A caatinga é um dos domínios morfoclimáticos brasileiros. Ela se estende sobre o semiárido nordestino, e tem como características principais a escassez e irregularidade das chuvas.
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No semiárido, o regime de chuvas varia entre 300 e 800 mm ao ano. A falta de água é um dos problemas mais conhecidos do nordeste brasileiro, o que leva diversas pessoas a caminharem por longos trajetos em busca deste recurso nas fontes disponíveis.
1. Vegetação
Mesmo que aparentemente não pareça, a caatinga é constituída por um ecossistema bastante diversificado. Comumente se desenvolvem vegetações rasteiras, assim como arbustos e cactos.
“Há muitas espécies endêmicas (endemismo), ou seja, que ocorrem apenas nesse bioma” (LUCCI, 2010, p. 168).
As espécies que se desenvolvem nesse bioma são adaptadas às altas temperaturas e baixas quantidades de chuvas. Geralmente são plantas com folhas pequenas e hastes cheias de espinhos. Em algumas áreas em que os índices pluviométricos são maiores, é possível ver alguns trechos com matas úmidas, que são conhecidas como “brejos”.
2. Solos e Desertificação
Os solos costumam ser pobres em húmus, mas ricos em sais minerais, conferindo-os relativa fertilidade. Apesar disso, são solos rasos, com pedregulhos e pouca umidade. Estes fatores tornam difícil o plantio de subsistência naquele bioma. Um processo que tem afetado a caatinga nordestina é a desertificação.
“A desertificação é a perda total ou a redução do potencial biológico da terra” (LUCCI, 2010, p. 168).
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Alguns dos principais fatores que motivam a desertificação são as variações climáticas e a ação antrópica. As formações vegetais são comprometidas pelo desequilíbrio entre as precipitações e a evaporação e escoamento. Os solos são afetados pela intensificação da erosão, causando diversos problemas, como a diminuição das áreas agricultáveis e para pastagens e o assoreamento dos rios. As condições dos solos, que em muitos casos são inapropriados para o cultivo de subsistência, faz com que muitas pessoas deixem essa região, migrando para outras áreas que ofereçam melhores condições de vida.
Apesar das dificuldades da vida na caatinga, algumas inciativas são importantes para manutenção das pessoas neste bioma. Um deles é o cultivo de frutas, por meio de irrigação. As frutas nordestinas são exportadas para diversos lugares do mundo, levando trabalho e renda para os que não desistiram de viver na caatinga, apesar das limitações. A pecuária e a agricultura são as principais atividades humanas neste bioma.
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Referências
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Biomas Brasileiros. Disponível em: mma.gov.br
LUCCI, Elian Alabi (Org.). Território e Sociedade no mundo globalizado: Geografia. Ensino Médio. V. 01. São Paulo: Saraiva, 2010.
SILVA, Angela Corrêa da. Geografia: contextos e redes. V. 01. São Paulo: Moderna, 2013.
Por Luana Caroline
Mestre em Geografia (UNIOESTE); Licenciada em Geografia (UNIOESTE), Especialista em Neuropedagogia (ALFA-UMUARAMA) e Educação Profissional e Tecnológica (FACULDADE SÃO BRAZ).
Künast Polon, Luana Caroline. Caatinga. Todo Estudo. Disponível em: https://www.todoestudo.com.br/geografia/caatinga. Acesso em: 26 de November de 2024.
1. [UFSCAR] Dois problemas ambientais similares, porém distintos, têm afetado o solo de regiões brasileiras situadas a cerca de quatro mil quilômetros de distância uma da outra: a desertificação e a arenização (L. Almeida & T. Rigolin, 2005). A respeito destes problemas e de suas áreas de abrangência, é correto afirmar que:
a) a desertificação ocorre em regiões de clima árido e a arenização em áreas de clima tropical alternadamente úmido e seco.
b) a desertificação é típica de regiões de solos profundos, com formação intensa de lateritas, e a arenização é típica de solos pobres de elevada acidez.
c) a desertificação vem ocorrendo nos planaltos centrais do Brasil e a arenização é característica do norte da Amazônia, onde há desmatamento.
d) a desertificação ocorre em áreas de relevo de planícies aluviais e a arenização em relevos cristalinos levemente ondulados.
e) no Brasil, há risco de desertificação no bioma da caatinga e verificam-se pontos de arenização no sudoeste do Rio Grande do Sul.
1. [E]
A desertificação é um risco para a caatinga brasileira. Este processo reduz significativamente a capacidade produtiva dos solos, tornando o bioma semelhante a um deserto. A ação humana tem grande influência para concretização deste problema.