano dos hititas, na pesagem de mercadorias comercializadas com o povo egípcio.
b) acontecimentos do sonho de Moisés, de libertação do povo hebreu, quando era prisioneiro do faraó egípcio.
c) o início do mundo para os antigos egípcios, quando Nut, deusa do céu e das estrelas, anuncia sua vitória diante de Chu, deus do Ar.
d) o livro dos mortos dos egípcios, com Osíris à direita e Anúbis ao centro, pesando o coração de um morto para avaliar sua vida.
02. [UFMS]: Sobre a arte egípcia, é incorreto afirmar:
a) As grandes manifestações da arquitetura egípcia foram os magníficos templos religiosos, as pirâmides, os hipogeus e as mastabas.
b) Na pintura, as figuras eram representadas com os olhos e os ombros em perfil, embora com o restante do corpo de frente.
c) A escultura egípcia obedecia a uma orientação predominantemente religiosa. Eram numerosas as estátuas esculpidas com a finalidade de ficar dentro de túmulos. A escultura egípcia atingiu seu desenvolvimento máximo com os sarcófagos, esculpidos em pedra ou madeira.
d) A cultura egípcia foi profundamente marcada pela religião e pela supremacia política do faraó. Esses dois elementos exerceram grande influência nas artes (arquitetura, escultura, pintura, literatura) e na atividade científica.
e) A gradação, a mistura de tonalidades e o claro-escuro não eram utilizados.
01. [UFSCAR]
Resposta: D
O livro dos mortos é um dos principais documentos da civilização do Egito Antigo. As quatro divindades mias importantes que fazem parte dos ritos presentes nesse livro são Isis, Hórus, Osíris e Anúbis. A tradução do Livro dos Mortos foi publicada pela primeira vez, em alemão, no ano de 1842, cujo trabalho foi empreendido por Karl Richard Lepsius.
02. [UFMS]
Resposta: B
A principal característica da pintura egípcia é a frontalidade do corpo e dos olhos e a lateralidade dos membros superiores (braços) e inferiores (pernas). Essa técnica era utilizada como forma de valorização do corpo humano (os pés, por exemplo, eram mais bem representados de lado do que de frente) e também como forma de transmitir a ideia de movimento, de ação, para quem visse a pintura.